Saiu no blog do Dirceu: Divido com vocês a entrevista que o Diário da
Manhã, de Goiânia, publica hoje com o jornalista Raimundo Pereira, um dos
autores do livro A Outra Tese do Mensalão (Editoria Manifesto) e responsável
pela revista Retrato do Brasil.
Nós já mostramos aqui na semana passada um resumo da edição especial da Retrato que mostra
como foi construída a tese do mensalão, sem provas.
Na entrevista ao Diário da Manhã, cujo título é uma
declaração de Raimundo – “José Dirceu é inocente” –, o jornalista de sólida
reputação reforça que não há provas de pagamento a parlamentares da base
aliada.
“Ao contrário, na defesa do deputado José Genoíno
existe uma ampla lista de depoimentos em contrário e um estudo feito com as
datas de entrada de dinheiro do valerioduto nas contas de parlamentares ou de
seus prepostos mostra não haver qualquer relação com as votações das emendas
cujos resultados teriam sido comprados.”
E muito menos houve desvio de recursos públicos do
Banco do Brasil, como disse a Suprema Corte: “Nas milhares de páginas das
auditorias do BB que estão nos autos da AP 470 existe uma multidão de indícios
de que os serviços de publicidade da DNA, para o BB, com o dinheiro da Visanet
foram realizados. Você acha, nos autos, por exemplo, dezenas e dezenas de
páginas de empresas que contabilizam a quantidade de vezes que um anúncio para
a venda de cartões de bandeira Visa pelo BB foi veiculado nestas tevês de
aeroportos ou foi mostrado nesta ou naquela cobertura de ponto de ônibus, nesta
ou naquela rua, desta ou daquela cidade”.
“Não houve o crime básico que ela supõe, o desvio de dinheiro do BB, repassado para gastos do banco, seja de que forma, pelo Fundo de Incentivos Visanet, para a publicidade da venda de cartões de bandeira Visa”, afirma.
“Não houve o crime básico que ela supõe, o desvio de dinheiro do BB, repassado para gastos do banco, seja de que forma, pelo Fundo de Incentivos Visanet, para a publicidade da venda de cartões de bandeira Visa”, afirma.
Sobre mim, Raimundo afirma: “Do que ele é acusado
na AP 470, de comandar uma quadrilha que desviou dinheiro público para comprar
deputados, eu não tenho dúvidas de que ele é inocente”.
“Foi um julgamento medieval. Naqueles tempos não se precisava, primeiro, provar o crime, e só depois ir em busca dos possíveis culpados. Se pegava a bruxa e se torturava, para que ela confessasse os crimes que teria cometido. Se ela não confessasse nenhum crime depois de torturada, como disse num de seus livros o irônico cientista Carl Sagan, aí sim é que estavam provadas suas infames práticas, pois só quem tivesse um pacto com demônio teria aquele tipo de resistência. A procuradoria e o ministro Barbosa esqueceram o princípio básico que separou a justiça medieval da Justiça surgida do Iluminismo: provar a materialidade do crime em primeiro lugar. No caso, provar o desvio de dinheiro do BB”, afirma o jornalista.
“Foi um julgamento medieval. Naqueles tempos não se precisava, primeiro, provar o crime, e só depois ir em busca dos possíveis culpados. Se pegava a bruxa e se torturava, para que ela confessasse os crimes que teria cometido. Se ela não confessasse nenhum crime depois de torturada, como disse num de seus livros o irônico cientista Carl Sagan, aí sim é que estavam provadas suas infames práticas, pois só quem tivesse um pacto com demônio teria aquele tipo de resistência. A procuradoria e o ministro Barbosa esqueceram o princípio básico que separou a justiça medieval da Justiça surgida do Iluminismo: provar a materialidade do crime em primeiro lugar. No caso, provar o desvio de dinheiro do BB”, afirma o jornalista.
Sobre a imprensa, Raimundo diz que o papel “dos
grandes jornais e revistas conservadores foi muito ruim. Como disse um de seus
destacados colunistas no início de 2012: o Supremo deveria julgar a AP47 ‘com a
faca no pescoço’. A faca era e foi essa mídia”.
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