quarta-feira, 21 de outubro de 2015

AS ALGEMAS ESTÃO NO AEROPORTO

Nonato Menezes - Situação insólita de dois presidentes de instituições importantes da vida brasileira: Eduardo Cunha e Marco Polo Del Nero.

O primeiro, como Presidente da Câmara dos Deputados, é o terceiro na linha sucessória da Presidência da República.

Acuado pelas denúncias vindas da Suíça e desamparado com o fracasso do golpe, Eduardo Cunha vive seus dias de tomento e, pelo jeito, nem oração o deixará impune.

Dias atrás teve que cancelar uma viagem à Europa com receio de ter que fazer companhia a José Maria Marin, preso nos Alpes, por envolvimento com suborno na FIFA.


Imaginemos uma situação de ausência simultânea da Presidenta da República e do Vice-Presidente onde, em cumprimento à Constituição, Eduardo Cunha tivesse que ocupar o cargo por algum tempo.

Por força das Leis e dos Acordos internacionais, improvável acontecer uma prisão do presidente da República em terras estrangeiras, mas seria constrangedor a presença de alguém, em encontros multilaterais, com tantas acusações, mesmo no cargo, se viesse a ocupar.

É certo que, nesta hipótese, o constrangimento não recairia sobre ele, pois se há neste mundo alguém capaz de distrair a Ética e driblar a dignidade com tanta facilidade, chama-se Eduardo Cunha.

E se atendida esta probabilidade, ele tivesse que assinar acordos e firmar compromissos em nome do Brasil? Meu Deus! Um vexame de proporções universais.

Em situação, talvez mais complicada, encontra-se o atual presidente da CBF. Mais complicada porque, embora tenha função de presidente, não há nenhuma garantia legal de imunidade, caso ele pule a fronteira.

Depois de voltar da Suíça a jato, Del Nero não foi ao Chile acompanhar a derrota do Brasil para o selecionado local. E, também, não irá à Argentina para assistir ao jogo dos próximos dias. Para piorar a situação, a Conmebol resolveu afastá-lo do Comitê Executivo da Fifa.

Que triste! Dois presidentes de Instituições importantes da vida nacional estarem “prisioneiros” em seu próprio País. Que não podem visitar nem os paraísos fiscais. Restaurante francês então, nem pensar. Miami? Só se for depois que cumprirem suas penas!


Mas poderão sair do País de carro ou a pé, driblando a Alfândega e a polícia, porque se resolverem ir de avião, no Aeroporto de chegada, encontrarão as algemas. 

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