Camponeses haitianos são expulsos de suas terras para possibilitar o avanço do latifúndio no país
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Haitianos são expulsos de suas terras | Foto: Prensa Latina
A Plataforma Haitiana para o Desenvolvimento Alternativo denunciou um complô para expropriar terras camponesas em benefício de grandes corporações transnacionais, um fenômeno que agora é mais recorrente no norte do país.
Seu diretor executivo, Camille Chalmers, criticou a política de agressão e violência contra os agricultores, especialmente nos departamentos do Norte e Nordeste, e advertiu que o futuro econômico da nação está em jogo.
O objetivo desta política anti-camponesa é transferir as terras para empresas transnacionais, a fim de continuar saqueando o país. Isto é uma ameaça à vida, disse Chalmers.
O também ativista político e economista disse que as autoridades estão usando documentos falsos, alegadamente através de ministros e juízes da paz, para despojar a terra, uma situação que agravaria a insegurança alimentar e a constante migração para os bairros vulneráveis de Porto Príncipe.
Nos últimos anos, muitos agricultores têm sido vítimas de violência sistemática, alguns mortos e outros forçados a sair de suas casas por fogo posto, disse Chalmers.
Roosevelt Jean Felix, da Plataforma das Organizações de Direitos Humanos, apelou para o governo para parar o roubo desta terra e exigir justiça para as vítimas.
A plataforma denunciou em meados do ano que desde 2011 cerca de 800 famílias foram despejadas de mais de 1.000 hectares, para beneficiar a empresa agrícola Agistrans, liderada pelo atual Presidente Jovenel Mo¯se.
Em 2019, outras denúncias de suposta apropriação de terras na Trou du Nord, e outras comunas vieram à luz, desta vez para a Cervejaria Nacional do Haiti.
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