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Algumas marcas vão se fortalecendo: 1) pequenos grupos de direita cada vez mais extremistas e violentos; até entre eles mesmos há confrontos físicos e verbais. 2) salvacionismo se confrontando com as instituições democráticas. 3) um general agressivo se achando tutor do país. Flávio Dino, governador do Maranhão, no tweeter.
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A presença do general Augusto Heleno em um palanque em Brasília, no dia de manifestação em defesa de Sérgio Moro, mostra o comprometimento dele com a franja mais extremista dos apoiadores de Jair Bolsonaro.
Heleno apareceu ao lado de Eduardo Bolsonaro e fez discurso pressionando os deputados a aprovarem a reforma da Previdência. “Esqueçam partido político. Aprovem, aprovem, aprovem”, afirmou.
Embora o presidente da República já tenha retomado o toma-lá-dá-cá nas negociações com o Congresso, que durante a campanha havia prometido banir, o governo parece contar com a pressão popular para que os congressistas do Centrão reduzam o preço nas barganhas.
“Mais uma vez as previsões dos esquerdopatas, dos derrotistas, fracassou”, afirmou Heleno, que tropeçou não apenas na concordância, mas ao chamar a chanceler alemã Angela Merkel de “presidente”.
Ele se referia à presença de Bolsonaro no encontro do G-20, no Japão. Afirmou que a assinatura do acordo do Mercosul com a União Europeia dá novo horizonte ao Brasil.
Sobre seu colega de ministério, Sérgio Moro, afirmou: “Acho uma calhordice quererem colocar o ministro na situação de julgado, ao invés de ser juiz”.
As revelações sobre mensagens trocadas entre o então juiz federal Moro e os procuradores da Lava Jato foram interpretadas pelo general como tentativa de “tirar da cadeia um bando de canalhas”.
As mensagens mostram que Moro praticamente comandava a Lava Jato, sugerindo testemunhas, ordem de operações e mexendo na equipe da Força Tarefa — em vez de juiz imparcial, chefiava a acusação.
Moro condenou o ex-presidente Lula e, com isso, afastou da disputa eleitoral de 2018 o candidato que liderava todas as pesquisas.
Entre o primeiro e o segundo turnos, foi sondado para ser ministro da Justiça de Bolsonaro, o que aceitou logo depois da vitória eleitoral do candidato do PSL.
Antes do primeiro turno, havia feito manobra para divulgar uma delação não homologada do ex-ministro Antonio Palocci com fortes acusações ao PT, Lula e Dilma.
Há alguns dias, em evento público, o general Heleno deu murro na mesa na presença de Bolsonaro, dizendo que o ex-presidente Lula merecia prisão perpétua.
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional falhou miseravelmente no episódio em que 39 quilos de cocaína foram encontrados no avião reserva presidencial, em Sevilha, na Espanha.
Militares como os generais da reserva Augusto Heleno e Villas Bôas atuaram com desenvoltura para consolidar o golpe de 2016 contra Dilma Rousseff.
Agora, com cargo-chave no governo, Augusto está integrado ao grupo que pode buscar uma saída autoritária diante dos enfrentamentos de Bolsonaro com o Congresso e o STF.
Durante as manifestações de domingo, faixas pedindo o fechamento das duas instituições foram exibidas.
O presidente já tem o ex-juiz Sérgio Moro como refém e falou em reeleição antes mesmo de completar seis meses de governo.
No discurso de domingo, Heleno falou num tom de “reconstrução” do Brasil, que passa pela reforma da Previdência.
O banimento de Lula parece ser considerado essencial por esta facção militar para que a oposição não se organize a ponto de ameaçar Bolsonaro.
Relembrando, na véspera de julgamento do Supremo Tribunal Federal que poderia dar liberdade ao ex-presidente Lula, quando ainda estava no comando do Exército, Villas Bôas emparedou a Corte através de mensagens de tweeter divulgadas em parceria com o Jornal Nacional:
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