por Danilo Cezar Cabral // http://mundoestranho.abril.com.br/
Veja a evolução do mapa do país desde a época do descobrimento até a versão atual.
1534 - TERRAS DE CAPITÃO
Trinta e quatro anos após o Descobrimento, o litoral brasileiro estava sendo saqueado a torto e a direito por piratas em busca de pedras preciosas e madeiras raras. Para manter o controle do território, a coroa portuguesa decidiu criar as capitanias hereditárias, 15 faixas de terra que se estendiam da costa até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. Para tomar conta desses primeiros "estados" do país, foram nomeados capitães-donatários.
1709 - A CASA DAS SETE PROVÍNCIAS
Em 1709, os portugueses resolveram reorganizar a colônia em função dos benefícios específicos que cada região poderia trazer para a coroa. Nasceram, então, as sete províncias, imensas extensões de terra com fronteiras mais bem definidas. Além dos aspectos econômicos, a criação das províncias visava obter um controle ainda maior sobre o território, constantemente ameaçado pela ação de piratas e do "olho grande" espanhol
1822 - RASCUNHO IMPERIAL
Após a Independência, em 1822, o Brasil foi repartido em diversas novas províncias, "rascunhos" do que viriam a ser os futuros estados. O mapa atual do Nordeste, por exemplo, já está quase todo lá (quase todos os atuais estados do Nordeste têm sua origem nas províncias do império - apenas Sergipe ainda não estava no mapa). As províncias de Mato Grosso e Goiás nasceram após o enxugamento da antes superpoderosa província de São Paulo. No Sul, contávamos ainda com a província da Cisplatina, que pertenceu ao Brasil até 1829, quando um movimento separatista obrigou o país a reconhecer a independência da região, que deu origem ao Uruguai
1942 - ESTADOS DE SÍTIO
Rolaram grandes mudanças no mapa após a Proclamação da República, em 1889, como a própria adoção da palavra estado para nomear as porções do território. Além do Amazonas, criado em 1889, as novidades no mapa são os territórios do Acre - comprado da Bolívia em 1903 -, Amapá, Rio Branco e Guaporé.Em 1942, o Brasil entrou na Segunda Guerra e, como estratégia de defesa e administração das fronteiras, o governo desmembrou algumas áreas, criando novos territórios, como Amapá e Guaporé, no norte, e Iguaçu, no sul. Mais tarde, alguns desses territórios viraram estados e outros desapareceram, reintegrados à sua região de origem (como Ponta Porã e Iguaçu). Outra curiosidade da Guerra foi que o território de Fernando de Noronha foi desmembrado de Pernambuco, servindo de base militar dos EUA
1990 - DEPOIS DA PLÁSTICA
A partir de 1960, ano da inauguração de Brasília, rolaram as últimas mexidas que deixaram o Brasil com a cara que tem hoje, com seus 26 estados mais o Distrito Federal. Criado naquele ano para abrigar a nova capital, o Distrito Federal não é um estado, mas um território autônomo com regiões administrativas.Além da "promoção" de alguns territórios, como Acre e Rondônia, a estados, Fernando de Noronha voltou a fazer parte de Pernambuco e nasceram Mato Grosso do Sul (desmembrado do Mato Grosso) e Tocantins (fatiado de Goiás). Os territórios de Amapá e Roraima foram promovidos a estados após a Constituição de 1988, não sofrendo nenhuma alteração de suas fronteiras.
NAÇÃO DE RETALHOS
Nos últimos anos, chegaram várias propostas ao Congresso para a criação de novos estados e territórios no país, sendo que muitas ainda estão em curso. Veja como seria o jeitão desse Brasil "de retalhos" caso algumas delas tivessem sido aprovadas
1) Estado de Solimões
2) Território do Alto do Rio Negro
3) Estado de Tapajós
4) Território de Marajó
5) Estado de Carajás
6) Estado do Maranhão do Sul
7) Estado do Planalto Central
8) Estado de Minas do Norte
9) Estado do Triângulo
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