POR FERNANDO BRITO
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Amanhã haverá festa nos mercados financeiros.
O governo Blosonaro vai comemorar os bilhões obtidos no leilão dos campos de petróleo conhecidos como “áreas excedentes da cessão onerosa”, que é como são chamados os maiores campos de petróleo já descobertos no pré-sal brasileiro.
Mas o que se festejará é, para nós, brasileiros, é, de novo, o papel de “otários” na festa do petróleo.
Guilherme Estrella, o geólogo que descobriu o pré-sal, e Ildo Sauer, professor da USP que dirigiu a área de gás e energia da Petrobras, nos primeiros anos do Governo Lula, hoje, no Valor Econômico, estimam em US$ 300 bilhões – ou R$ 1,2 trilhão – durante os 30 anos estimados de vida produtiva dos poços desta região.
Perdas, apenas, com a perda do “controle da torneira” que a Petrobras teria se não tivesse perdido a condição de operadora exclusiva da extração.
Como? Regulando as retiradas – e vendas, portanto – de acordo com a variação o preço internacional do petróleo. Como a União recebe um percentual sobre o preço do óleo, descontados os custos de operação, a remuneração do operador e os lucros dos integrantes do grupo concessionário, perde com a manutenção do ritmo de exploração em tempos de queda do preço da commodity.
O valor é uma vez e meia tudo o que o Governo vai economizar em 10 anos com a reforma previdenciária.
O pré-sal foi, como disse Lula, um bilhete premiado. A elite brasileira pega o bilhete e joga pela janela.
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