terça-feira, 13 de março de 2018

Carmen Lúcia, a que diz SIM sem dizer NÃO, por Luis Nassif


    Foto: Fellipe Sampaio - STF

Ao declarar, de forma altissonante, que não se dobra a pressões, a Ministra Carmen Lúcia encontrou sua melhor tradução. A física diz que a característica de todo corpo não submetido a pressão é a inércia.

A inércia sempre foi a maneira de Carmen Lúcia agir.

Teve em suas mãos a decisão sobre as “pipelines”, a jogada dos laboratórios internacionais de renovar patentes já vencidas. Se aceitasse a tese da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PDFC) e não reconhecesse as patentes, haveria um amplo impacto sobre o custo dos medicamentos para o SUS. Como não se submete a pressões, Carmen Lúcia não disse sim, nem não: engavetou a ação. Engavetando disse SIM aos grandes laboratórios sem precisar dizer NÃO ao SUS.

Pepe Escobar fala sobre a guerra não convencional contra o Brasil


Quem pressiona Cármen Lúcia?

POR FERNANDO BRITO 
http://www.tijolaco.com.br/


Desconhecia-se, até agora, a natureza imperial do cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal.

Ficamos sabendo, agora, que a Ministra Cármen Lúcia é Sua Majestade e, por direito divino, coloca em votação no STF apenas aquilo que quer e não aquilo que a legislação e as regras do tribunal determinam que seja decidido pelo colegiado ou o que seus pares consideram urgente e relevante.

SAUDADES DA DITADURA NA CÂMARA DISTRITAL



Nonato Menezes

É de notar o quanto nossos deputados distritais estão preocupados e envolvidos com os problemas nacionais e com os que afligem, dia a dia, a população do Distrito Federal.

No cenário nacional, a aura é de inquietação e medo. Dia vem, dia passa e a crise parece que só se renova. E não faltam elementos para o bom debate, para uma boa luta em defesa de princípios tão caros à sociedade brasileira como distribuição de renda, educação e saúde públicas, liberdade e democracia, entre muitos outros.

O que está por trás da operação da PF que levou o presidente da Fecomércio à cadeia.

Oliveira Santos, Orlando Diniz, Valim, Adriana e Cristiano: o MPF usa a disputa entre os dois primeiros para colocar tudo no mesmo balaio


Uma das maiores infâmias da ditadura civil-militar foi uso do aparelho do Estado para perseguir inimigos pessoais.

Havia pessoas que, não gostando de alguém ou tendo interesse na sua destruição, procurava os órgãos de repressão para fazer denúncias, verdadeiras ou não.

Pelo menos em um caso, a Lava Jato também serviu a este propósito. Trata-se de uma investigação sobre a Fecomércio, no Rio de Janeiro.

Hollywood escondeu que Churchill foi um assassino em massa, diz autor indiano

   Gary Oldman no papel de Winston Churchill.


Shashi Tharoor escreveu um artigo para o Washington Post no qual desconstrói a imagem que se tem de Winston Churchill no Ocidente. Shashi é autor do livro “Inglorious Empire: What the British Did to India” (“Império Inglório: O que os ingleses fizeram com a Índia”). Ele preside o Comitê de Relações Exteriores do Parlamento indiano.

“A História”, disse Winston Churchill, “será gentil comigo, pois pretendo escrevê-la sozinho.” Ele não precisa se preocupar. Churchill foi um dos grandes assassinos em massa do século 20, mas é o único, ao contrário de Hitler e Stalin, a ter escapado do ódio histórico no Ocidente. Ele foi coroado com um Prêmio Nobel (para a literatura, não menos) e na última semana, um ator que o retrata (Gary Oldman) recebeu um Oscar.

Basta impedir Lula?


Os golpistas terão de inventar mais uma exceção para sair da enrascada eleitoral

  Antonio Cruz/ABr
Este agora se diz homem de Deus e do capitalismo

A rejeição pelo STJ do pedido de habeas corpus para o ex-presidente Lula não causa a mais pálida sombra de surpresa. Que esperar de uma pretensa Justiça pontual aliada no golpe dos outros dois Poderes da República? É do conhecimento até do mundo mineral que o estado de exceção precipitado pelo impeachment de Dilma Rousseff teve e tem como objetivo central alijar Lula das próximas eleições.

É a consagração paradoxal da liderança do ex-presidente, reconhecido como entrave fatal à sujeição do País às vontades “das multinacionais, dos setores financeiros e do mercado”, como sentencia Christophe Ventura, do Parti de Gauche, na entrevista a Leneide Duarte-Plon publicada nesta edição.

Protecionismo atual tem semelhanças com disputas que levaram a guerra mundial, diz historiador


Ilustração do mapa múndi construído sobre um canteiro de obras
Direito de imagemGETTY IMAGES
O protecionismo de medidas como a tarifa imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre importações de aço tem muitas semelhanças com o cenário de guerras comerciais que levaram, cem anos atrás, a conflitos militares como a Primeira Guerra Mundial.
A avaliação é do historiador americano Marc-William Palen, para quem essa perspectiva do passado é fundamental para entender o que pode acontecer com o mundo a partir das políticas de Trump e de outras manifestações de protecionismo no mundo, como o Brexit, a saída do Reino Unido na União Europeia.
Enquanto os impactos econômicos das disputas entre os EUA, a China, o Canadá e até o Brasil têm dominado as atenções no caso das tarifas americanas, Palen defende que não se deve deixar de lado uma análise sobre os efeitos geopolíticos desse tipo de protecionismo.