segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Luta de classes na era do Uber

(Foto: Detroit Industry Murals (1933)/Diego Rivera)

Luta de classes na era do Uber

Por Marco Antonio, Rodrigo Bombonati e Rogério de Souza
Do Outras Palavras

Distintos entre si, fordismo e toyotismo tinham algo em comum: a oferta, aos trabalhadores, de compensações parciais. O novo arranjo “produtivo” é retrocesso puro.

No início do século XX, a Ford inovou as relações de trabalho ao implementar salários melhores e controle ideológico: um modo de produção que combinava a gerência racional e científica aliada a um sistema de remuneração mais agressivo, oferecendo salários acima da média e um conjunto de benefícios até então desconhecidos do mundo industrial.

A Comissão de Comunicações de Trump acaba de matar a neutralidade da rede - uma batalha legal deve começar agora


 

Por Kanyakrit Vongkiatkajorndec, Mother Jones

A Comissão Federal de Comunicações (Federal Communications Commission – FCC) decidiu, por três votos a dois, revogar a neutralidade da rede na quinta-feira, após longo debate sobre se os provedores de serviços de Internet deveriam tratar todos os conteúdos online igualmente, ou ter permissão para dar prioridade a determinados sites ou empresas.

A comissão seguiu a linha partidária para revogar a regulamentação da era Obama, com três republicanos votando pela revogação e dois democratas endossando a neutralidade da rede. "O que a FCC faz hoje é restaurar o marco regulatório leve que governou a internet na maior parte da sua existência", disse Ajit Pai, presidente da FCC. "O céu não vai desabar, os consumidores continuarão protegidos e a internet vai continuar a prosperar".

Joaquim Barbosa e Moro, as faces diferentes do punitivismo, por Luis Nassif



Se os excelsos Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) quiserem conhecer a natureza real das delações premiadas, devem convidar delatores para uma audiência privada, sigilosa, para que relatem o ambiente da prisão de Curitiba e o papel dos procuradores – não apenas os de lá mas aqueles ligados à Procuradoria Geral da República.
O medo os mantêm calados, Mas, daqui a alguns anos, depois de cumpridas as penas, essas histórias virão à tona e mancharão definitivamente a imagem da Justiça nesse período.

Por que os argentinos foram às ruas gritando “isso aqui não é o Brasil”. Por Daniel Oiticica, de Buenos Aires

     Os argentinos vão à luta

POR DANIEL OITICICA, de Buenos Aires

O Brasil faz parte desde sempre do inconsciente (e consciente) coletivo argentino. “O mais grande do mundo”, “La alegria no es solo brasilera”, “Tristeza naum tem fim” são expressões populares aqui na Argentina que ajudam a construir a imagem que nossos “hermanos” fazem da gente, para o bem ou para o mal.

Amor, ódio, inveja, respeito são sentimentos argentinos sobre os brasileiros que variam, segundo cada argentino, momentos históricos ou circunstâncias da realidade política, social e, é claro, futebolística do Brasil.

Brasil e Argentina são como dois irmãos, unidos pelo laço de sangue do DNA geográfico, e ao mesmo tempo separados pelo confirma nossas diferenças, históricas, culturais, sociais e políticas.

Lula, PT e CUT: outra hora da verdade



É forçoso constatar que as esquerdas brasileiras têm sido refratárias em aprender com as lições da história. Os mais eminentes clássicos da Filosofia Política sempre chamaram a atenção para o fato de que os grandes líderes políticos precisam recorrer história, extraindo dela lições negativas, para evitar caminhos que levam a derrotas, e lições positivas, seguindo como modelos as ações exemplares que levaram a grande vitórias e contribuíram para construir a grandeza do Estado e alcançar a glória imorredoura dos grandes condutores políticos e dos povos. Basta ler as biografias de um Péricles, de um Alexandre, de um Cipião, de um Júlio César, de um Otávio Augusto, de um Carlos Magno, de um Napoleão, de um Bismark e de tantos outros, antigos e modernos, para ver como esses líderes se esmeravam no estudo da história, visando compreender os segredos das vitórias ou das derrotas, da grandeza ou da vergonha, da virtude combativa ou da covardia da fuga.

Coca-Cola, guaraná e a Amazônia


Corporações de refrigerantes se fixaram na região com parcerias causadoras de danos ambientais e dominação cultural

por Moriti Neto 

A partir de Manaus (AM), uma viagem de 107 quilômetros pela BR-174 leva ao município amazonense de Presidente Figueiredo. Apesar de registrar apenas 29 mil habitantes, terra é o que não falta por lá. São vastos 25,4 mil quilômetros quadrados – área maior do que as de alguns países da Europa – que compõem o território.

Dentro disso, se assentam 59 mil hectares de terreno pertencentes à empresa sucroalcooleira Jayoro, dos quais 4,5 mil estão ocupados por cana-de-açúcar e 410 por pés de guaraná.

Lula: a hora exige mais que palavras de ordem

Ricardo Stuckert

TEREZA CRUVINEL

Em janeiro passado, o ex-presidente Lula reclamou do excesso de palavras de ordem e da falta de reações concretas diante do avanço do golpe. “Nós ficamos gritando “Fora Temer” e o Temer está lá dentro. Gritamos “não vai ter golpe” e teve golpe. Estamos gritando contra as reformas e eles estão sendo aprovadas”. Logo depois dona Marisa Letícia morreu, ele fez o luto e pegou a estrada, colocando sua candidatura na rua. O programa do golpe fracassou em todas as frentes, inclusive no projeto de unificação de suas forças partidárias em torno de um candidato que daria prosseguimento à sua agenda de entreguismo e retrocessos. Lula consolidou-se na dianteira e o golpismo recrudesceu. Está aí o roteiro para tirá-lo da disputa, depois de um julgamento acintosamente cronometrado com este objetivo. Agora também é preciso mais que palavras de ordem mas Lula já fez a parte dele. Se tivesse se omitido, se não estivesse percorrendo o país dizendo as verdades que pautarão a disputa, o TRF-4 estaria seguindo no passo lento de sempre. A defesa da democracia agora é tarefa não apenas do PT mas de todo o campo democrático e progressista, de cada brasileiro inconformado com o esbulho da eleição livre, em que todos possam concorrer.

domingo, 17 de dezembro de 2017

A entrevista de Aécio não é uma piada. Piada é a “Justiça”

santoaecio


Nada traduz melhor a entrevista de Aécio Neves do que a foto de Dida Sampaio, estampada na capa do Estadão.

Mais bem retratado o santarrão não poderia ser.

As malas de dinheiro, eram “apenas uma ajuda” e foram flagradas “numa armadilha”. O primo “que a gente mata ele antes de fazer delação” estava só fazendo um favorzinho. Nada disso, porém, é novidade, já foi ouvido na voz do “ex-bom-moço”.