É preciso propor alternativas
para combater os efeitos da crise mundial e não alimentar a instabilidade
política por meio de ameaças ao voto popular.
Editoriais e manifestações de
políticos de oposição procuram ampliar o escopo de um golpe na Democracia
brasileira. É preciso estar alerta e pronto a evitar ameaças à vontade popular,
expressa nas últimas eleições presidenciais. O caos que uma ação dessa ordem
traria pode afetar radicalmente os rumos do país. Por isso, é uma
irresponsabilidade social e política inflar um movimento que pode causar
profundas rupturas na sociedade brasileira, com consequências econômicas,
sociais, culturais e políticas que podem ser desastrosas.
Nos últimos anos, partidos progressistas foram
eleitos em vários países da América Latina. Ainda que muitos deles propusessem
uma pauta moderada frente ao quadro de desigualdade social presente no mundo
atual, conseguiram aplicar reformas que as diminuíram. Além disso, implantaram
programas sociais que aumentaram a capacidade de emitir opinião de camadas
sociais que não tinham como aferir sua situação no mundo diante da condição de
miséria, desinformação e fome que viviam.
De modo articulado, assistiu-se um roteiro que
seguiu os dirigentes progressistas de países da América do Sul, com agressões
duras contra a Democracia. Governos eleitos na Venezuela, no Equador, na
Bolívia, na Argentina e no Paraguai enfrentaram momentos difíceis que
resultaram em países polarizados.
Esse modo de operar chegou ao Brasil, mas com
uma agravante: um ódio descabido ao partido que aplicou as mudanças sociais no
país. Como a história só se repete como farsa e como a política possui
especificidades nacionais, causa muita preocupação o acirramento de tensões
que, de algum modo, estavam acomodadas. No caso brasileiro, a irracionalidade
trazida pelo ódio já tem resultado em agressões verbais e até físicas de
cidadãos que simplesmente ostentam roupas de cor vermelha em situações as mais
inusitadas. Isso não pode continuar.
É preciso aprimorar o uso do potencial
energético, dos recursos naturais e da capacidade produtiva no campo e nas
cidades brasileiras para melhorar a vida da população por meio da criação de
novas relações sociais e com o ambiente. O Brasil possui enormes vantagens
nessa corrida tecnológica dada suas condições naturais, que garantem reservas
de biodiversidade, petróleo, água, solo, sol e vento. Esses atributos devem ser
usados de modo inteligente para alçar o país a um novo patamar de produção e
distribuição de riqueza em vez de manter-se como simples provedor de produtos
primários.
É preciso reafirmar que quaisquer tentativas
de retirar a Presidente Dilma Rousseff, eleita democraticamente, antes do fim
de seu mandato, pode levar o país a uma situação insustentável do ponto de
vista social e político. O Brasil não precisa disso, muito menos seu povo, que
enfrenta as duras consequências de uma crise econômica e financeira que afeta o
mundo hodierno.
O momento exige responsabilidade e
discernimento para propor alternativas sérias de combater os efeitos da crise
mundial e não alimentar a instabilidade política por meio de ameaças ao voto
popular.
1) Wagner Costa Ribeiro –
Professor – Departamento de Geografia – USP
2) Flavio Aguiar – Professor –
USP
3) Adrián Pablo Fanjul –
Professor – Departamento de Letras Modernas – USP
4) Marcello Modesto – Professor -
Departamento de Linguística – USP
5) Ligia Chiappini Moraes Leite –
Professora – USP
6) Fabio Cesar Alves- Professor –
DLCV – USP
7) Gloria Alves – Professora –
Departamento de Geografia – USP
8) Rita Chaves – Professora –
DLCV/FFLCH – USP
9) Marcos Silva - Professor –
Departamento de História – USP
10) Luis Roncari – Professor –
DLCV – USP
11) Ricardo Musse – Professor –
DS – USP
12) Olga Ferreira Coelho Sansone
- Departamento de Linguística – USP
13) Homero Santiago –
Departamento de Filosofia – USP
14) Ieda Maria Alves – DLCV – USP
15) Tercio Redondo - DLM – USP
16) João Adolfo Hansen - DLCV-
FFLCH- USP
17) Luís César Oliva - Professor
USP
18) Neide Maia González – FFLCH –
USP
19) Heloísa Pezza Cintrão
DLM/FFLCH/USP
20) Kabengele Munanga
Dpto.Antropologia – USP
21) Beatriz Raposo de Medeiros –
FFLCH – USP
22) Cilaine Alves Cunha -
Literatura Brasileira – FFLCH – USP
23) Renato da Silva Queiroz –
FFLCH-USP
24) Rosangela Sarteschi - DLCV -
USP
25) Sheila Vieira de Camargo
Grillo – DLCV – USP
26) Marta Inez Medeiros Marques –
DG – USP
27) Sylvia Bassetto - DH – USP
28) Beatriz Daruj Gil – DLCV –
USP
29) Gustavo Venturi - DS – USP
30) Paula Marcelino - professora
- Departamento de Sociologia – USP
31) María Zulma M. Kulikowski –
DLM – USP
32) Elisabetta Santoro – DLM –
USP
33) Vima Lia de Rossi Martin –
DLCV - USP
34) Pablo Schwartz – DLCV – USP
35) Fabio Contel – DG – USP
36) Léa Francesconi, professora,
DG-FFLCH-USP
37) Valeria De Marco –
DLM/FFLCH-USP
38) Adma Muhana – FFLCH-DLCV-USP
39) José Pereira de Queiroz Neto
- DG – USP
40) Manoel Luiz Gonçalves Corrêa
- DLCV – FFLCH – USP
41) Waldir Beividas – DL- USP
42) Rita de Cássia Ariza da Cruz
- Departamento de Geografia – FFLCH/USP
43) Ivan Marques - DLCV / FFLCH –
USP
44) Mónica Arroyo - DG – USP
45) Homero Freitas de Andrade -
DLO - FFLCH – USP
46) Maria Helena Pereira Toledo
Machado – FFLCH – USP
47) André Martin – DG – USP
48) Iris Kantor – DH – USP
49) Fernanda Padovesi Fonseca –
DG - USP
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