quarta-feira, 1 de julho de 2020

Rio e Curitiba


Nonato Menezes

Muitas páginas já foram escritas. Vídeos produzidos. Notícias roladas como ondas. Tudo gestado nas fendas do poder. 

No Rio de Janeiro o protagonismo ainda está com o Escritório do Crime. O Escritório que não deve ter CNPJ. Tinha ou ainda tem um chefe, com endereço e provavelmente com natureza jurídica de Sociedade Anônima. 

A denominação Escritório do Crime parece ser novidade no vocabulário empresarial e jurídico, mas deve ser velho conhecido no meio policial, por suas imbricações com as milícias, a própria polícia e o meio político da Cidade Maravilhosa. 

A outra vedete é bem mais espetaculosa. Com seus seis anos de existência, com ritual aparente de fazer justiça e aparentar moralidade fez milhares acreditarem que dela sairia a salvação do país. A Lava Jato seria, para muitos, a nossa redentora. A Força Tarefa a nos livraria do inferno da corrupção. 

Ainda em estágio pueril, desnudam-se as práticas e suas verdadeiras intensões. Consta-se, porém, que a Lava Jata nunca foi Verdade, Justiça e Moralidade. Desde o início o que mais ela fez foi cometer crimes. Não como Escritório, mas como Tribunal. 

Com as últimas revelações, dando conta da participação do F.B.I na quebra da maior empresa de construção civil do país, só reforça o que já sabíamos e nos obrigam a admitir que a Lava Jato não foi criada para fazer justiça. Ela foi forjada para cometer crimes. 

Assim, ficamos gratos ao Rio de Janeiro e Curitiba. 

Uma, por nos agraciar com o Escritório do Crime. A outra, pelo Tribunal do Crime.

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