segunda-feira, 6 de maio de 2024

O NEGÓCIO DO JAIR - A História secreta do clã Bolsonaro (gota 05)

Já era início da noite quando a musicista holandesa Anne van Gent entrou no salão do clube Espaço Bela Vista, em Resende. No altar, de terno escuro, camisa branca e gravata azul, quem a esperava era o produtor de eventos André Siqueira Valle. A noiva optara por um vestido de renda na altura dos joelhos e trazia no cabelo, solto, um arranjo de flores brancas e azuis preso numa pequena trança. Com a temperatura amena, a cerimônia religiosa foi celebrada no salão. Depois veio a festa e os convidados se dividiram entre o salão e a área externa.

André, o noivo, é o irmão caçula da advogada Ana Cristina Siqueira Valle, ou, na intimidade, Cristina. Companheira de Jair Bolsonaro por quase dez anos, entre 1998 e 2007, ela é mãe de Jair Renan, o “04”. Com 51 anos, cabelos tingidos de loiro e estatura mediana, Cristina estava toda de preto. Vestido, estola, brincos e uma tiara com uma flor no cabelo. Próxima ao irmão, ela ajudou a pagar a festa.

O momento era de celebração da família, mas a expectativa maior estava reservada para o dia seguinte. Cristina disputava uma vaga para deputada federal. Embalada pela popularidade do agora ex-marido, esperava chegar ao Congresso Nacional ocupando um posto, depois de tanto tempo trabalhando como assessora de diferentes políticos.

Apesar de Cristina e Bolsonaro já estarem separados havia mais de dez anos, todos se referiam ao então candidato à presidência como “Jair” e, em grande parte, torciam por sua vitória. E Bolsonaro nem precisava de torcida e mandinga. Naquele sábado, as pesquisas mostravam o candidato do PSL  com folga para vencer o primeiro turno. O Datafolha, por exemplo, registrava 40% das intenções de voto. Com a polarização instalada no país, o tópico central das conversas da festa era a eleição.

Nas rodinhas, aos poucos ficou claro que a outra irmã de André e Cristina, Andrea, não estava com o espírito muito festivo. Entre uma música e outra, ela desabafou: estava preocupada com seu futuro. Fisiculturista, Andrea é uma mulher forte, com o corpo esguio, músculos definidos, veias saltadas. Quando tem competição, ela chega a malhar três vezes em um mesmo dia. Só que os concursos não pagam todas as contas e, para fechar o mês, ela sempre dependeu de uma espécie de mesada da família Bolsonaro. Desde 1998, vinha recebendo um dinheiro para constar das listas de funcionários dos Bolsonaro, fosse na Câmara dos Deputados, na Assembleia Legislativa do Rio ou ainda na Câmara Municipal. Mas ela nunca trabalhou de fato nesses lugares.

Nas semanas que antecederam a festa, Andrea tinha acompanhado as notícias mais recentes sobre a irmã na imprensa. Dez dias antes, a vida dos Siqueira Valle estava envolta num furacão. Detalhes da época da bombástica separação, a partir de 2007, entre Cristina e Bolsonaro vieram à tona em diferentes reportagens. Anteriormente, Cristina havia denunciado que o ex-marido a ameaçara de morte1 e roubara suas joias de um cofre.2 Bolsonaro, por sua vez, fora à polícia e a acusara de levar ilegalmente o filho do casal para uma temporada na Noruega e chantageá-lo na divisão de bens. Tudo saiu na imprensa em setembro de 2018. Inclusive os documentos que comprovaram a história, além de entrevistas com testemunhas.

Depois disso, todo dia tinha algum jornalista no portão da casa dos Siqueira Valle lá em Resende. Cristina, que saiu do casamento em 2007 esbravejando contra o ex, havia se transformado em “Cristina Bolsonaro”, sobrenome que ela jamais teve. E para choque de alguns, ainda passou a dizer que não passava de invenção todo aquele imbróglio de acusações mútuas.

Mas as negativas não resolviam muita coisa. Bolsonaro sempre foi rancoroso. E Andrea sabia das brigas frequentes entre a irmã e o ex-cunhado. Aquele clima não era bom para sua situação financeira, muito menos agora, com a iminente diminuição de renda, já que ela havia perdido a vaga no gabinete de Flávio. Andrea conhecia a verdade: os dois mal podiam compartilhar o mesmo ambiente sem sair alguma faísca. Diferente do que agora dizia em público, discurso para inglês ver, Cristina seguia em pé de guerra com o ex.

Tanto é que, meses antes, no início da campanha eleitoral, por ocasião de sua candidatura como deputada, ela foi pessoalmente pedir a Jair Bolsonaro, em um encontro na Alerj, para usar o sobrenome dele. Cristina queria o aval de Jair, mas também deixou claro que não estava ali para negociar aquele assunto. Mais do que pedir, ela foi lhe comunicar: se o ex discordasse, azar. A decisão já estava tomada. Bolsonaro reagiu como Bolsonaro, e ela não deixou por menos. Ao sair do gabinete, Cristina chorava, nem disfarçava. Doeu, mas ela conseguiu o que queria. Dez anos depois da separação, ela escolheu ser “Cristina Bolsonaro”. Jair nunca a repreendeu publicamente por isso.

Mas os acontecimentos recentes tinham esquentado o clima de novo. Entre as pessoas mais próximas do capitão, comentava-se que o grande problema de Jair sempre fora e continuava sendo Cristina. Dado esse clima azedo, Andrea andava angustiada com o futuro de sua situação financeira. E passou a comentar na festa, na frente de quem estivesse por ali, como funcionavam as coisas nos bastidores do gabinete.

Ela sentia certo medo, mas sabia que era tarde para se arrepender. Guardava alguma raiva, mas também falava como se o esquema fosse algo tão trivial que a família nem temia que fosse descoberto. “Na hora que eu estava aí fornecendo também, e ele também estava me ajudando, lógico, porque eu ficava com mil e pouco e ele ficava com 7 mil reais. Então assim, não vem ao caso. Eu ajudei, ele ajudou, beleza. Certo ou errado [agora] isso já foi, não tem jeito de voltar atrás.” Ao dizer “ele ajudou”, Andrea se referia a Jair Bolsonaro. Na cabeça dela, independente do gabinete em que estivesse lotada, o ex-cunhado era o verdadeiro responsável por tudo. Era o Negócio do Jair. Do modo como a fisiculturista enxergava as coisas, ele a ajudava.

A ideia de que Bolsonaro acudira a família era muito presente entre os Siqueira Valle, todos eram muito gratos a ele. As nomeações permitiram aos parentes da ex-mulher sair da penúria. E a primeira contratação foi justamente a de Andrea, em setembro de 1998. Depois dela veio o pai, seu José Procópio da Silva Valle, já em novembro daquele mesmo ano. Com o tempo, mais quinze pessoas da família foram nomeadas.

A história toda começou em 1992, quando Cristina cruzou o caminho de Jair. Foi num protesto na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no dia 27 de abril de 1992, que Cristina viu de perto, pela primeira vez, o deputado federal Jair Bolsonaro, então colega de partido de Jonival Lucas, seu chefe na Câmara dos Deputados, ambos no PPB. Passava pouco das três horas da tarde quando uma legião de mulheres se concentrou ao lado da catedral e pôs-se a andar em direção ao bloco onde ficava o Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA). A revista Manchete chamou-as “Exército de Bolsonaro”. Caminhavam e entoavam uma paródia da “Canção do soldado”.

Nós somos da pátria amada

fiéis esposas sempre caladas

Nas cores do avental

rebrilha e brilha outro ideal.

 

Salário queremos com fervor

A fome só nos causa dor

[…]

Ê ô ê ô ser milico é um fervor

Movimento legal! Convoca general!

Movimento avante! Acorda almirante!

Movimento ordeiro! Alerta brigadeiro!

As cerca de 2 mil manifestantes caminharam até se postar diante de um pelotão de soldados armados em frente ao prédio do EMFA. Um palanque foi improvisado em cima de um carro3 e o deputado Jair Bolsonaro subiu nele para discursar. O grupo de mulheres parou para assistir. De cima do capô, Bolsonaro chamou o então presidente da República, Fernando Collor de Mello, de “corrupto” e “imoral”. Outros xingamentos foram dirigidos aos comandantes das Forças Armadas. Nenhum foi poupado: “banana”, “incompetente”, “omisso”…

O fotógrafo André Dusek4 registrou esse momento. Em uma foto, vê-se Cristina de óculos escuros, camisa verde-escura e boina grená, cor da Brigada Paraquedista, olhando fixo para a frente. A menos de um metro, no alto, Bolsonaro. E, ao lado de Cristina, Rogéria Bolsonaro, também de boina e atenta às palavras do marido.

Cristina e Bolsonaro foram apresentados. Ela era casada com o capitão Ivan Mendes, Jair com Rogéria, mãe de seus três filhos. O deputado estava prestes a lançar a mulher como candidata a vereadora no Rio. Nada, porém, iria impedir que, algum tempo depois, Cristina e Bolsonaro se encontrassem nos corredores do Congresso Nacional e começassem a ter um caso.

Em outubro de 1993, o marido de Cristina passou a suspeitar da traição.5 Em determinado momento, Mendes esperou o rival no estacionamento da Câmara dos Deputados e atirou nele um líquido, espécie de ácido. Jornais e revistas souberam do episódio, que entrou para os anais dos mexericos como se Bolsonaro tivesse levado um soco que o deixou com um olho roxo. Apesar do entrevero, de algum modo, a situação se acalmou e o caso de Cristina e Bolsonaro, entre altos e baixos, também seguiu sem um desfecho. Até 12 de agosto de 1997, quando Cristina fez um teste no laboratório Sabin e descobriu que estava grávida.

Independentemente do affaire, o casamento de Bolsonaro e Rogéria vivia em permanente crise. Ele em Brasília e ela no Rio, com os filhos. À distância física, somavam-se os boatos de que ela também teria outros relacionamentos. A pá de cal para a separação foi a gravidez de Cristina, para quem já não havia mais crise em casa. Ivan Mendes aceitou a separação e ela continuou morando com o ex-marido por alguns meses.

O novo casal ainda não havia chegado a um acordo. Para Cristina, o problema era os pais aceitarem tanto a separação quanto o novo companheiro.

CRISTINA, a segunda dos cinco filhos do casal Henriqueta e José Procópio Valle, nasceu no estado do Rio, em Resende, sede da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no dia 13 de maio de 1967. Era o segundo mês do governo do marechal Artur da Costa e Silva, início do período mais sangrento da ditadura militar, marcado por uma escalada de violência que culminaria em mais de quatrocentos perseguidos políticos mortos ao fim do regime.

Os Siqueira Valle, porém, viviam alheios a tudo isso. Passaram boa parte daqueles anos preocupados com as despesas do mês. Henriqueta vendia produtos de beleza e arrumava bicos para complementar a renda, enquanto o marido, José Procópio, trabalhava como representante comercial, denominação moderna para os antigos caixeiros-viajantes. Em busca de uma vida mais próspera, mudaram para São Paulo, e depois fixaram residência em Juiz de Fora, Zona da Mata Mineira. E foi lá que Cristina cresceu. Sua beleza já era notada desde a infância — cabelo comprido castanho-claro, olhos cor de mel e corpo esguio. Modelo perfeito para os concursos de beleza. Tanto que em 1982, aos quinze anos, foi Miss Primavera no concurso organizado pela Escola da Comunidade Monteiro Lobato, onde estudava. Alguns meses depois, em maio de 1983, o jornal Tribuna de Minas informava que Cristina ganhara outro título: “Garota Cenecista”. A nota, em um datado tom machista da época, descrevia a vitória da jovem dizendo que “indiscutivelmente, venceu a mais bonita e elegante, o broto Ana Cristina Siqueira Valle”. Ela acabara de completar dezesseis anos.6

Às voltas com concursos de beleza, Cristina costumava dizer que tinha nascido para ser rainha, embora a família vivesse no limite. Os pais passaram anos endividados, chegaram a perder móveis para quitar contas com agiotas.

Dada a forte presença de quartéis nas cidades onde morou, Cristina cresceu num meio que incentivava as moças a casar com militares. De geração em geração, as mães repetiam para as filhas que eles seriam bons maridos, já que a carreira estável garantiria o futuro da família. Mas, apesar da educação conservadora, já na adolescência ela dava sinais de que não se enquadraria totalmente nesse modelo. Enfrentava o pai desde cedo para curtir as festas da juventude e encontrar eventuais pretendentes.

Em um fim de ano, já em meados dos anos 1980, engatou um namoro sério com Ivan Mendes, um cadete da Aman. Os dois se conheceram em uma formatura em Resende, quando os Siqueira Valle passavam o Natal na cidade. Ivan Mendes e Cristina se casaram em 1986. A noiva tinha dezenove anos. O primeiro filho recebeu o nome de Ivan, em homenagem ao pai. Anos mais tarde, já no segundo casamento, ela também daria a um outro filho o nome do pai. Mas isso só ocorreu depois de um teste de paternidade.

A GESTAÇÃO DO FILHO DE CRISTINA e Jair Bolsonaro foi um período conturbado na vida dos dois, no segundo semestre de 1997. Se, por um lado, os pais dela não aceitaram bem o fim de seu casamento com Ivan, por outro, a separação recente de Jair deixou o clima difícil em casa, já que os três filhos mal suportavam a madrasta. Nos momentos de convivência, os garotos faziam de tudo para provoca-la, e ela corria para reclamar ao companheiro: “Jair, olha esses filhos aí me enchendo o saco”.

A decisão de manter a gravidez foi uma opção que partiu dela. Anos depois, já separada, a advogada iria desabafar com amigos que o ex-companheiro brigava pela guarda de um filho que ele não quis ter.7 Em 2000, muito antes de imaginar que um dia seria presidente — e que iria usar a proibição ao aborto como plataforma política —, Bolsonaro deu uma entrevista à jornalista Cláudia Carneiro, que lhe perguntou a respeito do aborto. “Tem de ser uma decisão do casal”, ele disse.

“O senhor já viveu tal situação?”

“Já. Passei para a companheira. E a decisão dela foi manter. Está ali, ó”, disse, apontando para um retrato de Jair Renan, que à época tinha cerca de um ano e meio.

Foi só no fim da gestação que a temperatura familiar baixou. Cristina levou Bolsonaro para conhecer seus pais e seus irmãos, em Juiz de Fora. Com a mania de apelidar todo mundo, Bolsonaro logo passou a chamar o pai da nova companheira de “Procopo”, uma piada com o fato de o novo sogro gostar de uma cervejinha.

O filho de Cristina e Bolsonaro nasceu às 10h55 do dia 10 de abril de 1998, na Casa de Saúde São José, em Botafogo. Cristina foi a responsável por registrar o filho no cartório: “Renan Valle”. O campo “pai” no documento ficou sem identificação. O bebê era mais um brasileiro de pai “desconhecido” ou “não declarado” na certidão de nascimento. Só em 2021, cerca de 100 mil crianças foram registradas assim. O reconhecimento da paternidade só veio depois de um exame de DNA, que comprovou que Jair era de fato o pai de Renan. Além do sobrenome do pai, a nova certidão trouxe outro nome para o menino, que passou a se chamar Jair Renan Valle Bolsonaro. Anos depois, ao rememorar o episódio, Cristina deu sua versão. “Eu queria só Renan”, contou. Bolsonaro bateu o pé: “Não, não vai ser Renan, vai ser Jair Renan. Não consegui botar nem um nome de filho meu de Jair, esse vai ter”.

QUANDO O CASAL ENFIM SE ENTENDEU, os dois foram viver com Jair Renan em um apartamento que Bolsonaro tinha comprado na rua Visconde de Itamarati, nos arredores do estádio do Maracanã, na Zona Norte. Foi o primeiro imóvel em nome de Bolsonaro, a primeira casa que ele comprou depois de mais de uma década no Exército e quase dez anos atuando como parlamentar. Ao todo, vinte anos de trabalho.

O negócio foi fechado em 3 de abril de 1997 e aconteceu durante o processo de separação de Rogéria — o divórcio só saiu em 1999. Bolsonaro deu um cheque de 90 mil reais da agência bancária da Câmara dos Deputados e quitou o apartamento à vista. Com 190 metros quadrados e varanda, ele era espaçoso, mas o edifício não tinha muita infraestrutura nem era luxuoso. O local também ficava a poucas quadras de onde o então deputado havia morado com Rogéria e os filhos do primeiro casamento.

Três meses depois, em julho de 1997, Jair comprou outro imóvel, uma casa simples na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis. No papel, a casa custou 20 mil reais, embora o imóvel valesse cerca de 70 mil reais, 315 mil reais em valores atuais. A casa na praia se tornou um refúgio para Bolsonaro e serviu de cenário para histórias que ilustram a personalidade do capitão. Um bom exemplo é um episódio ocorrido em 1999, quando Bolsonaro chamou um grupo de familiares e amigos para passar o fim de semana.

Assim que os convidados chegaram, Cristina os recebeu e mostrou a casa. Pouco depois, o anfitrião chegou. Vestia apenas uma sunga, na qual havia pendurado uma pistola. Debochado, disse: “A Cristina apresentou a casa e agora eu vou apresentar as armas”. Em seguida desfilou pela sala e mostrou outra pistola, guardada em cima do móvel onde estava a televisão. Depois guiou os visitantes até a cozinha — em cima da geladeira, outra arma. Ao fim do tour, ele disse que estavam recebendo ameaças depois que atacou o presidente Fernando Henrique Cardoso no programa Câmera Aberta, apresentado por Jair Marchesini na Bandeirantes, algum tempo antes. No vídeo, bradara: “Através do voto, você não vai mudar nada neste país. Nada, absolutamente nada. Você só vai mudar, infelizmente, quando nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro. E fazendo um trabalho que o regime militar não fez. Matando 30 mil, e começando por FHC”. Por isso, mostrava as armas em uma espécie de orientação: “Se acontecer algo, vocês já sabem o que fazer”.

Quem passava o fim de semana em Angra com ele também era convidado a passear de barco. Mas o que Bolsonaro queria mesmo era ver os convidados nauseados pelo movimento das ondas. Dizia aos homens: “Que mocinhas”.

Com o tempo Cristina se tornaria a gestora financeira do companheiro e de sua família. Conhecida por ser engenhosa, ela admite que “organizou” a vida de Bolsonaro.8 Desde criança, amigos e familiares a descreviam como alguém que sabia aonde queria chegar e que fazia o que fosse necessário para atingir seus objetivos.


Juntos, Cristina e Bolsonaro iriam coordenar não apenas o gabinete de Bolsonaro em Brasília, mas firmar as bases do clã na Câmara Municipal do Rio e na Assembleia Legislativa fluminense.

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