O jornal Le Figaro desta quinta-feira (1°) traz matéria sobre a luta contra a febre amarela no Brasil.Fotomontagem RFI/ LEFIGARO
Por RFI
O jornal Le Figaro desta quinta-feira (1°) fala sobre a luta contra a febre amarela no Brasil. "O país, que pretende vacinar 24 milhões de pessoas, quer a todo custo evitar que a doença se instale nas grandes cidades", destaca o diário francês.
"O Brasil tenta frear a febre amarela" é o título da matéria publicada pelo Le Figaro que chegou às bancas na manhã desta quinta-feira. Segundo o diário, o vírus, que se tornou "o inimigo número 1 do Brasil", já matou dezenas de pessoas e provoca pânico nas grandes cidades do país.
O jornal explica que, acusadas de negligência, as autoridades sanitárias demoraram para reagir a um aumento histórico do número de casos de febre amarela, mesmo depois de o Brasil ter enfrentado, nos últimos anos, epidemias de dengue, zika e chikungunya. Tardiamente, uma mobilização geral tenta evitar um cenário de catástrofe contra a propagação da febre amarela nas maiores cidades brasileiras, a poucos dias do carnaval, quando, destaca o jornal, "milhares de foliões, entre eles, turistas do mundo inteiro, vão invadir as ruas".
Por isso, o governo lançou uma campanha para vacinar 24 milhões de pessoas no sudeste do Brasil, a região mais ameaçada pela febre amarela atualmente. "Mas diante da escassez de vacinas e da urgência da situação, a dose típica é dividida por cinco", publica o diário, lembrando que, no total, o Ministério da Saúde do país contabilizou, desde julho do ano passado, 213 casos da doença e 83 mortes. "Números alarmantes que levaram a Organização Mundial da Saúde recomendar a todos os viajantes que se vacinem antes de viajar ao país", diz a matéria.
Solução: imunizar 90% da população
O correspodente do Le Figaro no Rio de Janeiro, Michel Leclercq, entrevistou especialistas que explicam que a única maneira de barrar o avanço da doença é imunizar 90% da população. Por isso, no último fim de semana, Rio de Janeiro e São Paulo realizaram uma grande operação de vacinação em massa.
Uma medida, lembra o diário, tomada no desespero, depois de cenas de caos em postos de saúde do Brasil. Tudo isso, ressalta o correspondente, devido a demora das autoridades de se mobilizarem diante do problema. "Em setembro do ano passado, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, se apressou para anunciar o fim da epidemia de febre amarela, esquecendo que, o inverno, período seco, é menos favorável à proliferação dos mosquitos".
Resultado: a campanha de vacinação parou e, quando a doença voltou, durante o verão, os postos de saúde não tinham mais vacina e entre as poucas que restavam, muitas estavam vencidas. Perda de tempo e de vidas, é preciso agora reparar os prejuízos, conclui Le Figaro.
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