Jamil Chade
GENEBRA – A vulgaridade como instrumento diplomático nunca foi algo que funcionou. A não ser para agradar uma parcela interna do eleitorado, incapaz de entender que países não têm amigos ou inimigos. Apenas têm interesses.
Nesta manhã, numa padaria em Genebra onde eu teria um encontro com uma fonte, a rádio estava ligada, sem que as pessoas estivessem prestando atenção. Mas quando o apresentador começou a relatar como a primeira-dama francesa havia sido alvo de comentários do presidente Jair Bolsonaro, garotas que estavam na mesa ao lado colocaram a mão na boca, num gesto de incredulidade.