Eles haviam feitos uma grande descoberta. Vários apartamentos estavam em nome da Murray Holding, empresa da holding panamenha Mossack Fonseca.
A Policia Federal mandou prender os representantes da empresa no Brasil porque foi descoberto em escutas telefônicas que eles estavam “picando papéis”, destruindo as provas, ou seja, a principal justificativa para uma “prisão preventiva”.
Descobriram que entre os clientes da empresa havia o ditador sírio Bashar Al-Assad, o líbio Muammar Gaddafi, o presidente do Zimbabwe Robert Mugabe e três figuras centrais da Lava Jato, Renato Duque, Pedro Barusco e Mário Goes.
Pronto! É algo grandioso e fabuloso!
A empresa trabalha em 40 países em um gigantesco canal de lavagem de dinheiro. Lula só pode está envolvido nessa trapassa. Agora pegamos ele. Pensou os investigadores.
Mas no dia 1º de fevereiro a Folha, Estadão e Globo pararam de publicar qualquer menção à Murray ou Mossack.
Por quê? Logo agora que Lula seria pego!
De repente, Sérgio Moro autorizou a Policia Federal a ampliar a investigação do sítio em Atibaia, que deveria ser sigilosa, e o próprio Moro liberou “inadvertidamente” a informação e os dados do novo inquérito que deveria ser sigiloso.
Agora todo mundo passou a falar de canoa de R$ 4 mil, de 6 mudas de árvores plantadas por Dona Marisa no sítio, e a Policia Federal vazou uma lista de mudança com caixas de bebidas que foram transportadas quando Lula deixou de ser presidente, mostrando uma total invasão de privacidade na vida pessoal do ex-presidente.
E assim, de repente, uma esquema mundial de lavagem de dinheiro é esquecido pela grande mídia e abandonado pelos investigadores e todos se voltaram para a compra de uma canoa de R$ 4 mil.
Logo em seguida, Sérgio Moro mandou soltar os representantes das empresas, e a justificativa de Moro é surpreendente: “Apesar do contexto de falsificação, ocultação e destruição de provas, (…) na qual um dos investigados foi surpreendido, em cognição sumária, destruindo quantidade significativa de provas, a aparente mudança de comportamento dos investigados não autoriza juízo de que a investigação e a instrução remanescem em risco”, escreveu ele ao justificar a soltura.
Ora, a possibilidade de queima de arquivos e de atrapalhar as investigações foram o mote para a manutenção de todas as prisões preventivas. Como então Sérgio Moro abre mão desse argumento justamente para um sujeito flagrado eliminando documentos e mantem preso outros que não foram pegos praticando tal ato?
Agora entenda: É que descobriram que a mansão dos Marinho (Donos da Globo), em Paraty (RJ), que está toda irregular, é de propriedade de uma offshore, a Vaincre LLC, controlada pela mesma Murray Holdings LLC, a empresa dona dos apartamentos em Guarujá e que pertence à Mossack Fonseca.
Agora faz sentindo tudo e porque os representantes das empresas foram soltos. Eles supostamente destruirão as provas que comprometem os Marinho.
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