terça-feira, 21 de maio de 2024

Irã: o que realmente importa


Pepe Escobar e Ebrahim Raisi (Foto: Brasil 247 / Reuters)

Estamos em pleno modo Guerra Híbrida, aproximando-nos de uma Guerra Quente na maior parte do planeta

Pepe Escobar
brasil247.com/

Em meio à toda a tristeza e à toda dor, vamos direto ao ponto.

A integração da Eurásia e o impulso rumo à multipolaridade vem sendo essencialmente conduzido por três atores principais:

Rússia, China – e Irã.

Que, não por acaso, são as três "ameaças existenciais" ao Excepcionalismo.

O cerne da questão: Putin, essencialmente, convidou o embaixador iraniano na Rússia, Jalali, para sentar-se à mesa em uma reunião convocada de improviso, realizada no domingo às 22 horas, onde estava presente a nata da Equipe de Defesa da Rússia.

O escopo da reunião foi muito além da discussão sobre se o que ocorreu foi um "desastre acidental" ou a derrubada do helicóptero presidencial iraniano.

Todos estavam lá: o Ministro da Defesa Belousov, o Secretário do Conselho de Segurança Shoigu, o Chefe do Estado Maior Gerasimov; o Ministro das Emergências Kurenkov, o Assessor Especial do Presidente, Levitin.

A mensagem: a Rússia está com o Irã para o que der e vier.

E a Rússia apoia por inteiro a estabilidade e a continuidade do governo do Irã que, de qualquer modo, já estão plenamente garantidas pela constituição do Irã.

Estamos em pleno modo Guerra Híbrida, aproximando-nos de uma Guerra Quente na maior parte do planeta.

Três estados-civilização dando forma a um novo mundo não poderiam ser mais claros.

Interligados como o são por parcerias estratégicas bilaterais, além da filiação aos BRICS e à OCX, e na esteira do encontro Putin-Xi em Pequim, na semana passada, nenhum dos três permitirá que os outros dois parceiros sejam desestabilizados pelos suspeitos de sempre.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

12