sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Pastor Ariovaldo Ramos: eles não vão parar, temos de ocupar o Brasil agora!


Se não queremos esse passado como futuro, se queremos evitar o congelamento da saúde, da educação, da moradia, do progresso, do crescimento, da sobrevivência por 20 anos; temos de tomar todos os espaços, a exemplo do que estão a fazer os estudantes, temos de ir para a rua, temos de ocupar o Brasil agora!

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O profeta Jeremias, em muito conhecida fala, disse: Trago à memória o que me traz esperança.
A memória é uma ferramenta preciosa para a manutenção da esperança,
Quando é uma memória má, desperta a necessidade de aprendizado, quando é memória boa, sugere um caminho a considerar. De qualquer maneira, parafraseando o poeta, nos permite confessar que vivemos.

Estamos diante da discussão sobre a malfadada PEC 241, que propõe, em nome da austeridade, congelar gastos, por 20 anos, para, pretensamente, salvar, economicamente, o país, onde saúde e educação, entre outras rubricas estratégicas, deixam de ser investimentos para serem considerados gastos a serem contidos.
Há uma propaganda intensa, por parte do comando do golpe, dizendo ser medida de aparente administração das contas públicas, uma prática comezinha, levada a efeito em todos os lares, com alguma responsabilidade orçamentária.
Dizem isso como se a população brasileira tivesse de ser lembrada de prática familiar, para entender a importância do que se estar a propor.
Não há necessidade da feitura desse esforço, nós todos temos memória que nos remete, com extrema proximidade, ao que resultará à nação a aplicação dessa medida.
FHC foi 8 anos presidente do Brasil, além de ter sido por dois anos ministro da Economia no governo Itamar, governo responsável pelo plano real.
Ele foi eleito para um período de 6 anos, mas, deu um golpe na constituição e estabeleceu a reeleição, permitindo dois períodos de 4 anos, da qual ele foi o primeiro beneficiário.
Ele usou o princípio que norteia a PEC maldita, para governar.
Em seu governo privatizou tudo que conseguiu, desvalorizou os ativos do país e os vendeu por preço irrisório, financiando os compradores, através do BNDES.
Os compradores, ao invés de investirem o que não gastaram na compra, para alavancar a prestação de serviço, esperaram que cada serviço, com clientes cativos, passasse a se pagar, de modo que, o tempo todo, trabalharam com o nosso dinheiro para ter o melhor e o mais lucrativo negócio, onde você recebe por um produto que não precisa entregar com a qualidade prometida.
Ele foi subserviente à geopolítica estadunidense, fazia parte de sua tese, de modo que, quando ele saiu, vendíamos aos tais, a maioria do que exportávamos – estávamos cativos.
E os tais não se interessavam por manufaturados, apenas por matéria-prima e commodities, condenando-nos a uma economia agropecuária e extrativista.
Pôs em curso, portanto, o sucateamento e desmonte da indústria nacional: siderurgia, indústria naval, indústria automobilística, indústria da construção civil e a indústria de manufaturados, de modo geral.
Jogou para o limbo da história a mão de obra não qualificada, impondo, de forma abrupta e atabalhoada, a informatização, por causa dos interesses do cliente majoritário.
Não investiu centavo algum na modernização do país; nem mesmo os buracos das rodovias federais tapava; não deu nenhum por cento de aumento ao funcionário público federal.
E mesmo em relação à estabilidade da moeda, e à vitória sobre a inflação, que era a desculpa para o não investimento, ainda que mantivesse um insuficiente programa social, vingou, de fato.
Rapidamente desvalorizou a moeda: de um dia para o outro, pois, o dólar estadunidense dormiu valendo um real e acordou custando um real e noventa centavos, e, no final de seu governo a moeda já estava em crise de estabilidade, a ponto de ter defecções em sua equipe econômica; e o dragão inflacionário começou a despertar.
Não bastasse isso, e, olha que não falei da educação e da pesquisa acadêmica, nem da ingerência do FMI, no final de seu governo, fomos brindados, por causa da falta de investimento em energia, com sucessão de apagões que deixavam às escuras a maioria dos estados brasileiros, o que é, sem dúvida, a mais eficaz forma de sabotar a economia de uma nação.
E, não fora a ascensão do governo popular, a falência teria nos alcançado inexoravelmente.
Sim, temos memória, sabemos o que significa a aplicação do princípio que sustenta a PEC 241.
Sabemos, por memória, o futuro que nos aguarda.
A câmara federal fez o que se sabia, agora resta o senado, o mesmo que implementou o golpe de estado, diante da comprovada inocência da presidenta.
Eles não vão parar, então, se não queremos esse passado como futuro, se queremos evitar o congelamento da saúde, da educação, da moradia, do progresso, do crescimento, da sobrevivência por 20 anos; temos de tomar todos os espaços, a exemplo do que estão a fazer os estudantes, temos de ir para a rua, temos de ocupar o Brasil agora!
Nosso luto vem do verbo lutar!

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