domingo, 14 de janeiro de 2018

O capitalismo brasileiro está sob ataque?

    Plataforma de exploração de petróleo nos campos do Pré Sal. Foto: Hélio Campos Mello

Grandes corporações nacionais, públicas e privadas, vem enfrentando o que parece ser um cerco jurídico nacional e internacional

MARCOS NAPOLITANO

Grandes corporações nacionais, públicas e privadas, vem enfrentando o que parece ser um cerco jurídico nacional e internacional, com óbvias implicações para a economia brasileira como um todo. A Petrobras, que vive sob um ataque interno e externo desde sua fundação, mas tinha conseguido se firmar como grande empresa em meio a esta adversidade, foi um dos primeiros alvos desta nova onda de investigações, e continua na berlinda. As grandes corporações privadas da engenharia brasileira, desde os anos 1980 players internacionais na área, viraram as vilãs da corrupção mundial.

HA-JOON CHANG | ECONOMISTA DA UNIVERSIDADE DE CAMBRIDGE - “O Brasil está experimentando uma das maiores desindustrializações da história da economia”

Ha-Joon Chang,especialista em economia do desenvolvimento da Universidade de Cambridge. DIVULGAÇÃO

Considerado de direita na Coreia do Sul e de esquerda na Inglaterra, o economista heterodoxo Ha-Joon Chang critica o rumo das políticas brasileiras e defende protecionismo nos países emergentes


Você se considera de esquerda? Mesmo acostumado a dar entrevistas, essa pergunta ainda faz gaguejar Ha-Joon Chang, professor de economia da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, que se tornou conhecido por expor os problemas do capitalismo. “Bem...eu possivelmente sou”, respondeu um pouco reticente o acadêmico, como quem confessasse um pecado. Para ele, no mundo polarizado de hoje, admitir-se de qualquer tendência ideológica pode significar uma sentença de morte para um potencial diálogo. Além disso, em diferentes países, a percepção de direita e esquerda é diferente. “Na Coreia do Sul e Japão, por exemplo, o tipo de política industrial que defendo é considerada de direita. Já na Inglaterra, onde vivo hoje em dia, é uma política de esquerda”, afirmou o autor sul-coreano do best-seller Chutando a Escada: A Estratégia do Desenvolvimento em Perspectiva Histórica (Editora Unesp), que veio ao Brasil participar do Fórum de Desenvolvimento, em Belo Horizonte. Ha-Joon Chang conversou com o El PAÍS sobre polarização política, história econômica e o futuro do sistema econômico mundial, que, para ele, não é nem capitalista, nem socialista.

SETE ATAQUES DO GOLPE À LIBERDADE DE EXPRESSÃO

HELVIO  ROMERO

O aprofundamento da crise no Brasil, a partir da dificuldade de sustentação do governo ilegítimo de Michel Temer, somado às orientações políticas que vieram do Planalto, impactaram seriamente o direito à comunicação e o exercício da liberdade de expressão no país em 2017, diz a jornalista Mariana Pita


Por Marina Pita Práticas como o uso político das concessões de radiodifusão e a privatização das telecomunicações se intensificaram, ao mesmo tempo em que políticas públicas de comunicação foram desmontadas e abriu-se espaço para a intervenção estatal na gestão da Internet no Brasil.

Confira abaixo sete episódios em que políticos – seja no Congresso ou no governo federal – golpearam ainda mais a democracia nas comunicações do Brasil.

Edegar Pretto - PT-RS


sábado, 13 de janeiro de 2018

Comitês em defesa de democracia revivem os melhores momentos da nossa história.



Em Defesa da Democracia e do Direito de Lula ser candidato.

Onze palavras, 60 letras, duas ações, uma única ideia: defender a democracia e defender o direito de Lula ser candidato significam, neste contexto da história do Brasil, a mesma coisa: a soberania popular.

Lula foi condenado sem provas num processo conduzido por um juiz parcial, que interferiu na luta política e, como já declarou, não se arrepende. Sua mulher, a diretora do cartório de sua jurisdição, o melhor amigo, a família do melhor amigo, todos ativistas de um movimento para tirar o PT do poder.

Qual pergunta você faria a Temer se pudesse?

   Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Michel Temer vai responder às 50 perguntas encaminhadas pela Polícia Federal sobre o inquérito sobre o suposto esquema de corrupção no porto de Santos. No ano passado, ele havia ignorado outras 82 indagações feitas pela PF no inquérito que o acusou de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa no caso que envolveu os donos do JBS.

Na torcida de que ele esteja de bom humor, encaminho 30 questões que me vieram à cabeça e que gostaria que ele respondesse também:

Mudanças do Facebook consolidam a imbecilização dos ativistas “sem bandeira e sem partido”


Por Wellington Calasans, para o Duplo Expresso

Somente agora, depois de ter cumprido o seu papel de demolidor de democracias, o Facebook anuncia que vai mudar outra vez. O “dono” das redes sociais quer voltar às origens, tirando dos destaques os vídeos e notícias e ampliando a invasão das mensagens entre amigos e familiares. Em síntese, irá estimular a “orkutização” da sua timeline, com ênfase para os “ursinhos carinhosos”.

Nas “Primaveras Árabes”, que foram artificialmente forjadas e disseminadas pelas redes sociais, o Facebook jogou um papel de destaque naquele fenômeno que parecia nobre, mas que o tempo revelou ser apenas mais uma manobra do conluio entre o capital vadio, piratas do petróleo e a indústria das armas.

DAMOUS À TV 247: LAVA JATO COLABORA COM OS EUA



Um dos mais influentes parlamentares do País, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) afirmou em entrevista exclusiva à TV 247 que "estamos gerando o fascismo no Brasil"; ele também diz estar convencido de que há uma "conexão direta" entre a Lava Jato e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Para Wadih Damous, há duas razões possíveis para a colaboração de autoridades brasileiras com a Justiça de outro país  – e nenhuma aceitável. Ou se trata "de uma questão ideológica, em que seria quinta-coluna. Ou então tem algum interesse pessoal e isso teria de ser investigado"

Por Paulo Moreira Leite e Gisele Federicce – Um dos mais influentes parlamentares do País, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) afirmou em entrevista exclusiva à TV 247 que "estamos gerando o fascismo no Brasil" e que "os condutores disso são a grande imprensa monopolizada e o Judiciário". Ele define o julgamento de Lula, em 24 de janeiro, pelo TRF-4, como um "processo forjado", que tem como objetivo "impedir a candidatura do ex-presidente".  Referindo-se à fragilidade de uma denúncia apoiada num triplex que, comprovadamente, não pertence ao acusado, Wadih Damous vai direto ao ponto: "Se o presidente Lula viesse a falecer, esse imóvel seria herdado por seus filhos?"