quinta-feira, 5 de abril de 2018

O dia em que o Supremo se desnudou, por Luis Nassif



A história é feita pelos pragmáticos e pelos construtores. Os primeiro atuam de olho no presente, guinando-se pelo mercado de opinião e pela busca do sucesso instantâneo. Os construtores atuam de olho na história.

Essa dicotomia existe até entre o grupo mais pragmático dos empreendedores. A economia está coalhada de exemplos de pessoas que descobriram um nicho de mercado, tiveram sucesso instantâneo em seus negócios e afundaram anos depois, imersos em uma vida de libações, de descontrole e de incapacidade em projetar o próprio futuro. E aqueles que pensaram na perpetuidade dos negócios, na construção paulatina do futuro.

Mergulhamos numa longa noite de arbitrariedades



Mergulhamos ontem numa longa noite com cara de passado, com palavras que eu queria que estivessem mortas, com generais fazendo ameaças condenadas no mundo todo, com o rosto de uma década que não vivi mas que pesquisei exaustivamente e cujos relatos me dão calafrios. Mergulhamos numa loga noite de arbitrariedades, cuja aurora não sabemos quando e se virá. 

Você que hoje celebra a eventual prisão de um brasileiro sem que haja PROVAS cabais contra ele, tem noção de que a nossa Constituição foi rasgada por quem deveria defendê-la? Você tem noção de que assistimos ontem a um espetáculo midiático, em que um grupo de homens e mulheres de preto negaram a um cidadão brasileiro um direito que deveria ser de todos, o de se defender em liberdade até a última instância?

Lula pode pagar o preço por sua alma Republicana



Nonato Menezes

Res publica: "coisa do povo", "coisa pública". O Estado como entidade de natureza pública e assim deve ter suas coisas administradas, cuidadas, gerenciadas como coisas públicas. Quem assim pensa e assim defende, administra com o povo, para o povo e pelo povo. Isto é ser RE-PU-BLI-CA-NO.

Por isso, Lula “deve” pagar o preço por ter governado o Brasil com princípios RE-PU-BLI-CA-NOS.

Lula não governou o Brasil por oito anos com os seus amigos, parentes e grupos próximos e de interesse. Lula não governou o Brasil só para banqueiros, para empresários do agronegócio e da indústria. Lula governou o Brasil para os brasileiros, inclusive, para os pobres. Este, porém, foi e é o “grande MOTIVO”.

De Paris, Willy Delvalle comenta repercussão do julgamento do HC de Lula na mídia europeia


https://www.diariodocentrodomundo.com.br/

Editorial: Lula não deve aceitar a prisão e deve pedir asilo político imediatamente

Como vítima de perseguição política, o ex-presidente tem direito a se asilar em algum país que preze pelas instituições democráticas, o que já não é o caso do Brasil

                     FOTO: RICARDO STUCKERT

Cynara Menezes 

O Supremo Tribunal Federal decidiu hoje, por 6 votos a 5, não conceder habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em segunda instância, sem provas, pelo TRF-4, de Porto Alegre, em janeiro. A presidenta do STF, Carmen Lúcia, em voto de Minerva, poderia considerar o princípio de in dubio pro reo, mas preferiu negar o pedido da defesa do petista.

Na opinião deste site, Lula não deve aceitar uma prisão injusta, resultado de uma perseguição política que se confirmou nos últimos dias com a absurda pressão de generais do Exército sobre o STF, condicionando a aceitação do habeas corpus a uma intervenção militar. Uma brutalidade contra um homem de 72 anos que há 40 dedica a vida ao Brasil e aos brasileiros, sobretudo aos mais humildes. Em qualquer país sério, estaria recebendo homenagens e não algemas.

Rosa Weber, a Ministra que sabia javanês, por Luis Nassif



Se bem entendi, a lógica da Ministra Rosa Weber foi a seguinte:

1.O colegiado votou anteriormente contra habeas corpus em decisão de 2ª instância. Na ocasião, ela foi voto vencido.

2, Ela presume que, em uma nova votação, o colegiado decidirá de forma diferente, mesmo porque Gilmar Mendes mudou sua posição.

3. Mas como não houve a nova votação, ela fica com a decisão da última votação, por questão de respeito ao colegiado.

Deu para entender?

Um julgamento realizado sob coação física e moral, por Jorge Folena


Um julgamento realizado sob coação física e moral

por Jorge Folena

No dia 04 de abril de 2018, quando o Supremo Tribunal Federal julgou o habeas corpus impetrado em favor do ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva, o fez sob fortíssima coação física e moral, em consequência da irresponsável nota do Comandante do Exército e das manifestações de apoio de outros generais, proferidas na noite anterior, véspera do julgamento.

Nas palavras do vice-decano do Tribunal, Marco Aurélio, a presidente do STF manipulou a pauta de julgamento ao colocar o habeas corpus do ex-presidente Lula antes das ações declaratórias de constitucionalidade, que pretendiam o reconhecimento do direito da presunção de inocência até o trânsito em julgado de uma ação penal, conforme previsto no código de processo penal.

O grande acordo nacional: Cármen Lúcia, que salvou Aécio e tomou chá com Temer, condena Lula. Por Kiko Nogueira


Apequenada

O golpe não ia parar no impeachment de Dilma.

Estava no script de Jucá, com o Supremo, com tudo, que Lula seria retirado da disputa.

Não fazia sentido, depois da farsa de 2016, que Lula levasse a melhor no julgamento de seu habeas corpus.


Poucas coisas são mais embaraçosas que a fogueira de vaidades do STF.