sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Mujica: 'o pior inimigo da esquerda é a divisão interna'

O ex-presidente uruguaio falou em Guaiaquil sobre os novos governos Macri e Temer, dizendo que 'parecem duas repúblicas bananeiras'.

Com informações do publico.es e do eldestapeweb.com // www.cartamaior.com.br

O senador e ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica é um das vozes mais importantes da esquerda na América Latina e no mundo, e não é estranho que seja uma das estrelas do III Encontro Progressista Latino-Americano (ELAP, por sua sigla em espanhol), que está se realizando nesta semana, no Equador.

Durante sua participação no evento, o político se referiu aos novos presidentes do Brasil, Michel Temer, e da Argentina, Mauricio Macri. “Que desastre! Parecem duas repúblicas bananeiras. Não sei como vão sair de suas respectivas crises, especialmente o Brasil, que está mais complicado, parece uma telenovela”, qualificou o ex-mandatário.

FMI pede o fim do mais importante instrumento de combate à pobreza

             http://www.brasil247.com/ TEREZA CRUVINEL
O comunicado do FMI emitido nesta quinta-feira, após a primeira visita oficial ao Brasil na fase Temer, recomendou o fim do mais importante instrumento de combate à pobreza e à desigualdade adotado nos governos Lula e Dilma, a política de valorização do salário minimo. De 2003 a 2015, o aumento real do SM foi de 76%, alterou o perfil de consumo e foi o principal fator para redução da pobreza registrada pelo Brasil, segundo a ONU. Como diria Lula em outros tempos, nunca antes neste país o salário mínimo fora tão forte.

Xadrez da delação da Folha contra jornalistas

            Luis Nassif // http://jornalggn.com.br/

Passo 1 - a matéria sem gancho da Folha

Na quinta-feira, a Folha de S Paulo publicou uma não-matéria.

A não-notícia é que o governo Temer resolveu proibir toda publicidade de empresas públicas nos blogs críticos a ele. Ora, esse fato ocorreu no primeiro dia em que Temer assumiu o cargo. Qual a novidade para justificar a matéria? Nenhuma.

O gancho da matéria é o não-fato de que, desde que Temer anunciou a proibição de publicidade de empresas públicas nos blogs, nenhum órgão público anunciou mais nos blogs. Cadê a notícia?

Os empresários ainda vão pedir a volta de Lula

                   LEONARDO ATTUCH // http://www.brasil247.com/
Na fantasia criada por determinados grupos de comunicação, Michel Temer seria o personagem ideal para colocar a economia brasileira de volta nos trilhos. Faria o ajuste fiscal, recuperaria a credibilidade do País, atrairia investidores e, numa nova onda de otimismo, levaria o setor empresarial a voltar a contratar.

No entanto, desde a posse de Temer, há quase cinco meses, todos os indicadores econômicos, sem exceção, vêm se deteriorando. A começar pela questão fiscal, que foi o pretexto para a derrubada de Dilma Rousseff. Em agosto, a arrecadação de impostos federais caiu 10%, em termos reais. Os motivos: a recessão imposta pela dupla Henrique Meirelles e Ilan Goldfajn e a relutância do governo em abraçar soluções que já teriam contribuído para equilibrar as contas, como a volta da CPMF.

Cenas de uma CPI para tucano ver

Dominada por governistas, CPI da Merenda blinda políticos citados no esquema de pagamento de propina em contratos com o governo de SP

por Débora Melo // http://www.cartacapital.com.br/ 
                                                                                            Marco Ambrosio/FramePhoto/Folhapress
A Polícia Militar reagiu com truculência ao protesto de estudantes na CPI da Merenda, no dia 14


“Vim aqui conversar com os senhores. Não preciso de advogado, vim conversar com os meus colegas.” A frase dita pelo presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), no início de seu depoimento à CPI da Merenda, resume o que têm sido as reuniões da comissão instalada para investigar o pagamento de propina em contratos superfaturados de merenda com o governo Geraldo Alckmin (PSDB) e ao menos 22 prefeituras paulistas.

Capez teve seu nome citado na Operação Alba Branca, deflagrada em janeiro para investigar a fraude. Ele nega envolvimento no esquema. Seu depoimento no dia 14 de setembro, o mais aguardado da CPI, frustrou expectativas. De um lado, deputados da base tucana rasgaram elogios a Capez; de outro, petistas criticaram o fato de documentos da investigação, incluindo delações premiadas, ainda não estarem em poder da CPI.

Entrevista - Paulo Malvezzi - "Todas as condições que propiciaram o Carandiru continuam vigentes"

Para o assessor jurídico da Pastoral Carcerária, há tentativa de reescrever a história do massacre ocorrido em 1992 e de fazer das vítimas, algozes

por Tory Oliveira // http://www.cartacapital.com.br/

Cena do filme Carandiru
Cena do filme 'Carandiru', dirigido por Hector Babenco em 2003

Em 2 de outubro de 1992, uma briga entre presos durante uma partida de futebol na Casa de Detenção de São Paulo, nome oficial do Carandiru, escalou para um tumulto no pavilhão 9 do então maior presídio da América Latina, instalado na zona norte da capital paulistana.

Os agentes penitenciários acionaram, então, a Polícia Militar de São Paulo, que invadiu o presídio. Em 20 minutos, ao menos 111 presos foram mortos, 90% deles com tiros na cabeça ou no pescoço, indícios de uma execução sumária por parte da força policial.

Impunidade do Carandiru e o país em que matar pobre virou “legítima defesa”

Leonardo Sakamoto 
http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/

Corpos de presos do Massacre do Carandiru (Foto Niels Andreas/Folhapress)

O Massacre do Carandiru, quando 111 presos foram executados por forças policiais que invadiram o Pavilhão 9 da então Casa de Detenção de São Paulo, completa, no próximo dia 2 de outubro, 24 anos. Durante os julgamentos, eu havia escrito aqui que a Justiça estava sendo – mesmo que parcialmente e temporariamente – feita. Mas, nesta terça (27), a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo anulou os julgamentos que condenaram 74 policiais militares pelo massacre.

Ou seja, voltamos à situação ''normal'' de impunidade policial. Ufa! Eu estava estranhando. Afinal de contas, estamos no Brasil.

A espiral da exceção e a encenação do Estado de Direito

O vácuo deixado pelo atual processo de formação do profissional do direito muitas vezes é preenchido com preconceitos gerados por medo, ansiedade e ódio.

Redação e Daniel Serra Azul Guimarães , do Justificando) // www.cartamaior.com.br

É a ruína do Estado de direito e do próprio direito, que, aos poucos, vai dando lugar à força bruta.

Apavorante decisão do TRF-4: situações supostamente inéditas demandam soluções inéditas, mesmo que sejam ilegais.

Prisões ilegais usadas como método para a obtenção de delações que justifiquem novas prisões ilegais, para a obtenção de novas delações

Operadores do direito bem perto de poder admitir que o seu trabalho é apenas uma encenação que faz o jogo de forças na sociedade parecer mais legítimo e justo

A desconstrução do Estado de direito não começou com a “Lava Jato”


Daniel Serra Azul Guimarães é promotor de justiça no Estado de São Paulo, mestre em Direito do Estado pela PUC-SP e membro fundador do Coletivo por um Ministério Público Transformador