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A classe média tradicional e a necessidade de impedimento da candidatura Lula
por Alexandre Tambelli
Não se pode dissociar o convívio social na classe média e médio-alta tradicionais do Judiciário que quer arbitrariamente retirar a candidatura Lula da Eleição.
Não se trata apenas de uma arbitrariedade no campo Jurídico, é um processo doentio, uma realidade paralela, um processo de bolha social dos magistrados que leva ao procedimento fora de qualquer amparo nas leis do País, e é histórico.
É um ódio de classe, onde os membros do Judiciário reverberam as suas próprias vontades, os seus próprios ódios, as suas próprias necessidades de autoafirmação perante as derrotas sociais continuadas, quando a maior parte da população anda de lado desse mundo negativo, anti-povo e fabricado na falsa ideia de "predestinação", de "direito divinatório" e de "exclusividade merecida".
As classes média e médio-alta tradicionais, de onde nascem e habitam os magistrados e algozes dos brasileiros pobres e da classe trabalhadora braçal, não habitam a mesma realidade do brasileiro comum, são pessoas presas em seus condomínios-fortaleza e suas casas blindadas, com alarmes, cercas elétricas, pitbulls e seguranças na constante paranoia do medo e da fuga do Brasil real, a que pensam não pertencer e nem sabem existir.
Essas pessoas habitam um mundo fechado, onde a vida se resume ao comezinho da ordem dos afazeres: casa, trabalho, consumo e lazer com os amigos e tudo materializado na autoimagem, nas posses e na pose e no olhar de esgueio e preconceituoso contra os que não chegaram ao patamar de elegância deles ou não vivem o fabricado glamour da falsidade/do falseamento do mundo, onde se conhece do Brasil, apenas aquilo que não possa ferir a vaidade das pessoas de "ben(s)" e o que sai nos jornais da Globo e Globonews, porque a vaidade não permite admitir a diversidade nem a pobreza real, a da brutal desigualdade social brasileira.
Quem não pode vencer por ser pouco importante como ser humano, por não ter brilho nos olhos, por não olhar acima do seu próprio umbigo não vai conseguir abandonar a própria doença a que está acometido, porque do mundo só enxerga um cotidiano mecânico e voltado para o benefício dos seus e a exclusividade no cotidiano das coisas que deseja fazer e possuir, mesmo que à custa da exclusão, da fome, da pobreza absoluta e morte de muitos dos brasileiros.
O que fazem com Lula é o espelho do ódio de si mesmos, porque não são capazes de alcançar o mesmo respeito, sucesso e status mundial do nosso Eterno Presidente, é a resposta a própria ignorância e ao próprio desígnio de não terem, sem a falsificação do currículo, da fama e do "Poder" espaço para competir com a inteligência muito acima da média de Luiz Inácio Lula da Silva. É se auto enganar para não precisar se ver no espelho e descobrir o mais óbvio: não valem tostão furado na História brasileira e no coração dos brasileiros, além, bolha social em que vivem e da fabricação midiática de heróis de barro que derretem igual sorvete com a exposição ao Sol.
E sendo uma derrota continuada para Lula e o Povo, pela ignorância e insignificância para além da bolha, se resolvem no arbítrio, na própria destituição da derrota via golpes atrás de golpes.
É o que sobra para quem não pode competir com a inteligência e sabedoria de Lula, um homem do povo, e do Povo: o arbítrio.
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