(Foto: ABr)
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Em novo artigo ameaçador, o general Mourão retoma a linguagem da Guerra Fria e, em tom beligerante, investe contra manifestantes que saíram às ruas em defesa da democracia. Trata-se de uma espécie de "toque de reunir" das tropas do fascismo.
Mas o artigo é um pouco mais que isso. Não é uma ameaça, apenas, a setores populares que reagem à louca cavalgada do capetão. Mas um recado para o andar de cima.
Parte da elite (Globo/Bancos/PSDB - com o auxílio luxuoso dos lavajatistas e de Barroso no TSE) ameaça o bolsonarismo com um "programa máximo": cassação da chapa, via fake news. Nesse caso, teríamos nova eleição. E Moro seria o candidato desse setor.
Mas a elite, sob coordenação da Globo, tenta com esse movimento colher o programa mínimo: impeachment, com Mourão assumindo "governo de transição" até 2022.
Mourão sentiu no ar a jogada. E espanou.
Porque não pode parecer desleal junto aos militares.
Isso mostra que o apoio ao bolsonarismo nas FFAA é grande. Por isso, Mourão não se arrisca.
Esta semana, o jornal "Valor" (Globo) abriu página inteira e manchete na capa para que Mourão se lançasse junto à elite empresarial. O que o general fez? Disse: "deixem Bolsonaro governar".
A Globo comanda essa tentativa de abrir uma cunha no bolsonarismo... Que, no entanto, mostra capacidade de resistência. Ainda.
O artigo do Mourão é sintoma disso. De unidade ultraconservadora entre os apoiadores do bolsonarismo na caserna.
A elite que pensou usar Bolsonaro em 2018, podendo se livrar dele a qualquer momento, vai ter muito trabalho para desmontar a bomba.
Mourão, por enquanto, prefere não embarcar na tática da Globo. Mantém a fidelidade ao submundo da caserna e ao universo fascista de Silvio Frota - o líder da linha dura militar na ditadura.
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