terça-feira, 2 de janeiro de 2018

A pequenez de João Dória Jr com o Viaduto Marisa Letícia



Poucas vezes surgiu um homem público como João Dória Jr. São notáveis seu ego e sua incapacidade de cometer um ato digno, sequer. Os petistas ficam indignados quando menciono, de vez em quando, atos dignos cometidos por pessoas que pensam de forma diferente.

Com Dória, é impossível. Ele e a senhora Dória conseguem sintetizar a pequenez, a mediocridade, a mesquinharia em estado líquido. A senhora Doria teve uma vida humilde, começando como funcionária da Embratur por indicação política. A primeira – e única – entrevista dada, depois do marido eleito, foi um festival inédito de provincianismo, mostrando-se escandalizada de lhe perguntarem sobre as ruas do centro, ela, que só conhece o centro de Nova York, Londres e das capitais europeias. Educação popular? Ótima para melhorar o nível das empregadas domésticas.
O marido não lhe fica atrás. Nem se fale do engodo de se apresentar como gestor. E atribuir o fato de jamais ter feito uma reunião conjunta de secretariado à conectividade: tendo o celular, pode fazer reuniões à distância.
Nas reuniões da LIDE, que ele dirigia, era ridículo assistir à forma como se dirigia aos CEOs, tratando todos como alunos de colégio, dando broncas e ordens. Tudo bem, a casa era sua e cada CEO sabia o preço a pagar para se incluir na sua rede profissional.

O maior financiador da LIDE é o dono da Gocil, o maior devedor da Previdência Social no estado de Sâo Paulo, e conhecido por suas jogadas políticas desde o governo Quércia. A LIDE sempre foi um centro explícito de lobby.

Sua decisão de cancelar a inauguração do Viaduto que leva o nome de Marisa Letícia entrará para a história de São Paulo como a melhor definição de seu caráter. Provavelmente nem Paulo Maluf ousaria tanta mesquinharia contra uma pessoa.

Azar dele. Assim como os episódios do buquê de rosas jogada no chão, a resposta imbecil a Alberto Goldman, o episódio ajudará a reforçar ainda mais sua imagem pública de um almofadinha por fora e um estivador por dentro – com todo o respeito pela categoria dos estivadores. Mas, enfim, um alpinista social que sabe usar os talheres, mas desconhece princípios básicos de educação e urbanidade, que são a marca dos verdadeiramente elegantes.

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