sábado, 25 de abril de 2020

Exclusivo: rachadinhas de Flávio financiaram prédios da milícia

Senador Flávio Bolsonaro durante cerimônia de posse do novo Ministro da Saúde Nelson Teich, no dia 17 de abril.

The Intercept Brasil
Paula Bianchi

Não é segredo que Jair Bolsonaro demitiu o diretor-geral da Polícia Federal Maurício Leite Valeixo para proteger os filhos. Mas Moro jogou apenas parte da história no ventilador ao atribuir a sua saída às tentativas do presidente de interferir na instituição.

Além do inquérito das fake news que resvala em Carlos e Eduardo Bolsonaro, outro caso traz arrepios ao presidente. Flávio Bolsonaro, o filho 01, lucrou com a construção ilegal de prédios da milícia no Rio, como o Intercept revela hoje com exclusividade após ter acesso à íntegra do processo contra o senador e que corre sob sigilo. 
Flávio Bolsonaro, então deputado estadual do Rio, era uma espécie de ‘investidor anjo’ dos assassinos comandados pelo capitão Adriano da Nóbrega – aquele mesmo, executado de forma mais que suspeita em fevereiro no interior da Bahia. O dinheiro para levantar os prédio ilegais vinha das ‘rachadinhas’ do antigo gabinete do filho do presidente na Assembleia Legislativa fluminense, e era repassado aos milicianos por ninguém menos que Fabrício Queiroz, o laranja sumido. Essa é a tal “pica do tamanho de um cometa” que Queiroz temia no ano passado, e que o TIB publica hoje.

Um trecho da reportagem (que você pode ler na íntegra no nosso site, o link está logo abaixo):

“Os investigadores dizem que chegaram à conclusão com o cruzamento de informações bancárias de 86 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema ilegal, que serviu para irrigar o ramo imobiliário da milícia. Os dados mostrariam que o hoje senador receberia o lucro do investimento, de acordo com os investigadores, através de repasses feitos pelo ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega e pelo ex-assessor Fabrício Queiroz.“

Os advogados de Flávio tentaram barrar as investigações dos promotores nove vezes. Sim, nove. Medo de que alguém descobrisse que nem só de chocolate é feito o milionário patrimônio do senador que entrou na vida política em 2002 com só um Gol 1.0 e o sobrenome do pai.



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