“O Lula era o assunto. Eu não sou PT, não estou falando sobre política e sim sobre crime. Todo crime precisa ter prova e não houve prova. Cadê o cadáver? Então, qual foi o objetivo?”.
A declaração foi dada hoje à rádio Bandeirantes pela doleira Nelma Kodama, a primeira presa da Operação Lava Jato.
Nelma foi detida no aeroporto de Congonhas com 200 mil euros na calcinha em 15 de março de 2014, quando pretendia embarcar para a Itália.
Ela foi condenada a 15 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Nelma cumpriu três anos de prisão e teve a pena extinta por indulto presidencial de Michel Temer, em 2017.
Na entrevista, ela relatou os bastidores das delações na Lava Jato:
“Quando você está preso, você faz qualquer coisa. Chega a um ponto que você fala até da sua mãe porque a pressão é muito grande, e o sofrimento é muito grande. Nessa altura do campeonato, você acaba falando, às vezes, até o que você não tem e o que você não deve. Certamente [pessoas mentiram em depoimento], senão você não sai”.
O ex-presidente Lula foi condenado a partir da delação premiada do executivo Léo Pinheiro, da OAS. O empresário disse ter concedido vantagens a Lula em troca de um tríplex no Guarujá, apartamento que Lula nunca ocupou.
A Lava Jato não conseguiu especificar qual vantagem Lula teria dado à OAS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
12