(Foto: ABr | Reuters)
Por Leandro Fortes
A decadência da sociedade carioca, iniciada com a transferência da capital da República para Brasília, em 1960, chegou a seu ponto máximo de degradação com as eleições de Marcelo Crivella e Wilson Witzel a prefeito da cidade e governador do estado, respectivamente.
Ambos representam a ascensão do fundamentalismo das igrejas neopentecostais, fenômeno que conseguiu unir a Casa Grande e a Senzala em torno de uma farsa criada pela primeira para, definitivamente, exterminar a segunda.
Em nome de Jesus, a classe média conservadora e reacionária da Zona Sul e da Barra da Tijuca convenceram os morros e os subúrbios que a melhor solução para ambos seria eleger, na capital, um idiota da Igreja Universal do Reino de Deus, e, no estado, um fascista do Partido Social Cristão.
A conta, claro, não foi nem para a Zona Sul, nem para os condomínios fechados da Barra, onde milicianos vizinhos do presidente da República dormem sem ser incomodados.
Enquanto isso, nos morros, a blitzkrieger das SS de Witzel já matou 15 pessoas, em 5 dias, quatro das quais adolescentes sem qualquer ligação com o crime. A mais recente, uma jovem de 17 anos levou DEZ TIROS, com um bebê no colo, quando se dirigia, ironicamente, a uma igreja. O bebê levou dois tiros, mas tem chances de viver. A mãe morreu na hora.
Isso depois de herr Witzel ter avisado que quem não trocasse o fuzil pela Bíblia, nos morros, iria morrer.
Amém.
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