sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Fragatas Tamandaré, Caças Gripen NG, submarinos Scorpene BR e sistema Astros: made in Brazil com ajuda do Estado

Será que esses projetos vão sobreviver aos cortes orçamentários? 

Paulo Gala
https://jornalggn.com.br/



Gripen NG


por Paulo Gala, com colaboração de Luis Felipe Giesteira

em seu site 

Os projetos mais importantes das Forças Armadas brasileiras hoje são a fragata classe Tamandaré, os caças Gripen NG e o sistema de lançamento de misseis ASTROS. O míssil de cruzeiro é a arma contemporânea por excelência: um foguete guiado em tempo real, com precisão de até 10m. Nosso modelo tem um motor inicial a combustível sólido e depois é propulsado por uma turbina (nacional, da Polaris
https://exame.abril.com.br/tecnologia/brasileiros-criam-microturbina-para-misseis/ ). Nosso modelo terá alcance de 300 a 500 km; elementos essenciais para avançar nessa rota tecnológica, ampliar o alcance (1000 km seria ótimo), aumentar a velocidade (está em 800 km/h) e a precisão. Todos esses projetos com produção doméstica e transferência relevante de conteúdo tecnológico de parceiros do exterior no caso do Gripen. A onda de cortes orçamentários a partir de 2015 prejudicou bastante o projeto para a modernização dos navios da marinha brasileira. No momento o projeto da corveta Tamandaré ainda está de pé e ja foi escolhido o vencedor, é o consorcio entre a Embraer e a Thyssen Krupp, o Meko/100, 4 corvetas por US$1,6 bilhoes, quer dizer, cada corveta irá custar 400 milhoes de dolares e conteudo nacional de 40%.Em 2012, a Argelia assinou um contrato com a Thyssenkrupp para adquirir 4 corvetas da classe Meko/200, maiores, por 2,2 bilhoes de euros, incluindo a construção de um estaleiro na Argelia, mais 6 helicopteros Agusta Westland e a intenção de mais 2 corvetas construidas na Argelia.

O PROSUB, assinado com os franceses, preve a construcao de 5 submarinos, sendo 1 nuclear e 4 a diesel por 35 bilhoes de reais, incluindo a construção de um estaleiro para submarinos da marinha; o problema é que o submarino Scorpene é um projeto antigo dos anos 70 e ja foram gastos 21 bilhoes de reais e entregue apenas 1 submarino, com 20% de conteudo nacional, cada submarino irá custar aproximadamente 700 milhões de dolares. O Japão chegou a oferecer ao Brasil o submarino Soryu, muito mais moderno, com motores stirling, que não precisa de oxigenio p/ funcionar submerso, cada submarino custou entre 500 a 600 milhoes de dolares aos japoneses. Os caças Gripen contratados lá atrás parece que vão voar. O prgrama ProSub para desenvolvimento de submarinos movimentou 700 empresas civis nacionais, 18 universidades e institutos de pesquisa, e foi responsável pela geração 4,8 mil empregos diretos e 12,5 mil empregos indiretos. Será que esses projetos vão sobreviver aos cortes orçamentários? Histórias aqui:

Avibras e sistema Astros


Caça Gripen e parceria com Embraer:



Empresa brasielira Akaer: 

Programa de submarinos brasileiros:




Fragatas Tamandaré e os projetos da Marinha:



Blindado Guarani:






*escrito com Gustavo Rojas A dominância dos governos como clientes preponderantes no segmento militar é de grande importância no mundo todo. Os contratos de compras de aeronaves militares geralmente incluem contratos de “offsets”, contrapartidas em termos de transferências de tecnologias destinadas aos governos compradores. Estas condições diferenciadas do mercado de aeronaves militares podem reduzir as … Continue lendo
KC-390, o cargueiro de guerra brasileiro que nasceu graças ao apoio do governo (PAC)
Tanque Osório dos anos 80:


Fuzil Imbel IA2:


Misseis brasileiros:


Prosub e Odebrecht:

A constituição da Odebrecht Defesa & Segurança, que foi escolhida pelo Naval Group francês como parceiro brasileiro no PROSUB que prevê a entrada do Brasil no seleto grupo dos países que fabricam submarinos nucleares (só EUA, Rússia, França, RU, China e agora a Índia tem essa capacidade). A Odebrecht era então a maior empresa 100% nacional e tinha capital para investir no caro mercado de defesa e teve disposição para isso.

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