sexta-feira, 26 de agosto de 2016

New York Times e mentiras sem fontes

http://port.pravda.ru/
New York Times e mentiras sem fontes. 24977.jpegEsse artigo [abaixo] do NYT sobre Rússia e Irã não traz sequer uma fonte para a 'informação' que vem na manchete, já logo repetida no primeiro parágrafo:

Irã revoga licença para que Rússia use base aérea: "Moscou traiu nossa confiança"

BEIRUTE, Líbano - Na 2ª-feira o Irã revogou a licença para que aviões russos voassem missões de bombardeio em território sírio a partir de uma base iraniana, apenas uma semana depois de ter aberto esse extraordinário acesso, dizendo que o Kremlin teria divulgado de modo inaceitavelmente indiscriminado e arrogante o privilégio.

Ignacio Delgado: Governo de ocupação de Temer troca soberania por globalização sem freios

                           http://www.viomundo.com.br/
                 Fotos Mídia Ninja

Cidadania, Nação e Desenvolvimento: anotações esquemáticas a propósito de um Brasil golpeado, que renuncia a si mesmo


A cidadania moderna, conforme assinala T.H. Marshall (1967), é um status compartilhado. Com ela, na Europa Moderna, foi superada a estrutura fragmentada de soberania, direitos e obrigações da sociedade medieval, integrando todas as pessoas num mesmo sistema de direitos, ainda que, num primeiro momento, limitado à sua dimensão civil.

‘FATO GRAVÍSSIMO’ - Novas revelações põem em xeque origem do processo de impeachment

Ex-auditor do TCU admitiu ajuda ao Ministério Público na elaboração do processo que coube a ele mesmo avaliar. "Juntos, fabricaram a fraude que colocou o Brasil em xeque", denunciou José Eduardo Cardozo

por Hylda Cavalcanti, da RBA // http://www.redebrasilatual.com.br/

Brasília – Os senadores, enquanto discutem a questão da isenção ou não das testemunhas previstas para falarem hoje (26), aproveitam para chamar a atenção do que consideram um fato sério que não teve a devida atenção durante o depoimento do técnico Antonio Carlos D’Ávila Carvalho, ex-auditor de controle externo do Tribunal de Contas da União (TCU).

A fábula do antiquado pato amarelo

O setor que capitaneia a campanha do pato amarelo artificial é beneficiário de uma infinidade de incentivos e isenções.

               Leomar Daroncho // www.cartamaior.com.br
Uma criativa campanha de marketing da Frente Nacional contra o Aumento de Impostos pôs um simpático patinho amarelo a surfar na onda das recentes manifestações de ruas do Brasil. O movimento, liderado pelo setor industrial de São Paulo, propôs-se a colher assinaturas contra o aumento da carga tributária no país com o slogan "Não Vou Pagar o Pato”. Assim, com amplo apelo publicitário, caiu nas graças de muitos que se deslocavam entre os manifestantes defensores do impeachment. As crianças adoraram!

Uma governanta inocente condenada por um bando de corruptos

A cegueira e os interesses corporativos prevalecem sobre os interesses de todo um povo. Artigo de Leonardo Boff.

            Leonardo Boff* // www.cartamaior.com.br
Era uma vez uma nação grande por sua extensão e por seu povo alegre embora injustiçado. Em sua maioria sofria na miséria, nas grandes periferias das cidades e no interior profundo. Por séculos era governado por uma pequena elite do dinheiro que nunca se interessou pelo destino do povo pobre. No dizer de um historiador mulato, ele foi socialmente “capado e recapado, sangrado e ressangrado”.

O grande salto para trás de Michel Temer

WANDERLEY GUILHERME DOS SANTOS // http://www.brasil247.com/
Marcos Corrêa/PR: <p>Brasília - DF, 27/06/2016. Presidente em Exercício Michel Temer durante reunião com ministros do Núcleo de Infraestrutura e Líderes do governo. Foto: Marcos Corrêa/PR</p>
Um grande salto à frente lembra a fracassada tentativa da China, entre 1958-1961, de impulsionar o crescimento da economia além do fisicamente possível. O grande salto para trás de Michel Temer tem tudo para dar certo: uma burguesia econômica tíbia, profissionais liberais (engenheiros, médicos, dentistas, advogados, etc.) conservadores em sua maioria, heterogêneo apêndice do terciário de mão de obra rudimentar e reacionária (balconistas, caixas e congêneres), categorias intermediárias entre o assalariamento e a incapacidade de crescer – pequenos comerciantes, escritórios periféricos do setor de serviços – igualmente reacionárias e um operariado de baixo poder ofensivo, exceto em alguns momentos da trajetória econômica, majoritariamente caudatário de lideranças partidariamente comprometidas. No passado, excepcionais lideranças, conduzindo um estamento político ainda pouco contaminado pelo vírus acumulativo das gerações capitalistas, empurraram um empresariado gaguejante em direção à modernidade. Contaram com auxílio de uma burocracia estatal de alta competência e valores nacionalistas, formada desde os anos 30, e que atravessou com dignidade, com exceção minoritária, o período ditatorial. A imprensa, nos intervalos de liberdade, era ideologicamente plural e economicamente competitiva. Não havia lugar para cenas como a do dia 17 de abril de 2016, na Câmara dos Deputados, nem mesmo sob a vigilância de olhos e ouvidos fardados.

Os sujos e os mal-lavados

                  ROBERTO AMARAL // http://www.brasil247.com/
Carlos Humberto/SCO/STF : <p>gilmar mendes</p>
Festa acabada, músicos a pé, diz conhecido provérbio português. Vencida a quinzena olímpica e amortecido por horas o complexo de vira-lata, o país, mal refeito da ressaca cívica, se reencontra com seu drama cotidiano: a degradação da política, magnificando todos os nossos problemas, expondo nossas misérias sob lente de aumento.

E não sem razão – mais uma ironia da história? – seu epicentro se encontra em Brasília e se instala no Senado Federal onde ínclitos pais-da-pátria como Cristovam Buarque e Romero Jucá (antigos colegas de Luiz Estevão, Demóstenes Torres e Delcídio do Amaral) se aprestam a consagrar o defenestramento da presidente Dilma Rousseff, que, dentre muitas incompatibilidades com o trato parlamentar, tem a de ser, ou haver sido, pouco indulgente com as vaidades e os pleitos grandes e pequenos e quase sempre pouco republicanos de nossos Brutus.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Capitalismo de desastre – Choque e Anestesia na cultura política do Brasil atual

Marcia Tiburi // http://revistacult.uol.com.br/
                              Gerhard Richter, Festa, 1963

Em A Doutrina do Choque, ascensão do capitalismo de desastre (2008) Naomi Klein expôs o nexo entre as ditaduras latino-americanas e a economia-política neoliberal criada e difundida por economistas e governos dos Estados Unidos. Seu objetivo era apresentar aspectos técnicos do que ela chama “capitalismo de desastre”, aquele que depende da produção do choque – seja econômico, seja político, seja subjetivo – e que sobrevive às custas de todo tipo de catástrofe, seja da natureza, seja da política. Um dos seus exemplos é o 11 de setembro, data a partir da qual massas inteiras pelo mundo afora passaram a viver desorientadas e assustadas em função de um choque.