Mural “La Gloriosa Victória”, de Diego Rivera, denuncia o golpe da CIA na Guatemala.
Após a Revolução de Outubro de 1944 que gerou mudanças democráticas e a Lei de Reforma Agrária, em 1954 o governo Árbenz renunciou e foi substituído por uma ditadura sangrenta, comandada pelos Estados Unidos
Por Fábio Tomaz*
“Temos nos indignado frente aos ataques covardes dos aviadores norteamericanos, que sabendo que Guatemala não conta com uma força aérea adequada para enfrentá-los, tratam de semear o pânico em todo o país (…). Tomaram o pretexto do comunismo. A verdade é bem outra. A verdade se deve buscar nos interesses da empresa fruteira e outros monopólios norte-americanos que investiram grandes capitais na América Latina, temendo que o exemplo de Guatemala se propague aos países irmãos (…).O tempo se encarregará de demonstrar que o que digo agora é verdade. Porém, eles sustentam que o comunismo internacional é o causador do que ocorre na Guatemala, e em nome disso tratam de ensanguentar ainda mais o país e destruir a economia. Fui eleito popular e majoritariamente pelo povo da Guatemala, mas tive que lutar em condições sumariamente difíceis. A verdade é que a soberania de um povo não se mantém se não possui os elementos materiais para defendê-la.”
Com essas palavras, no dia 27 de junho de 1954, o presidente Jacobo Árbenz Guzmán anunciou sua renúncia, colocando fim a uma experiência popular que buscou construir sua soberania. Seu governo foi substituído por uma ditadura sangrenta, sob comando do ditador Carlos Castillo Armas. Foi a culminação de uma sequência de acontecimentos no qual se destaca o protagonismo dos EUA que por muitas vezes se repetiria na América Latina do século XX. Além de um modus operandi do imperialismo que atua ainda hoje.
A Revolução de Outubro e a United Fruit Company
Desde 20 de outubro de 1944, a Guatemala passava por grandes mudanças. Um movimento de massas de trabalhadores, estudantes, pequenos comerciantes e militares havia tomado as ruas da ex-colônia espanhola na América Central. Conhecida como Revolução de Outubro, neutralizou todas as tentativas parlamentares de manter o instável sistema tradicional, abrindo espaço para as primeiras eleições realmente democráticas em um país marcado por sucessivos golpes militares, acordos oligárquicos e repressão.
Juan José Arévalo, o primeiro presidente democraticamente eleito, iniciou um processo de modernização do Estado, ampliando suas funções e o acesso da população aos serviços públicos. Houve uma ampliação das exportações de café e dos serviços associados, o que fez crescer a classe média nos centros urbanos. Essa por sua vez ampliou suas diversas organizações políticas civis.
Mas o café não era o mais importante produto de exportação da Guatemala naquele tempo. Era a produção bananeira. Porém, esta era exclusividade de uma só empresa: a estadunidense United Fruit Company (UFCo). Ela controlava em absoluto as terras, as ferrovias e os portos através de várias empresas subsidiárias, estabelecia seu próprio regime de trabalho, tinha sua própria polícia interna e não pagava impostos ao governo da república. Era praticamente um país dentro do país. Na Guatemala, 2% dos proprietários detinham 70% das terras, e apenas a UFCo tinha sob seu controle absoluto 50% das terras agricultáveis.
A UFCo apoiou diversos processos de desestabilização do governo, incluindo uma tentativa de golpe fracassada diante do amplo apoio popular e do crescente apoio sindical que o governo tinha. Finalizado o mandato de Arévalo, foi eleito seu sucessor, Jacobo Árbenz, com o objetivo de avançar nos processos de transformação conduzidos pelo governo.
Longe de ser um comunista, Árbenz reafirmou seu propósito em seu discurso de posse em março de 1951. Afirmou que seu objetivo seria “converter a Guatemala em uma economia independente, moderna e capitalista”. Isso passava por enfrentar parte da oligarquia agrária e o poder estrangeiro no país, buscando construir as condições de uma agricultura moderna que fortalecesse a indústria, o mercado interno e os capitais nacionais.
O Decreto 900 e um tal Ernesto
Também conhecido como Lei de Reforma Agrária, o Decreto 900 de Árbenz estabeleceu seus objetivos no artigo 3. Entre eles:
- Dotar de terra os camponeses, colonos e trabalhadores agrícolas que não a possuem, ou que possuem muito pouca.- Desenvolver a economia capitalista camponesa e a economia capitalista da agricultura em geral.- Facilitar o investimento de novos capitais na agricultura através do arrendamento capitalista da terra nacionalizada.- Aumentar o crédito agrícola para todos os camponeses e agricultores capitalistas em geral.
A principal forma de aplicação do Decreto 900 era a expropriação de todas as terras não cultivadas com mais de 200 hectares, que passariam a integrar o patrimônio nacional. As propriedades que fossem produtivas só poderiam ser desapropriadas apenas mediante indenização dos proprietários. Qualquer propriedade de até 90 hectares não seria afetada pelo decreto, e toda terra entregue aos indígenas, camponeses, colonos e trabalhadores agrícolas teria o tamanho máximo de 18 hectares. O governo também poderia criar terras de arrendamento para investidores capitalistas interessados.
Os maiores beneficiários do decreto foram as massas indígenas – principalmente dos diversos povos Maias – que representavam 70% da população do país. A unidade entre indígenas e camponeses resultou na ampliação geral da organização popular no campo, através da constituição dos Comitês Agrários. Junto com os sindicatos de trabalhadores agrícolas, organizavam a aplicação do decreto e o acesso aos créditos públicos do Departamento Agrário Nacional. Em uma população de 3 milhões de habitantes, estima-se que mais de meio milhão de guatemaltecos foram diretamente beneficiados.
No primeiro ano de aplicação do decreto, a renda dos camponeses aumentou aproximadamente 200%. A modernização do governo já não estava mais restrita às cidades, mas também no campo havia mudanças estruturais em curso. A Guatemala se tornou uma experiência concreta da possibilidade de mudanças estruturais em prol da população, atraindo a atenção de muitas pessoas.
Entre elas o jovem Ernesto Guevara, que desde suas viagens pela América Latina, tomou conhecimento do que se passava na Guatemala. Chegou ao país em dezembro de 1953. Dias antes da chegada à capital, fez referência aos tentáculos da UFCo no país em uma carta à sua tia Beatriz:
“No caminho tive a oportunidade de passar pelos domínios da United Fruit, me convencendo uma vez mais do terrível que são esses polvos. (…) Na Guatemala me aperfeiçoarei e conseguirei o que me falta para ser um revolucionário autêntico… Seu sobrinho, o da saúde de ferro, do estômago vazio e dá fé luzente no porvir socialista.”
O governo democrático da Guatemala se tornou um ponto de encontro de lutadores, exilados e perseguidos políticos de toda a América Latina. Alguns colaboravam com as organizações locais, como Hilda Gadea, uma liderança política peruana que vivia no exílio desde 1948. É através de Hilda que Guevara conhece diversos grupos organizados. Em outra carta à mesma tia Beatriz, Guevara escreve:
“Este é um país onde se pode dilatar os pulmões e enchê-los de democracia. Não te digo que é um país que respire abundância, nem menos, mas há possibilidade de se trabalhar honradamente e se consigo salvar certo burocratismo um pouco incômodo, vou ficar um tempo por aqui”.
Guevara conhece o professor Edelberto Torres, exilado da ditadura da Nicarágua. Numa noite na casa do professor, Hilda o apresenta a quatro cubanos. Com o avanço da confiança, os cubanos contam a Guevara que estavam na Guatemala depois de participarem de uma tentativa fracassada de depor a ditadura que reinava em Cuba. Haviam tentado tomar quartéis militares para provocar uma insurreição. Através deles, Guevara fica sabendo que o líder do movimento, de nome Fidel Castro, estava preso pela ditadura.
Operação PBFORTUNE: criação das condições
Desde o triunfo da Revolução de Outubro e a presidência de Arévalo, a UFCo usou seu lobby para exigir medidas do governo norte-americano. Em 1950 os empresários da UFCo se reuniram com Thomas Mann, assistente da Secretaria de Assuntos Interamericanos dos EUA, propondo um plano para derrubar o governo de Arévalo. No mesmo ano, operativos da CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA) se estabeleceram na Guatemala para fomentar grupos de direita entre parcelas do movimento estudantil e no empresariado, principalmente fortalecendo o recém criado Partido de Unificación Anticomunista, que lançou um candidato para disputar as eleiçoes contra Jacobo Árbenz.
Com a vitória de Árbenz, a UFCo começou uma forte campanha ideológica com seus empregados. Passou a dizer que qualquer aumento de salários faria a empresa sair do país e criaria desemprego generalizado. Diante dessas chantagens, o crescente movimento sindical ampliou seu apoio ao governo democrático. A diretoria da CIA aprovou uma normativa que estabeleceu “apoio de inteligência, ajuda logística e financeira” para qualquer programa que buscava derrubar o presidente Árbenz. Já em 1952, a UFCo passou a utilizar suas várias empresas subsidiárias para gerar problemas de transporte e cortes de energia no país. Também restringiu as operações nos portos sob seu controle.
O ditador da vizinha Nicarágua, Anastasio Somoza, viajou aos EUA, para uma reunião com a diretoria da CIA na qual foi decidido que Nicarágua e Honduras seriam o território de treinamento de mercenários, o que facilitaria o envio de armas por parte da inteligência dos EUA. Assim, além da sabotagem econômica e do trabalho ideológico nos setores urbanos, a CIA passou a organizar uma força militar na fronteira da Guatemala. Esse conjunto de ações articuladas foi unificado na chamada Operação PBFORTUNE.
Mas o maior golpe contra a UFCo foi mesmo o Decreto 900. Ainda que possuísse metade das terras agricultáveis do país, a empresa estadunidense produzia em apenas 15% deste território. A UFCo perdeu milhares de hectares por expropriação, além de não concordar com os valores pagos pelo governo pelas parcelas desapropriadas. O governo Árbenz também tinha investido em obras de infra-estrutura de linhas férreas, portos, rodovias e centrais elétricas, o que afetava o monopólio que as subsidiárias da UFCo tinham nestes setores. Somado a tudo isso, o acesso à terra possibilitou uma grande organização de todos os trabalhadores do campo, e aumentava o descontentamento popular em relação à empresa e aos EUA.
Operação PBSUCCESS e a ofensiva militar
Com a chegada do general Dwight Eisenhower a presidência dos EUA em 1953, os planos de derrubada do governo da Guatemala se aceleraram. Em setembro deste ano, foi formulado o plano da Operação PBSUCCESS, um conjunto de várias operações com o objetivo explícito de derrubar Árbenz. Em dezembro, a CIA disponibilizou 3 milhões de dólares para as diversas operações do plano e criou o chamado “Escritório LINCOLN”, como quartel general de todas as operações. Sediado na Flórida, este estabelecia contato direto com os mercenários em Honduras e a ditadura da Nicarágua.
No início de 1954, jornalistas guatemaltecos começaram a denunciar os planos de invasão ao país, através de fontes anônimas. Como parte da disputa de narrativas, a CIA ampliou seu trabalho em comunicações. Se articulou com setores da igreja e lançou a Operação SHERWOOD, com transmissões clandestinas de rádio criticando o governo e o acusando de comunista.
Também foi iniciada pela CIA a Operação WASHTUB. O plano era comprar armas da União Soviética através de terceiros, e com isso implantar um depósito falso na vizinha Nicarágua para acusar a Guatemala de receber apoio militar da URSS. Mesmo com toda a anuência e apoio da ditadura nicaraguense de Somoza, a operação teve muito pouca credibilidade.
No aumento das tensões, os setores populares passaram a exigir maior radicalização de Árbenz, para não perder as conquistas da Revolução de Outubro. A CIA lançou a Operação HARDROCK BAKER que, junto com a Marinha dos EUA, buscou bloquear o espaço marítimo da Guatemala. Atos de sabotagem se espalharam pelo país. Árbenz propôs uma reunião com o presidente dos EUA, buscando negociações, mas foi ignorado. Na madrugada de 18 de junho, as tropas mercenárias invadiram a Guatemala desde o território hondurenho, sob o comando do general golpista Castillo Armas.
As tropas golpistas não obtiveram sucesso de imediato. Em quatro dias foram derrotadas e repelidas pelo exército e a polícia guatemalteca. Castillo Armas exigiu maior atuação dos EUA e mais combatentes. Foi atendido. Os bombardeios com aviões estadunidenses se ampliaram, assim como as sabotagens às redes elétricas e ao sistema de telégrafos do país. No caos criado pelos ataques à infraestrutura, as transmissões clandestinas de rádio da Operação SHERWOOD espalharam falsas notícias e falsos informes militares, buscando conseguir apoio da população urbana e de oficiais do exército nacional. Passaram a atuar também tropas de assalto anfíbias do exército dos EUA. A situação econômica, política, militar e social se degradou até a renúncia de Árbenz no dia 27 de junho.
Com a saída de Árbenz, militares leais ao governo criaram uma Junta de Governo, se negando a qualquer negociação com Castillo Armas. Quatro horas depois, os F-47 dos EUA seguiram bombardeando a capital. Passou a circular um informe de “mudança de direção”, exigindo que todos os oficiais se afastassem de qualquer questão política. No início de julho, a Operação SHERWOOD deixou de transmitir e se retirou dos territórios da Guatemala e Honduras. Na semana seguinte, o “Escritório LINCOLN” da CIA encerrou suas atividades.
Castillo Armas convocou um plebiscito para consolidar seu poder. Organizou uma votação obrigatória e pública, mas de apuração secreta. Seu novo governo decretou que ele tinha a aprovação de 99.9% da população.
Ernesto e as lições da história
A resistência existiu, foi ampla, mas insuficiente. O movimento sindical, que constava de maior organização, foi o mais perseguido. Os setores urbanos médios, eles mesmos produto do breve período de modernização da Revolução de Outubro, compactuaram com o golpe em troca de uma associação com os capitais dos EUA que prometiam investir no país. Os mais afetados foram os camponeses e indígenas. A revogação do Decreto 900 e a devolução das terras a seus antigos donos foi um duro golpe. Em um universo de mais mais de 20 idiomas entre povos maias, xincas, garífunas e ladinos pobres, a resistência não logrou suficiente grau de articulação.
Golpe militar na Guatemala de 1954 foi articulado pelos EUA, através da CIA. Foto: reprodução da Web
Ernesto e muitos outros se viram obrigados a se refugiar na embaixada Argentina. Segundo ele, não se tratava apenas da capacidade de organização do povo, em especial dos camponeses e indígenas, mas da ausência de meios para defender as conquistas da Revolução de Outubro. Em janeiro de 54, diante do bloqueio dos EUA e dos países vizinhos, o próprio diretor do Departamento Agrícola Nacional, Alfonso Martínez, tinha ido até a Suíça e à Tchecoslováquia na tentativa de comprar armamentos. Pouco antes do golpe, o secretário da Central Geral de Trabalhadores da Guatemala (CGTG), Víctor Manuel Guitérrez, convocou os diversos sindicatos urbanos e rurais a começarem a pensar formas de autodefesa. Já era tarde demais.
Muitos partiram para o exílio. O jovem Ernesto, com seus 26 anos recém cumpridos, viu o fim de seu sonho de ser médico em um governo popular. Sonho este que sempre tentava viabilizar com a ajuda de Hilda. É a partir dessa experiência que Ernesto vai posteriormente afirmar: “me dei conta de uma coisa fundamental. Para ser médico revolucionário ou para ser revolucionário, o primeiro que se deve ter é uma revolução”. Ernesto e Hilda partiram para o México e lá se casaram.
Foto de Ernesto Guevara, o “Che” nas ruínas mayas de Mitla, no México, em 1955. Foto: Reprodução da Web
O impacto da vivência na Guatemala foi profundo em Ernesto. Viu como o imperialismo atuava diante de um governo que busca sua soberania. Viu como o imperialismo e seus interesses econômicos estavam acima da vida das populações. E também viu o custo de uma organização popular que não possuía os meios de se defender. As palavras da renúncia de Árbenz ecoavam na cabeça de Ernesto: “A verdade é que a soberania de um povo não se mantém se não possui os elementos materiais para defendê-la.”
E assim marcado pela experiência de luta do povo guatemalteco, o jovem Ernesto voltou a se encontrar com Nico López, um dos quatro cubanos que havia conhecido na casa do professor Edelberto e que também estava no México. Nico lhe apresentou um jovem cubano chamado Raúl Castro e logo depois, o Fidel do qual tanto escutara falar. Falaram sobre como o imperialismo havia atacado o povo da Guatemala. E também de como combatê-lo.
A história se repete como farsa ou tragédia
Compreender o processo do golpe militar na Guatemala de 1954 é uma tarefa importante. Os muitos meandros e detalhes, nuances e personagens não cabem em um texto breve. Os principais documentos que comprovam o envolvimento direto da CIA e dos EUA só começaram a se tornar acessíveis quando pesquisadores dos EUA utilizaram da Lei de Liberdade de Informação daquele país. Outros documentos se tornaram públicos nos anos 90 e alguns deles, apenas em 2003.
Mas não foram necessários documentos oficiais da CIA para o povo da Guatemala perceber o que ocorria naquele momento em seu país. O governo Árbenz não era um governo comunista, apenas um governo nacionalista buscando a soberania. E isso o imperialismo nunca deixará acontecer sem utilizar de seus instrumentos. A atuação do imperialismo dos EUA criou muitos outros golpes ao longo do século XX.
E quando uma onda de governos progressistas (e não comunistas) se estabeleceu em vários países de nosso continente no século XXI, buscando melhorar a vida das maiorias populares, foi na mesma Honduras de onde partiu o golpe contra Árbenz que se iniciou uma grande ofensiva conservadora apoiada pelos EUA. Golpes em Honduras, no Paraguai, no Brasil, na Bolívia… as agressões à Venezuela e, de forma permanente, à Cuba.
A verdade é que sempre existem fatores internos e externos nos processos políticos. Mas estudar os acontecimentos de 1954 na Guatemala nos ajuda a compreender que golpes não são simples fatos ou datas. São a culminação de processos de longo prazo, que atuam no seio das sociedades, por meio de cooptações, ingerências e interesses dos poderosos. Esses interesses escusos instrumentalizam a economia, a política, as leis, a cultura e até mesmo as religiões. Tudo isso de formas nem sempre perceptíveis ou premeditáveis.
Que possamos olhar para o nosso momento histórico e aprender com o que passou na Guatemala. Aprender os custos de se perceber “tarde demais”. Aprender os custos de estarmos isolados. Aprender os custos de conquistas que não podem ser defendidas.
Mas que possamos, sobretudo, converter nossa leitura da realidade em ação. Que possamos ser tocados pela história como foi um tal Ernesto.
*Fábio Tomaz é da Coordenação Político-Pedagógica da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) e do Coletivo de Relações Internacionais (CRI) do MST.**Editado por Solange Engelmann
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