terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Processo "é muito constrangedor para o Brasil", diz advogado de Lula na ONU

Processo "é muito constrangedor para o Brasil", diz advogado de Lula na ONU

Para Robertson, o presidente do TRF4 ter elogiado sentença de Moro meses antes do julgamento é uma vergonha

Por Vitor Nuzzi
Da Rede Brasil Atual

Por diversos fatores, o processo envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva relativo ao apartamento tríplex em Guarujá "é muito constrangedor para o Brasil", na avaliação do advogado australiano-britânico Geoffrey Robertson, que integra a defesa de Lula perante o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). Autorizado a presenciar o julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), na semana passada, Robertson questionou o comportamento de magistrados e o sistema judicial brasileiro. "Peço desculpas por usar essa expressão, mas o sistema ainda é primitivo", disse quase ao final da exposição.

A inquisição fortalece Lula

  EBC
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A condenação de Lula não se sustenta à luz da lei e da razão, assim como o plano golpista


O espetáculo encenado em Porto Alegre dia 24 de janeiro contou com uma claque bastante reduzida, enquanto fica evidente que foi o Brasil que perdeu

Os tribunais do Santo Ofício escolhiam o culpado antes de levá-lo a julgamento, convocado como espetáculo encerrado pela fogueira a iluminar a praça e queimar vivo o herege condenado de antemão.

Foi o que se deu com Joana d’Arc, Giordano Bruno, as feiticeiras de Salem, os autos de fé da Contrarreforma. Condenava-se ao cabo de processos políticos, no quadro da disputa do poder, sob o manto do eterno conflito entre o Bem e o Mal, cujos endereços os inquisidores pretendiam conhecer.

O tempo em que tudo tem sido esquecido, menos Lula

    Foto: Ricardo Stuckert

Por J. Carlos de Assis

O problema não é a velocidade de imposição das medidas entreguistas e anti-sociais do Governo Temer.

O problema é a velocidade com que as esquecemos.

Esquecemos da entrega do pré-sal.

Esquecemos do retalhamento da Petrobrás para possibilitar sua privatização aos pedaços.

Esquecemos da emenda 95, de congelamento do orçamento primário por vinte anos, que contém em seu bojo a progressiva retração dos recursos destinados aos setores sociais ao longo de duas décadas.

Relatório mostra que universidade particular no Brasil não produz conhecimento


Aragão: “Cármen Lúcia não é o Supremo Tribunal Federal”



Agora quem dá as cartas é a família Marinho

‘Cármen Lúcia não é o Supremo Tribunal Federal’

Para ex-ministro Eugênio Aragão, debate sobre execução provisória de pena cabe a colegiado da Corte. “É bom que o STF mantenha tom tranquilo e não se leve por provocações”


São Paulo – Veículos da mídia tradicional têm dado destaque à declaração da ministra e presidenta do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia, dada em um jantar com empresários e jornalistas organizado pelo site Poder360 na noite desta segunda-feira (29).

“Não sei por que um caso específico (referindo-se ao ex-presidente) geraria uma pauta diferente. Seria apequenar muito o Supremo. Não conversei sobre isso com ninguém”, disse.

OS OLHOS DO MUNDO E O TERCEIRO ATO


(Do blog e equipe) - Desmascarado no mundo inteiro depois da repercussão alcançada pelo caso Lula para leitores de jornais como o Le Monde e o New York Times, o Juiz Moro, com a justificativa de devolver aos cofres públicos a fantástica soma representada pelo apartamento mais falado do Guarujá - e a pressa de "acabar" com as evidências - pediu o fim da penhora do imóvel para pagamento de dívida pela OAS, justamente determinada pelo TJDFT – que equivale ao reconhecimento de que o imóvel pertence, claramente, à construtora - com o seguinte texto, que resgata fielmente a velha estratégia goebbelsliana de que a repetição constante de uma inverdade acaba transformando-a exatamente no oposto: 

“A omissão do recolhimento do IPTU pela OAS Empreendimentos, proprietária formal, ou pelo ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, proprietário de fato, coloca o imóvel em risco, com a possibilidade de esvaziamento dos direitos de confisco da vítima, no caso uma empresa estatal e por conseguinte com prejuízo aos próprios cofres públicos”. 

Xadrez de como o TRF4 desmoralizou a Justiça brasileira



João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus, os três desembargadores do TRF4 que julgaram Lula, provavelmente entrarão para a história do direito penal brasileiro.

A sentença proferida, as ginásticas processuais, expuseram de forma definitiva o poder de manipulação de juízes descomprometido com a seriedade da profissão. E, assim como receberam uma batata quente das mãos do colega Sérgio Mouro, entregarão aos tribunais superiores – que irão analisar sua sentença – um frankestein legal, capaz de consumar a desmoralização final dos operadores de direito brasileiros perante a comunidade jurídica internacional.

Partiu do ex-juiz federal, e atual governador do Maranhão Flávio Dino, as análises mais objetivas sobre a pantomima de Porto Alegre.

Legislativo "Brasil é vítima do seu Congresso", diz instituto francês Sciences Po

por Deutsche Welle
https://www.cartacapital.com.br/

Relatório aponta que próximo presidente não terá força para romper a inércia política e que Lava Jato não será sustentável sem reforma ampla do sistema

        Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A Câmara dos Deputados
     As elites resistem e bloqueiam qualquer projeto destinado a transformar as práticas políticas

O Observatório Político da América Latina e do Caribe (OPALC), ligado ao renomado Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), fez um balanço pessimista sobre as chances de o Brasil superar seus problemas políticos e apontou que o Congresso é o grande obstáculo para que o País realize mudanças profundas no seu sistema.

O capítulo do relatório dedicado ao Brasil afirma que o País "entrou em 2017 em um período de estabilização mas também de estagnação econômica" e é "bastante improvável que o próximo presidente conte com influência política junto ao Congresso" para "tirar o país da inércia".