Aranguren e o presidente argentino Maurício Macri
Por Daniel Oiticica, de Buenos Aires
Sim, existe algo pior que a corrupção. Um exemplo é a pilantragem política de um personagem chamado Juan José Aranguren. Engenheiro químico, Ministro de Energia do governo argentino de Mauricio Macri. Ex-homem forte e acionista da Shell, assumiu o ministério macrista em dezembro de 2015. É um dos membros da “melhor equipe de governo dos últimos 50 anos”, segundo definição do próprio presidente.
Aranguren lidera um perverso programa de eliminação de subsídios governamentais ao setor elétrico que vem provocando desde 2016 aumentos impagáveis nas tarifas de energia elétrica e gás. Em pouco mais de dois anos, o custo da energia elétrica na cidade de Buenos Aires e no conurbano, como é conhecido a zona da Grande Buenos Aires, já subiu mais de 2.000%, graças à política de corte de subsídios. São recortes puros e simples, sem nenhuma exigência legal de programas de investimento por parte das distribuidoras elétricas. Sem investimentos, o problema da falta de energia e dos apagões de verão não foi solucionado. No último verão milhares de argentinos continuaram sofrendo com os cortes de eletricidade que Aranguren prometeu eliminar, graças aos aumentos de tarifa.