sábado, 10 de março de 2018

Presidiárias no Brasil: jovens, negras, mães, pobres e invisíveis

Penitenciária Feminina do Distrito Federal (Colmeia).Luiz Silveira/Agência CNJ

A população feminina nos presídios brasileiros aumentou quase 700% em 16 anos, segundo dados de 2016 do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ligado ao Ministério da Justiça. Ou seja, 44.721 mulheres presas no país. Como vive essa população invisível, composta em grande parte por mães, negras, pobres, jovens e moradoras de periferias?

Durante o último Carnaval, em meio a notícias de desfiles engajados e muita alegria de blocos, uma notícia ganhou as redes sociais. Mais especificamente, a de uma mulher presa com um bebê recém-nascido em Franco da Rocha, Grande São Paulo.

Para a esquerda, só há solução na democracia



A história recente do Brasil mostra que, por aqui, a arma da direita sempre foi o golpe de Estado. Uma das características mais distintivas da história brasileira é seu caráter recorrente, uma sequência de farsas e tragédias, um perverso processo circular que retarda o desenvolvimento em seus diversos patamares, seja econômico, seja político, seja social.

Não foi por acaso, e sem consequências para nosso futuro presente, que tenhamos conquistado a Independência sem a luta pela independência, negociando-a junto aos bancos ingleses e aos embaixadores do império britânico, do qual Portugal era um protetorado pouco levado a sério.

Quem perdeu, cara-pálida?



Muita gente diz que a esquerda perdeu e está perdendo. Eu pergunto: perdendo no quê? Essa é uma questão delicada porque vai mexer com os castelinhos de areia internos de cada um. Vamos a ela com um mínimo de coragem.

Nós estamos dando uma surra no golpe, na direita e em todo o campo dos partidos golpistas. 96% da população rejeita Temer. Lula tem de 55% a 60% de intenção de votos válidos em qualquer instituto de pesquisa. O PSDB é o partido mais rejeitado do Brasil. A Rede Globo é a emissora de TV mais odiada do país. Alckmin não sai dos magros 6% de intenção de voto para presidente. Meirelles tem 1%. Huck enfiou a sua viola desafinada no saco. Sergio Moro chafurda na lama da impopularidade. Quem está perdendo, cara-pálida?

sexta-feira, 9 de março de 2018

LEI QUE AUTORIZA USAR PRECATÓRIOS E LICENÇA PRÊMIO PARA NEGOCIAR DÍVIDAS COM O BRB.

 Lei 6.124, de 1 março de 2018


Caiu a blindagem de Delfim Netto, um fenômeno de sobrevivência desde a ditadura.

    Temer e Jucá com Delfim


Um dos alvos de busca e apreensão da Polícia Federal na operação que investiga contratos da construção de Belo Monte é Delfim Netto.

Ele é suspeito de receber 10% dos valores que as empresas teriam pago de propina pelo contrato. Os outros 90% seriam divididos entre PMDB e PT.

De acordo com o Ministério Público Federal, até agora já foram rastreados pagamentos superiores a R$ 4 milhões a Delfim, de um total de R$ 15 milhões.A grana teria vindo de Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS e J. Malucelli.

VÍDEO: Jornalista que denunciou tortura conta como Delfim Netto criou esquema para financiar repressão


Por 
Joaquim de Carvalho
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/

quinta-feira, 8 de março de 2018

A interpretação moralista gera crise principiológica

A interpretação moralista gera crise principiológica
   Imagem: Honoré Daumier



Os princípios são pilares fundamentais para harmonização da Constituição e de seu ordenamento jurídico infra-constitucional, esmagadoramente na doutrina são considerados como mecanismos fundamentais para a aplicação sólida da Constituição, é também o principal ponto de partida de um sistema jurídico.

No entanto, tudo que se vê nos últimos julgados, sobretudo dos tribunais superiores, é a utilização de um reducionismo moralista.

Não obstante, o exame epistemológico dos julgados tendenciosos ao encantamento da opinião pública, de um modo geral, revela um noviço sistema de interpretação, seja ele constitucional ou não.

José Mujica: É miserável gastar a vida para perder liberdade


José Mujica: É miserável gastar a vida para perder liberdade

por Jota A. Botelho

"Inventamos uma montanha de consumo supérfluo, e é preciso jogar fora e viver comprando e jogando fora. E o que estamos gastando é tempo de vida. Porque quando eu compro algo, ou você, não compramos com dinheiro, compramos com o tempo de vida que tivemos de gastar para ter esse dinheiro. Mas com esta diferença: a única coisa que não se pode comprar é a vida. A vida se gasta. E é miserável gastar a vida para perder liberdade", afirma José Mujica em trecho do vídeo com o ex-presidente do Uruguai, que teve mais de 2,5 milhões de visualizações quando de seu lançamento em 2015, retirado do filme Humano - Uma Viagem Pela Vida, um introspectivo e provocador megadocumentário que aborda quem somos nós hoje em dia, contando com depoimentos de mais de duas mil pessoas de diversas idades e etnias que refletem sobre suas experiências e sobre o que fazemos de nós não só como comunidade, mas como indivíduos. Uma reflexão do futuro que queremos para nós, seres humanos, e o planeta. José Mujica era chamado de "o presidente mais pobre do mundo", embora ele sempre tenha insistido que não se tratava de pobreza, mas de sobriedade.