POR FERNANDO BRITO
http://www.tijolaco.net/
Está se agravando a situação política no Equador.
Ao lado dos chefes das Forças Armadas, o presidente Lenín Moreno anunciou que transferiu a capital para a cidade de Guayaquil, no litoral, pressionado pela chegada de dezenas de milhares de indígenas que marcharam sobre Quito.
Em rede de televisão, acusou Rafael Correa – de quem foi vice-presidente e recebeu apoio eleitoral – de estar tentando um golpe de estado, com apoio venezuelano.
Mas não recuou, como exigem os manifestantes, das medidas de arrocho tomadas em acordo com o FMI, que implicaram num aumento de 120% nos combustíveis e, consequentemente, nas tarifas de transporte.
Já são mais de 500 pessoas presas no país, inclusive jornalistas e vários políticos.
Não é provável que Moreno vá ter tranquilidade na cidade costeira – onde a população indígena e mestiça é menor – que está também tomada por conflitos.
Mesmo sem ordem das autoridades locais, os ônibus sofreram um aumento de 33% nas passagens, que passaram de US$ 0,30 para US$ 0,40. A economia equatoriana é dolarizada e o presidente, em sua fala de ontem, garantiu que “a dolarização está protegida”
O exército suspendeu a comemoração militar da “independência de Guayaquil”, marcada para amanhã para lembrar o levante (há quase 200 anos, 1820) que libertou a cidade dos espanhóis, comandado pelo general Antonio Sucre, lugar-tenente de Simon Bolívar.
Como na Argentina, também lá a volta das políticas neoliberais causou o caos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
12