Justiça reconhece
fraude na privatização da Vale do Rio Doce
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junho 12, 2013 13:34
Decisão judicial possibilita reabertura de processo contra a
venda da Vale e privatização da maior produtora de minério de ferro do mundo
pode ser revertida
Maíra Kubík Mano, da Rede Democrática
Se você tivesse um cacho de bananas que valesse R$9,00, você
o colocaria à venda por R$0,30? Óbvio que não. Mas foi isso que o governo
federal fez na venda de 41% das ações da Companhia Vale do Rio Doce para
investidores do setor privado, em 1997. Eles pagaram R$3,3 bilhões por uma
empresa que vale perto de R$100 bilhões. Dez anos depois que ações populares
foram abertas para questionar o processo, a privatização da maior exportadora e
produtora de ferro do mundo pode ser revertida.
Em 2012, ato público realizado no Rio de Janeiro pedia a
anulação da privatização da Vale do Rio Doce (Foto: Brasil de Fato)
Em 16 de dezembro do ano passado, a juíza Selene Maria de
Almeida, do Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília, anulou a decisão
judicial anterior e reabriu o caso, possibilitando a revisão do processo. “A
verdade histórica é que as privatizações ocorreram, em regra, a preços baixos e
os compradores foram financiados com dinheiro público”, afirma Selene. Sua
posição foi referendada pelos juízes Vallisney de Souza Oliveira e Marcelo
Albernaz, que compõem com ela a 5ª turma do TRF.
Entre os réus estão a União, o BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social) e o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso. Eles são acusados de subvalorizar a companhia na época de sua venda.
Segundo as denúncias, em maio de 1995 a Vale informou à Securities and Exchange
Comission, entidade que fiscaliza o mercado acionário dos Estados Unidos, que
suas reversas de minério de ferro em Minas Gerais eram de 7.918 bilhões de
toneladas. No edital de privatização, apenas dois anos depois, a companhia
disse ter somente 1,4 bilhão de toneladas. O mesmo ocorre com as minas de ferro
no Pará, que em 1995 somavam 4,97 bilhões de toneladas e foram apresentadas no
edital como sendo apenas 1,8 bilhão de toneladas.
Outro ponto polêmico é o envolvimento da corretora Merrill
Lynch, contratada para avaliar o patrimônio da empresa e calcular o preço de
venda. Acusada de repassar informações estratégicas aos compradores meses antes
do leilão, ela também participou indiretamente da concorrência por meio do
grupo Anglo American. De acordo com o TRF, isso comprometeu a imparcialidade da
venda.
A mesma Merrill Lynch, na privatização da Yacimientos
Petrolíferos Fiscales (YPF), da Argentina, reduziu as reservas declaradas de
petróleo de 2,2 bilhões de barris para 1,7 bilhão.
Nova perícia
Depois da venda da Vale, muitas ações populares foram
abertas para questionar o processo. Reunidas em Belém do Pará, local onde a
empresa está situada, as ações foram julgadas por Francisco de Assis Castro
Júnior em 2002. “O juiz extinguiu todas as ações sem apreciação do mérito. Sem
olhar para tudo aquilo que nós tínhamos dito e alegado. Disse que o fato já
estava consumado e que agora analisar todos aqueles argumentos poderiam
significar um prejuízo à nação”, afirma a deputada federal doutora Clair da
Flora Martins (PT/PR).
O Ministério Público entrou com um recurso junto ao TRF de
Brasília, que foi julgado no ano passado. A sentença determinou a realização de
uma perícia para reavaliar a venda da Vale. No próximo passo do processo, as
ações voltam para o Pará e serão novamente julgadas. Novas provas poderão ser
apresentadas e os réus terão que se defender.
Para dar visibilidade à decisão judicial, será criada na
Câmara dos Deputados a Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio Público. A
primeira ação é mobilizar a sociedade para discutir a privatização da Vale. “Já
temos comitês populares em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pará, Espírito
Santo, Minas Gerais e Mato Grosso”, relata a deputada, uma das articuladoras da
frente.
“Precisamos construir um processo de compreensão em cima da
anulação da venda da Vale, conhecer os marcos gerais dessas ideias a partir do
que se tem, que é uma ação judicial, e compreendê-la dentro de um aspecto mais
geral, que é o tema da soberania nacional”, acredita Charles Trocate,
integrante da direção nacional do MST. Ele participa do Comitê Popular do Pará,
região que tem forte presença da Vale.
Entre os marcos da privatização, que serão estudados e
debatidos nos próximos meses nos comitês, está o Plano Nacional de Desestatização,
de julho de 1995. A venda do patrimônio da Vale fez parte de uma estratégia
econômica para diminuir o déficit público e ampliar o investimento em saúde,
educação e outras áreas sociais. Cerca de 70% do patrimônio estatal foi
comercializado por R$60 milhões, segundo o governo. “Vendendo a Vale, nosso
povo vai ser mais feliz, vai haver mais comida no prato do trabalhador”, disse
o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1996. A dívida interna,
entretanto, não diminuiu: entre 1995 e 2002 ela cresceu de R$108 bilhões para
R$654 bilhões.
Na época, a União declarou que a companhia não custava um
centavo ao Tesouro Nacional, mas também não rendia nada. “A empresa é medíocre
no contexto internacional. É uma péssima aplicação financeira. Sua privatização
é um teste de firmeza e determinação do governo na modernização do Estado”,
afirmou o deputado Roberto Campos (PPB/SP) em 1997. No entanto, segundo os
dados do processo, o governo investiu R$2,71 bilhões durante toda a história da
Vale e retirou R$3,8 bilhões, o que comprova o lucro.
“O governo que concordou com essa iniciativa não tinha
compromisso com os interesses nacionais”, diz a deputada doutora Clair.
Poder de Estado
A Vale se tornou uma poderosa força privada. Hoje ela é a
companhia que mais contribui para o superávit da balança comercial brasileira,
com 54 empresas próprias nas áreas de indústria, transporte e agricultura.
“Aqui na região de Eldorado dos Carajás (PA), a Vale
sequestra todo mundo: governos municipais e governo estadual. Como o seu Produto
Interno Bruto é quatro vezes o PIB do estado Pará, ela se tornou o estado
econômico que colonizou o estado da política. Tudo está em função de seus
interesses”, coloca Charles Trocate.
Trocate vivência diariamente as atividades da empresa no
Pará e a acusa de gerar bolsões de pobreza, causados pelo desemprego em massa,
desrespeitar o meio ambiente e expulsar sem-terra e indígenas de suas áreas
originais.
“Antes da privatização, a Vale já construía suas
contradições. Nós temos clareza de que a luta agora é muito mais ampla. Nesse
processo de reestatização, vamos tentar deixar mais claro quais são as mudanças
que a empresa precisa fazer para ter uma convivência mais sadia com a sociedade
na região”, diz Trocate. De acordo com um levantamento do Instituto Ipsos
Public Affairs, realizado em junho de 2006, a perspectiva é boa: mais de 60%
dos brasileiros defendem a nacionalização dos recursos naturais e 74% querem o
controle das multinacionais.
Patrimônio da Vale em 1996
● maior produtora de alumínio e ouro da América Latina
● maior frota de navios graneleiros do mundo
● 1.800 quilômetros de ferrovias brasileiras
● 41 bilhões de toneladas de minério de ferro
● 994 milhões de toneladas de minério de cobre
● 678 milhões de toneladas de bauxita
● 67 milhões de toneladas de caulim
● 72 milhões de toneladas de manganês
● 70 milhões de toneladas de níquel
● 122 milhões de toneladas de potássio
● 9 milhões de toneladas de zinco
● 1,8 milhão de toneladas de urânio
● 1 milhão de toneladas de titânio
● 510 mil toneladas de tungstênio
● 60 mil toneladas de nióbio
● 563 toneladas de ouro
● 580 mil hectares de florestas replantadas, com
matéria-prima para a produção de 400 mil toneladas/ano de celulose
Fonte: Revista Dossiê Atenção – “Porque a venda da Vale é um
mau negócio para o país”, fls. 282/292, da Ação Popular nº
1997.39.00.011542-7/PA.
Quanto vale hoje
● 33 mil empregados próprios
● participação de 11% do mercado transoceânico de manganês e
ferro-liga
● suas reservas de minério de ferro são suficientes para
manter os níveis atuais de produção pelos próximos 30 anos
● possui 11% das reservas mundiais estimadas de bauxita
● é o mais importante investidor do setor de logística no
Brasil, sendo responsável por 16% da movimentação de cargas do Brasil, 65% da
movimentação portuária de granéis sólidos e cerca de 39% da movimentação do
comércio exterior nacional
● possui a maior malha ferroviária do país
● maior consumidora de energia elétrica do país
● possui atividades na América, Europa, África, Ásia e
Oceania
● concessões, por tempo ilimitado, para realizar pesquisas e
explorar o subsolo em 23 milhões de hectares do território brasileiro (área
correspondente aos territórios dos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe,
Paraíba e Rio Grande do Norte)
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A fraude da
privatização da Vale do Rio Doce
Diego Cruz
http://www.pstu.org.br/
Em 2007 completam-se 10 anos da escandalosa privatização da
Companhia Vale do Rio Doce (CRVD), a então tradicional estatal fundada em 1942
e desde 1974 a maior exportadora de minério de ferro do mundo. Menina dos olhos
dos mais radicais privatistas, a companhia é alardeada hoje como o exemplo do
acerto que teria sido o Programa Nacional de Desestatização levado a cabo pelo
governo FHC, que entregou boa parte das estatais ao capital privado e
estrangeiro a preço de banana.
Para tanto, são repetidos à exaustão os números que
comprovariam o sucesso da Vale privatizada. No terceiro trimestre de 2006, a
ex-estatal obteve recorde de lucro, quase R$ 4 bilhões. No acumulado dos
primeiros nove meses do ano, a empresa lucrou R$ 10,1 bilhões. Porém, o que é
omitido nesse debate são os pontos obscuros que cercam a sua privatização.
Na ressaca do processo de desestatização, a população fez
sua experiência e concluiu o roubo que representou a privatização, como ficou
demonstrado no debate que polarizou, ainda que falsamente, o segundo turno.
Mesmo com toda a propaganda da grande mídia, no final de outubro uma pesquisa
divulgada pelo Ipespe (Instituto de Pesquisa Sociais, Políticas e Econômicas), do
jornal Valor Econômico, revelou que, de mil pessoas entrevistadas, 70%
desaprovavam a privatização das grandes empresas.
A doação da Vale
Como foi organizado um dos maiores roubos do país
SUB-AVALIAÇÃO
Após anos de massiva campanha pela venda da estatal nos anos
90, a Vale foi leiloada em maio de 1997. A primeira polêmica envolveu a cotação
da estatal realizada pela corretora Marril Lynch, que a avaliou em R$ 10
bilhões. A empresa foi acusada de sub-avaliar jazidas e o conjunto do complexo
industrial da empresa, com patrimônio superior a R$ 100 bilhões.
Mais tarde se descobriu que a corretora era ligada à empresa
Anglo American, participante do leilão. A estatal foi vendida por apenas R$ 3,3
bilhões. Para se ter uma idéia, esse valor significa menos do que o lucro da
empresa em apenas três meses. No ano em que foi leiloada, o lucro líquido da
empresa foi de R$ 12,5 bilhões, mais de três vezes o valor de sua venda.
RESERVAS MINERAIS
Outra irregularidade foi a subestimação das reservas de
minério sob controle da Vale. Segundo informações da própria CVRD, as reservas
de minério de ferro de Minas Gerais e da Serra dos Carajás eram de 12,9 bilhões
de toneladas em 1995, muito acima dos 3,2 bilhões de toneladas anunciadas na
época da privatização. Além disso, a privatização da Vale foi inconstitucional
por vender reservas de urânio, que são de propriedade exclusiva da União,
alienar milhões de hectares de terras e permitir a exploração de minérios na
faixa de fronteira, o que não poderia ser feito sem a aprovação do Congresso
Nacional.
DINHEIRO EM CAIXA
A Vale contava no momento da privatização com R$ 700 milhões
em caixa, ou seja, um bônus recebido por seus compradores.
Algumas perguntas que não querem calar
ONDE FOI PARAR O DINHEIRO?
o dinheiro da venda da empresa e das outras estatais?
A Vale foi privatizada sob a desculpa de pagar a dívida
pública. No entanto, a dívida só cresceu de lá pra cá. Ninguém sabe onde foi
parar o dinheiro das privatizações. Você sabe?
PORQUE A VALE DÁ TANTO LUCRO?
Se os altos lucros da Vale provaram algo foi o enorme
prejuízo que o setor público amargou com a sua venda. Tais lucros não advêm de
um suposto bom gerenciamento do setor privado, mas de uma situação externa
favorável causada pelo aumento da demanda de matéria prima pela China e o
conseqüente aumento do preço do minério.
Como se isso não bastasse, dias antes do leilão da Vale
foram descobertas jazidas de minério, incluindo ouro, que não foram
contabilizadas no preço mínimo de venda.
Desta forma, fica fácil entender o motivo pelo qual os
lucros da empresa foram alavancados automaticamente logo após a privatização.
Esse processo, aliás, ocorreu com o conjunto de estatais
privatizadas nos anos 90. Durante anos, o governo aplicava uma política de contenção
de gastos e sabotagem deliberada como pretexto para a privatização. Após a
venda, uma avalanche de números tentava legitimar a rapina do patrimônio
público.
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Escândalo da Privatização da Vale do Rio Doce
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O escândalo da venda da Companhia Vale do Rio Doce coloca no
balaio acusações de propina no leilão, vícios no edital de venda, acusações de
que empresa foi subavaliada no negócio; que a empresa americana Merrill Lynch
teria repassado informações estratégicas aos compradores meses antes da venda;
que parte do dinheiro utilizado pelas empresas para a compra da Vale foi obtida
por meio de empréstimos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES). E ficou no ar a sensação de que foi um jogo de cartas marcadas.
A transação ocorreu durante o governo de Fernando Henrique
Cardoso (PSDB), com a implantação da privatização das estatais brasileiras. A
segunda maior empresa brasileira, maior produtora de minério do mundo, foi
vendida por R$ 3, 3 bilhões de reais em 1997 e o valor estimado na época do
leilão era de R$ 92 bilhões de reais, ou seja, valor 28 vezes maior do que o
que foi pago pela empresa. O Consórcio Brasil, formado pela Companhia
Siderúrgica Nacional, a Bradespar (do grupo Bradesco) e o fundo de
investimentos Previ, arrematou 41,73% das ações por R$ 3,3 bilhões, o
suficiente para assumir o controle da empresa.
Ficou no ar a sensação de que foi um jogo de cartas
marcadas. Resultado: circulam na Justiça mais de 107 ações que questionam a legalidade
do leilão.
Breve histórico da Vale
A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) é segunda maior empresa
brasileira, maior produtora de minério do mundo, presente em 14 estados
brasileiros, com um lucro líquido anual de mais de R$ 20 bilhões de reais, foi
criada por decreto em 1° de junho de 1942, em plena ditadura do Estado Novo,
depois que Getúlio Vargas encampou as reservas de ferro do empresário Percival
Farquhar.
A Companhia do Vale do Rio Doce iniciou suas atividades em
Itabira (em tupi, pedra que brilha), então uma pacata cidade do interior de
Minas Gerais. Carlos Drummond de Andrade (1902–1987), um dos maiores nomes da
poesia brasileira, natural de Itabira, a descreveu como cidade que tem
"noventa por cento de ferro nas calçadas; oitenta por cento de ferro nas
almas".
Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a
empresa foi incluída no Plano Nacional de Desestatização (PND), uma política
responsável pela privatização de aproximadamente 70% do patrimônio nacional.
Argumentando que a venda da Vale iria diminuir a dívida brasileira. A Vale,
avaliada em R$ 92 bilhões, foi vendida por pouco mais de R$ 3 bilhões.
Com a venda de 33% das ações pelo valor de R$ 3,3 bilhões, o
controle acionário foi passado à iniciativa privada em 1997. O Consórcio
Brasil, formado pela Companhia Siderúrgica Nacional, a Bradespar (do grupo
Bradesco) e o fundo de investimentos Previ, arrematou 41,73% das ações por R$
3,3 bilhões, o suficiente para assumir o controle da empresa. Ficou no ar a
sensação de que foi um jogo de cartas marcadas. Parte do dinheiro utilizado
pelas empresas para a compra da Vale foi obtida por meio de empréstimos ao
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O consórcio autorizado pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para avaliar a mineradora e elaborar
o edital de licitação foi liderado por uma empresa nacional que servia de
fachada para a companhia norte-americana Merill Lynch. A lei determina que
empresas nacionais deveriam estar à frente desse tipo de consórcio.
A Merrill Lynch teria repassado informações estratégicas aos
compradores meses antes da venda. Além disso, ela teria infringido a legislação
pelo fato do grupo Anglo American ter participado do processo e venda através
da empresa Projeta Consultoria Financeira S/C LTDA, caracterizando ilegal
vínculo entre a organização autora do projeto e um dos licitantes. O processo
teria sido marcado por outras irregularidades, como a participação como
consultor do Banco Bradesco, que mais tarde viria a se tornar um dos acionistas
da companhia.
Os bancos escolhidos para a avaliação da companhia
utilizaram apenas o critério de fluxo de caixa existente à época. O valor das
reservas de minério de ferro concedidas à empresa, não foram incluídos na
avaliação. Além de excluir todo o ouro no subsolo que poderiam ser considerados
patrimônio da empresa.
A Companhia Vale do Rio Doce é hoje a segunda empresa mais
lucrativa de mineração do mundo. A Vale era um complexo industrial com 54
empresas, maior produtora e exportadora de ferro do mundo, com concessão de
duas das maiores ferrovias do planeta e hoje vale quase R$ 100 bilhões.
Em dezembro de 2005, Selene Maria de Almeida, juíza do
Tribunal Regional Federal da 1ª Região, determinou a retomada do julgamento de
diversos processos judiciais contra o leilão da Companhia, que haviam sido
julgados improcedentes em 2002. Essa foi uma das motivações para a organização
do plebiscito popular. A anulação do leilão significaria o retorno da empresa
ao controle do Estado. O resultado o plebiscito, realizado entre 1 a 7 de
setembro de 2007, com a participação de mais de 3 milhões de brasileiros, foi
que 94,5% responderam que a empresa deve
ser reestatizada.
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