É análogo, sim.

Nonato Menezes

O presidente Lula criou uma tempestade quase perfeita ao comparar o que o regime sionista/nazista está fazendo com a população palestina com o que foi feito pelos nazistas no contexto da Segunda Guerra Mundial.

Mas o presidente Lula apenas soprou a poeira da hipocrisia que estava assentada sobre os assassinatos perpetrados pelo regime sionista/nazista em Gaza. Poeira que gerou espirros de curva a curva do planeta, e gerou um alarido frenético da direita daqui.

“Que falta de visão histórica! Que horror! Que ignorância! Que falta de sensibilidade! Que desrespeito à memória das vítimas do Holocausto! Impeachmet de Lula! Blá, blá, blá, blá...” Como se uma banda da Terra estivesse desmoronando; resultado de um terrível terremoto, com maremoto e tudo mais que a Natureza nos brinda como tragédia.

Mas esse alarido hipócrita carrega, em si, a insegurança diante de uma verdade dita por quem é visto e ouvido mundo a fora. Mas o presidente Lula foi simples e, por isso, um sábio, ao dizer apenas que 6 é meia dúzia.

Os nazistas prenderam e mataram crianças, mulheres e idosos aos milhares. Uma carnificina com caráter de limpeza étnica. Provocaram deslocamentos forçados e destruíram cidades inteiras, sem pejo e sem piedade. Só de judeus foram aproximadamente seis milhões de vítimas. O suficiente para qualquer espírito com rabisco de humanidade se enojar.

Mas o que o regime sionista/nazista está fazendo de diferente para não poder ser comparado com aquele de Hitler? Só os números, por enquanto! A essência é a mesma. O método é o mesmo. A trapaça como justificativa é a mesma. Tudo isso envolto num silêncio cretino, sobretudo, daqueles milhões que se dizem civilizados.

Grosso modo, o método de Netanyahu é o mesmo de Hitler. Apenas as circunstâncias conservam singelas diferenças, entre elas a de que o Holocausto atingiu judeus cristãos europeus e não judeus cristãos europeus, daí o alarido em torno dos seis milhões.

Os palestinos, em maioria, são islâmicos sunitas, logo, matá-los, em qualquer idade, sob um “razoável pretexto”, faz parte da índole civilizada ocidental cristã. E o silêncio diante dessa barbárie é parte do “negócio”. “Negócio” que o presidente Lula não aceita se envolver. E com a coragem que lhe é peculiar, soprou a poeira que encobre mais essa tragédia judaica cristã ocidental. E quem sabe, um sopro que poderá salvar milhares de vidas palestinas.

Salve, Lula!