segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Derrota nas eleições é continuidade de roteiro golpista, mas exige autocrítica

Para Roberto Amaral, esquerda tem de fazer uma política de frente ou 'ela se suicidará'. Raimundo Bonfim destaca que desgaste é preparado desde 2005.

        Eduardo Maretti - Rede Brasil Atual // http://cartamaior.com.br/
São Paulo – “A realidade mostra que ou a esquerda brasileira faz uma política de frente ou ela se suicidará.” A opinião é do cientista político Roberto Amaral, ex-presidente histórico do PSB, diante da clara percepção de que a derrota da esquerda nas eleições municipais foi considerável. O resultado de São Paulo, onde João Doria (PSDB) venceu sem precisar de segundo turno, é emblemático.

NULO/BRANCO É UM DOS DOIS CANDIDATOS A PREFEITO MAIS VOTADOS EM 18 DOS 50 MAIORES MUNICÍPIOS DO PAÍS

Andrew Fishman // https://theintercept.com
CANDIDATOS EM TODOS OS CANTOS do Brasil celebraram suas vitórias neste domingo, depois de ter gastado R$ 2,131 bilhões (oficialmente) para ganhar cargos que geralmente vêm com altos salários, pouco trabalho e quase sem fiscalização. Mas os resultados demonstram que grande parte da população não poderia se importar menos. Dos 50 municípios mais populosos do Brasil, o “Nulo/Branco” foi o “candidato” mais votado em cinco e o segundo mais votado em 13, segundo apuração dos dados do Tribunal Superior Eleitoral feita pelo The Intercept Brasil.

Estraçalhamento dos partidos e o desafio da regeneração, por J. Carlos de Assis

                 http://jornalggn.com.br/
Aliança pelo Brasil

Estraçalhamento dos partidos e o desafio da regeneração

por J. Carlos de Assis

Não choro por nenhum candidato derrotado nessas eleições municipais. Choro pela política. Como se podia prever, esta tem sido uma eleição de pessoas, não de partidos. Os partidos foram devidamente estraçalhados desde o mensalão, com a pá de cal adicional do petrolão. A política, confundida com partidos, foi criminalizada. Fomos convertidos a uma situação anômala na qual a direção do Estado acabará entregue a tecnocratas e burocratas não eleitos, já que, para grade parte da opinião pública, sequer vale a pena votar.

Mas esta é ditadura

A marcha acelerada da insensatez avança sobre terra arrasada, a prepotência escala e a Justiça politiza-se com ardor e desfaçatez
                     por Mino Carta // http://www.cartacapital.com.br/
Marcha sobre Roma
A Marcha sobre Roma entrou na capital e o rei entregou de graça a Itália à ditadura fascista
E me vem à mente um largo período da história italiana do século passado. A Itália é Estado nacional há menos de meio século e em 1918 acaba de sair de uma guerra, a primeira mundial, que matou 600 mil cidadãos ainda incertos quanto à sua nacionalidade.
Um ex-socialista, cabo da infantaria durante o conflito, funda um jornal em Milão e inventa o fascismo, movimento destinado a se tornar partido com grande rapidez, ao explorar, sobretudo, recalques e ambições pequeno-burguesas. À sombra de uma ideologia aparentemente nova, de fato vetusta por ser própria das almas complexadas, forma-se aos poucos a Marcha sobre Roma, que levaria Mussolini ao poder.

O que se vê quando a poeira começa a baixar

POR  // http://www.tijolaco.com.br/
aroeirahelp
Terminada a apuração, esfriada a decepção, é hora de pensar mais friamente no resultado das urnas, o que não é necessariamente o retrato da situação política.

Primeiro, porque as forças políticas se movem, hoje, pela judicialização e, pior, pela criminalização da política e não acho nada improvável que, sentindo-se “eleita”, a Lava Jato dê novos passos nos próximos dias. Afinal, o próprio Sérgio Moro não se cansa de destacar que o apoio da opinião pública (a opinião que se publica) é peça essencial de sua tosca construção jurídica, o impe´rio da “cognição sumária”.

Recusar a diplomacia na Síria pode levar a uma guerra total

http://jornalggn.com.br/

Recusar a diplomacia na Síria pode levar a uma guerra total, diz o Ministério das Relações Exteriores da Rússia

Publicado em 02 de outubro no SouthFront

Traduzido por Ruben Bauer Naveira

A recusa a um acordo diplomático na Síria poderá resultar numa guerra total (no original: a full-scale war) que levará a “transformações tectônicas” em todo o Oriente Médio, declarou a porta-voz oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia Maria Zakharova no programa “O Direito de Saber” do canal TVTs.

A China e seu mar, por Gustavo Gollo

A moeda chinesa, o renminbi (yuan é a unidade) acaba de ser efetivada, oficialmente, como moeda de reserva internacional. Inicialmente, apenas uma quantia relativamente pequena do comércio internacional será efetuado nessa moeda; nos próximos anos, o montante se agigantará tanto quanto a China, tomando de outros a galinha dos ovos de ouro produtora do dinheiro fácil. O primeiro de outubro de 16 será tido, no futuro, como um dos marcos da queda do ocidente.

por Gustavo Gollo // http://jornalggn.com.br/


O evento corresponde a uma enorme ameaça para o dólar, que já se encontra à beira da ruína. A moeda americana tem-se equilibrado por um fio; qualquer pequeno abalo financeiro poderá destruir, com uma só tacada, toda o sistema financeiro baseado no dólar.
Existe uma quantidade absurda de dinheiro não lastreado em circulação, trilhões de dólares, talvez quatrilhões. Trata-se do mais imenso estelionato já perpetrado em toda a história. Não se pergunta se a ruína desse sistema financeiro criminoso e insustentável ocorrerá, pergunta-se quando isso vai acontecer. Teme-se que a queda de uma única peça do imenso dominó arruíne todo o sistema. O ocidente está pisando em ovos.

Loló, o eleitor toupeira. Minu, a recatada genial.