segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Amazônia revelou ao mundo a vulgaridade do governo Bolsonaro

       Jamil Chade

GENEBRA – A vulgaridade como instrumento diplomático nunca foi algo que funcionou. A não ser para agradar uma parcela interna do eleitorado, incapaz de entender que países não têm amigos ou inimigos. Apenas têm interesses.

Nesta manhã, numa padaria em Genebra onde eu teria um encontro com uma fonte, a rádio estava ligada, sem que as pessoas estivessem prestando atenção. Mas quando o apresentador começou a relatar como a primeira-dama francesa havia sido alvo de comentários do presidente Jair Bolsonaro, garotas que estavam na mesa ao lado colocaram a mão na boca, num gesto de incredulidade.

Municípios “ambientais” em extinção

A devastação começou também pelos nomes. Referências a preservação de águas, árvores e animais, principalmente no Norte e Centro-Oeste, foram apagadas. Nesse ritmo, até as aves-símbolo dos estado precisarão ser repensadas…


Símbolo de Piracicaba (SP), o peixe dourado vive pichado por estar fora d´água

Se municípios assumissem o compromisso oficial de preservar a essência do seu nome de origem, o Brasil seria bem mais ambiental. A implantação desse equilíbrio ecológico não permitiria os recentes 378 focos de incêndio em Tangará da Serra (MT), em nome da preservação de pássaros. Para não compactuar com mais de meio bilhão de abelhas mortas, Colmeia (TO), Guaxupé (MG) e Irati (SC) não usariam agrotóxicos à base de Sulfoxaflor e outros venenos. 

Bolsonaro e Macri em chamas

As chamas da Amazônia encontraram uma América do Sul em seu maior momento de desintegração, devido às políticas adotadas por Argentina e Brasil

        Por Martín Granovsky 
            https://www.cartamaior.com.br/

Créditos da foto: (AFP)

Pouco solidário com seu amigo, Mauricio Macri não saiu em defensa de Jair Bolsonaro após o ataque feroz do presidente francês, Emmanuel Macron. Tampouco reprovou o fato de que sua atitude diante da tragédia amazônica colocasse em dúvida o paraíso prometido por essa direita aos argentinos. O fogo mostrou dois presidentes transformados em uma dupla chamuscada, e na defensiva.

A Ocupação 9 de Julho em tempos de “Bozofascismo”, por Armando Coelho Neto

Como dizem os advogados Antonio Sergio Escrivão Filho e Darci Frigo, há domínio de forças conservadoras no aparelho de estado que usam mecanismos seletivos e simultâneos contra movimentos sociais


Foto FNA

A Ocupação 9 de Julho em tempos de “Bozofascismo”
por Armando Rodrigues Coelho Neto

Um menor de idade está amarrado no poste, enquanto policiais militares de São Paulo lhe dão socos no estômago. Foi assim que a notícia me chegou. “Delegado Armando, venha até aqui”, me diz um adolescente por meio de uma ligação telefônica a cobrar. Corri até a varanda. As câmeras de celulares, até então, não eram tão comuns, e, da altura em que estava não me era possível observar detalhes. Mas, vi o bastante para não esquecer. Gritei, “parem”, só para que percebessem que estavam sendo observados. Entre trocar de roupa e descer, os garotos foram levados para o 4º Distrito Policial (Consolação, São Paulo/SP). O caso foi parar na corregedoria da PM/SP e… melhor nem saber…

Renda do trabalhador piauiense cresce; emprego formal garante salário melhor

            Foto: Arquivo / Cidadeverde.com


A renda média do trabalhador piauiense subiu de R$ 1.919 para R$ 1.940, do primeiro para o segundo trimestre deste ano. A alta foi de R$ 21 na média, e não foi o suficiente para repor as perdas do ano passado até agora.

No mesmo período do ano passado, a renda média do piauiense era de R$ 1.970. As informações são da PNAD Contínua Trimestral, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão separa os trabalhadores em três tipos: empregadores, empregados e por conta própria.

Retomando o debate sobre o conceito de imperialismo, por Bruno Lima Rocha

Também existem impérios tardios que se alastram na esteira do Império matriz, tal é o caso dos EUA, o alvo da acusação de imperialismo de nove entre dez militantes das esquerdas (onde me incluo).



Retomando o debate sobre o conceito de imperialismo

por Bruno Lima Rocha

Preciso começar esta nova série (creio eu) em função de algumas razões óbvias. A primeira e a mais sensível das razões porque os conceitos são reais, ou ao menos intentam interpelar, interpretar o real vivido como experiência concreta e não apenas o universo imaginário (que também forma o real vivido). Ou seja, isso existe, existe imperialismo e existem potências – no plural sim – imperialistas.

A TURMA PROTEGIDA PELA LAVA JATO: BANCOS, FHC, GUEDES, ÁLVARO DIAS E ONYX


João Filho

A LAVA JATO foi muito bem sucedida em vender a imagem de imparcial e implacável contra a corrupção. Os procuradores e o ex-juiz Sergio Moro se empenharam para manter a opinião pública acreditando nisso, como ficou claro pelas publicações da Vaza Jato. Hoje, sabemos que a operação não era nem tão imparcial, nem tão implacável contra a corrupção assim. Alguns políticos e setores econômicos contaram com a leniência dos procuradores.

Lula, por exemplo, era uma obsessão, um alvo a ser eliminado da corrida eleitoral nem que para isso fosse necessário infringir a lei. Já FHC era visto como um “apoio importante”, cujas denúncias deveriam ser tratadas com muito cuidado. Esses são os casos mais simbólicos, mas uma infinidade de exemplos que indicam que a força-tarefa trabalhava com dois pesos e duas medidas.

domingo, 25 de agosto de 2019

Livro “Carta no Coturno” expõe o “fruto proibido” do militarismo e conjectura sobre possível golpe militar

Autores do livro Carta no Coturno, lançamento da Editora Baioneta, conversaram com a Fórum sobre a ascensão dos militares desde o golpe institucional movido contra a presidenta Dilma Rousseff, em 2016, que gerou "um momento de excepcionalidade política no Brasil"

             Divulgação


O papel dos militares na política voltou a ser assunto no Brasil desde o golpe institucional movido contra a presidenta Dilma Rousseff, em 2016. Esse ressurgimento de um setor que vinha com pouca expressão desde o fim da ditadura se deu por meio de uma ruptura apoiada pelo Judiciário que deu margem para um espiral do caos, onde não se define mais o que é exceção e o que não é, a excepcionalidade passou a ser regularidade. É o que contam Pedro Marin e André Ortega, autores do livro “Carta no Coturno – A Volta do Partido Fardado”, lançamento da editora Baioneta, que pretende fazer uma exposição sobre o fortalecimento da organização dos militares na política.