sexta-feira, 20 de março de 2020

Estimativas de 500 mil mortos e Bolsonaro quer dar bilhões aos bancos

Se não forem impedidos pela mobilização popular, os governos da direita levarão milhões de pessoas à morte

Bolsonaro e ministros, durante entrevista.
https://www.causaoperaria.org.br/

Especialistas internacionais anunciaram a possibilidade de cerca de 500 mil mortes no Brasil por conta do coronavírus.

Para evitar isso ou uma situação ainda pior, seria necessário adotar um conjunto de medidas efetivas, desde o isolamento da população ou de parte dela (como fazem no momento com parcela dos servidores públicos); destacadamente, a realização de testes em larga escala; impedir a superlotação no transporte coletivo, passando pela distribuição de álcool gel e outros produtos gratuitamente para toda a população, até outras medidas mais profundas como a estatização dos hospitais, da indústria farmacêutica etc. conforme apontado na Nota Oficial do PCO, divulgada dias atrás.

Ao invés disso o governo anuncia medidas superficiais em relação ao povo e de favorecimento dos banqueiros (como permitir o aumento do endividamento) e barbaramente mantém a restrição de gastos públicos, impedindo que se aumente e se destine imediatamente para a saúde pública bilhões de reais para o combate ao coronavírus. O Ministério da Saúde, por exemplo, anunciou que tem, no momento, apenas 30 mil testes e o descontrole é tanto que os primeiros mortos, em SP e RJ, sequer constavam da lista de contagiados.

Em meio a esse caos premeditado, imposto pelos governos golpistas de Temer e Bolsonaro e pelo Congresso reacionário, por meio de medidas como o congelamento de gastos públicos por 20 anos (PEC 95), o ministro Paulo Guedes, apelidado de “tchutchuca dos banqueiros”, anunciou um pacote que só traz benefícios reais para os banqueiros, permitindo, por exemplo, um maior endividamento dos aposentados e servidores, Dos 4 milhões pessoas na fila de espera do Bolsa Família, o governo quer conceder esse ínfimo benefício para apenas 25% dos inscritos 

Governos como Bolsonaro, Doria, Witzel, Zema, Ratinho etc., inimigos do serviço público e da população pobre (que comemoram quando a PM fuzila jovens e trabalhadores na periferia) são uma ameaça direta de morte contra a população, ainda mais na situação de crise atual.

Precisam ser derrotados, colocados para fora pela mobilização popular ou vão levar à morte centenas de milhares ou milhões de pessoas.

Diante da política genocida dos governos da direita, a CUT, os sindicatos, partidos e demais organizações dos trabalhadores não podem propor que os trabalhadores simplesmente fiquem em casa e assistam pela TV o que esses governos (não) estão fazendo. Esses governos não merecem nenhuma confiança dos trabalhadores. São governos burgueses, fascistas e que entre o lucro dos capitalistas e a saúde do povo ficarão sempre com a primeira opção e facilitaram o verdadeiro genocídio do povo brasileiro.

Os minúsculos atos de apoio a Bolsonaro, organizados pelo governo e pela extrema direita, no último dia 15, mostraram que a direita não tem força, não há apoio ao governo, enquanto a greve dos petroleiros, o carnaval e o 8 de Março evidenciaram que o povo quer o Fora Bolsonaro já!

Colocar para fora Bolsonaro e todos os golpistas é uma medida de defesa da população, é a única forma efetiva de garantir o direito à vida, às condições materiais de vida e aos direitos do povo.

Não sair às ruas para lutar não vai garantir que não haja aglomerações e contaminação. Em todo país, os trabalhadores se aglomeram no superlotado transporte público, nas fábricas, comércios etc., milhões de pessoas moram em condições sub humanas, amontoadas; nas prisões há mais de 800 mil seres humanos em verdadeiros “infernos na terra”; os hospitais públicos superlotados, sem materiais e pessoal necessários, não oferecem qualquer proteção à maioria da população.

Nessas condições, se não forem impedidos pela mobilização popular, os governos da direita levarão milhões de pessoas a um beco sem saída e possivelmente à maior tragédia humanitária de nossa história.

Portanto, não há saída, não é possível defender o povo se não nos mobilizarmos e sairmos as ruas, por “fora Bolsonaro e todos os golpistas!”

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