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Seduzida pelo poder, esquerda afastou-se de seu eleitorado e entregou aos conservadores o voto anti-establishment. Foi massacrada. Será hora de reinventá-la?
Por Antonio Martins | Imagem: Oswaldo Guayasamín
[Terceira parte da série O Brasil sob o Golpe: seis hipóteses polêmicas. Leia também as hipóteses 1, 2 e 3]
As forças políticas que deram um golpe de Estado e empossaram um governo ilegítimo, há poucos meses, tiveram ontem uma vitória eleitoral expressiva, em todo o país. Ela pode ser vista por diversos ângulos.
No conjunto dos municípios, PMDB (1028) e PSDB (793) – os dois partidos essenciais para o golpe – elegeram o maior número de prefeitos. Embora já fosse assim em 2012, a novidade mais expressiva é o encolhimento das prefeituras petistas: são agora apenas 256, menos da metade de há quatro anos.