A Bolívia faz o que o Brasil não consegue fazer. A golpista Jeanine Añez e seus ministros, que tomaram o poder depois do golpe contra Evo Morales, em novembro de 2019, estão sendo procurados com ordens de prisão da Justiça.
Jeanine, fascista e racista, foi o que chamavam de “presidente interina”, depois da caçada a Morales. Era a líder do governo provisório.
Além dela, devem ser presos os ministros que fizeram parte do governo do golpe, Rodrigo Guzmán, Arturo Murillo, Yerko Núñez, Luis Fernando López e Álvaro Coimbra, e mais os ex-integrantes do alto comando militar, Williams Kaliman, comandante das Forças Armadas, almirante Palmiro Jarjuri, comandante da Armada, Jorge Gonzalo Terceros, comandante da Força Aérea, e o general Gonzalo Mendieta, comandante do Exército.
Quase todos estão na foto (Kaliman deu o golpe e fugiu), todos são golpistas. São acusados pelo Ministério Público de participação nos crimes de terrorismo, sedição e conspiração.
A Bolívia reverteu o golpe em apenas um ano, com eleições livres, trouxe Morales de volta ao país e agora julga e manda prender os chefes do golpe.
Aqui, Bolsonaro volta a ameaçar impunemente com uma nova ditadura. E todos os golpistas de agosto de 2016 estão soltos.
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O que devem pensar os militares de todas as patentes sobre o sujeito que precisa dizer que é chefe deles, tendo sido um militar medíocre, reformado depois de enfrentar inquéritos e processos por indisciplina, afronta à hierarquia e planejamento de atos terroristas?
Um tenente, que, segundo o general Eduardo Villas Bôas, na verdade nunca foi um militar de verdade, mas alguém que, como tantos outros, passou pelo Exército.
Esse é o cara que precisa ficar repetindo que comanda as Forças Armadas. Que temor leva o sujeito a ficar repetindo que é o chefe dos militares?
O nervosismo de Bolsonaro poderia ser aplacado pelos jornalistas de direita. São analistas políticos que o enfrentam, porque os donos das organizações em que trabalham são inimigos do genocida (se não fossem, esses jornalistas seriam bolsonaristas).
Pois os analistas do jornalismo de direita asseguram, desde a decisão do ministro Edson, Fachin anulando os processos de Curitiba, que Bolsonaro é o maior beneficiado pelo retorno de Lula à política.
Bolsonaro tira proveito do que eles ainda chamam de polarização, porque Lula, e não um candidato de centro, seria o adversário ideal do para o fascismo em 2022.
O resumo é este, básico, precário, primário, imbecil: para eles, Luciano Huck, João Doria e Luiz Henrique Mandetta, que têm menos de 10% nas pesquisas, seriam os inimigos que Bolsonaro deveria temer em 2002.
Essa tese não deve chegado até Bolsonaro, que está mais nervoso do que Merval Pereira e Miriam Leitão.
Os analistas da direita precisam dizer diretamente a Bolsonaro que ele não precisa se preocupar com nada, porque bate Lula com facilidade.
Se não fosse uma besteira tão grande, a família do fascista não estaria tão atormentada, com Bolsonaro, Eduardo e Carluxo (Flavio está fora dessa reação) dizendo coisas sem nexo todos os dias.
A família Bolsonaro pode estar perto da grande besteira, que só ficaremos sabendo depois de acontecer.
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