quarta-feira, 8 de abril de 2020

O capitalismo no seu melhor

Ricos e célebres investem em bunkers de luxo



Muitas pessoas ricas e célebres não esperaram instruções oficiais para se porem ao abrigo do coronavírus. Elas investiram em massa nos bunkers da Vivos Group. Esta sociedade da Califórnia especializou-se na construção de pequenas fortalezas de luxo onde famílias ricas podem sobreviver a uma catástrofe. Nos EUA, empresas que oferecem kits de sobrevivência e abrigos de socorro registam vendas recordes.

Algures no sudoeste de Dakota do Sul, perto das Black Hills, encontra-se uma zona com 23 quilómetros quadrados composta por centenas de bunkers recobertos de terra. Antigamente era um local onde o exército americano armazenava explosivos e munições, durante a Segunda Guerra Mundial.


Feitos de betão e aço, os 575 bunkers eram habitados por centenas de trabalhadores do exército. Mas em 2016 o complexo foi rebaptizado "Vivos xPoint", depois de a empresa Vivos Group comprar os locais. Os bunkers foram objecto de um relooking luxuoso e aguardam novos habitantes que querem sobreviver ao "fim do mundo".

A PARTIR DE 35 MIL DÓLARES POR PESSOA

Os edifícios foram construídos para resistir a uma explosão de 500 mil libras (226 toneladas) de pólvora. Cada um deles pode abrigar dez a vinte pessoas. No total, há lugar para cerca de 5000 "residentes". A dimensão dos bunkers varia de 8 x 20 metros a 8 x 24 metros.


Foi estabelecido um sistema de condomínio. Cada pessoa que se pretende mudar para um bunker deve pagar 35 mil dólares no primeiro ano. Por este preço, terá um bunker nu – mas se preferir sobreviver no luxo, com água, electricidade e ventilação, será preciso pagar um suplemento. A selagem hermética da porta para proteger o bunker de intrusões de água, ar e gás do exterior também é uma opção.

ABASTECIMENTO ANUAL DE ALIMENTOS

Pode-se assegurar um abastecimento alimentar para um ano em cada bunker, segundo a Vivos. A empresa garante igualmente a segurança no sítio e o pessoal encarregado da manutenção e de outros serviços. Há igualmente uma loja e um dos bunkers foi transformado em escola.

Se pensa que isso só existe nos Estados Unidos, então engana-se. Além de um segundo projecto no estado de Indiana, a Vivos investiu num complexo de abrigos anti-catástrofes em Rothenstein, na Alemanha. Novos bunkers na Ásia e na Espanha devem seguir-se, declarou a empresa.

Devido à crise do coronavírus, Robert Vicino, agente imobiliário da Vivos, declarou ao New York Post que as vendas explodiam. "Nossos helicópteros estão a postos para quando chegar o momento. Todos os meus clientes sabem que alguma coisa de mau pode acontecer. Talvez estejamos a um mês do colapso total. O que é que cada um vai fazer quando não houver mais comida nem dinheiro? Mas daqui até lá, será demasiado tarde para me chamarem".

07/Abril/2020

O original encontra-se em www.7sur7.be/...

Esta notícia encontra-se em https://resistir.info/ .

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