quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Jornalismo miliciano, aquele que passa o pano



As gigantes internacionais do petróleo não dão ponto sem nó. 

Todos se perguntam: financiaram o golpe no Brasil para ficar com o petróleo e agora não querem? 

Querem, claro que querem. Mas elas já pagaram. 

Não vão pagar de novo. 

Alguém aqui acha que financiar a Lava Jato foi barato? Que a campanha publicitária milionária em torno da operação foi paga pelo Papai Noel? 

Há muita coisa em jogo nesse desprezo assustador pelos maiores poços de petróleo do mundo. 

Assim como a Rede Globo e o empresariado doméstico em geral, o sistema internacional golpista também preferia um Geraldo Alckmin para chamar de seu e dominar um país de governo fraco, mas com a fachada de democrático. 

Ter de aturar mais um Saddam Husseim enchendo o saco deve dar uma preguiça danada nos donos do mundo. 

As explicações nas mídias nacionais para a rejeição mais surpreendente da história beiram as comédias da Broadway dos anos 50. A gente ri, se encanta e se diverte. 

Vão desde a "geopolítica internacional está em um momento delicado" até "é muito complexa a extração no pré-sal". 

A gente ri para não sair nas ruas como os chilenos e quebrar tudo. 

O fato é que o Brasil se tornou o país mais promissor do mundo para deixar de existir em definitivo. 

Até a lógica do pacote carniceiro de Paulo Guedes chancela essa visão de mundo: extinga-se cidades e faça-se uma 'banana' para a Constituição. 

Com base neste cenário, os investidores não querem pagar pelas riquezas do Brasil: querem tudo de graça.

Ou melhor: querem ser pagos para administrar essa bagunça. 

O sinal é desolador para os parasitas de turno. Paulo Guedes e Bolsonaro contavam com o dinheiro do "arrego do óleo" para aliviar as filiais do crime, estados e municípios afora. Vão ter de esfolar o pobre mais uma vez, afinal milícia que é milícia tem de manter a ordem e o progresso na comunidade. 

O Brasil está tecnicamente morto. Sem compradores, sem investidores, sem futuro e com uma tecnologia social nova: o jornalismo miliciano. 

O jornalismo miliciano é aquele que passa o pano. 

Passa o pano para bandidos, assassinos e corruptos em nome da segurança e persegue porteiros em nome da moralidade. 

O capital aguarda a ditadura brasileira se consolidar para trazer sua máquina de produzir pobres para cá em definitivo. 

Depois de Lula tirar 40 milhões de pessoas da pobreza, abriu-se uma perspectiva enorme para se gerar pobreza. A geração de pobreza, caros leitores, é um dos maiores negócios do neoliberalismo, deveria até virar commoditie. 

Até consolidarmos o nosso AI-5 4.0, ninguém vai colocar um centavo neste país. 

Começou, agora termina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

12