quarta-feira, 8 de maio de 2024

Como a mídia corporativa se une ao fascismo para politizar a catástrofe no RS pelo viés da omissão


Lula e enchente no Rio Grande do Sul (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Gilvan Rocha/Agência Brasil)

'A imprensa tradicional e a extrema-direita distorcem a realidade para atrasar socorro e culpar o presidente Lula', escreve o colunista Tiago Barbosa


Tiago Barbosa

O jogo do cinismo para emoldurar a tragédia no Rio Grande do Sul entrelaça mídia e extremismo.

A mídia corporativa condena a "politização" do desastre para esconder a omissão da direita.

Dramatiza ao máximo danos e resgates para evitar cobranças sobre a letargia da direita.

Classifica de populismo fiscal o socorro às vítimas para insinuar irresponsabilidade de Lula e proteger o mercado.

Normaliza as ações de Lula para esconder protagonismo e impedir ganho de popularidade.

Atribui ações do governo Lula a subordinados para afastar a associação positiva (quem faz é "a Fab", "o Exército"...).

Amplifica a influência climática para normalizar a inércia da direita frente à força da natureza.

A extrema-direita fabrica fake news em série para culpabilizar Lula pelo desastre.

Distorce a realidade para atrasar socorro e colocar vítimas nas costas do presidente.

Monetiza a dor e o sofrimento através do pix para faturar de forma cretina.

Faz da tragédia trampolim para promover a (falsa) imagem de heroísmo de uma direita omissa e culpada.

Atribui a fatores místicos (castigo divino), para se eximir de culpa, ampliar preconceito e fazer proselitismo religioso.

São espectros complementares unidos para fazer exatamente o que fingem condenar: politizar o desastre pelo viés da omissão, blindar os culpados e manter intactos interesses particulares.

É a tragédia da hipocrisia no ventre do desastre climático.

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