sábado, 17 de março de 2018

Ford, Soros, Gates: A quem servem as mega fundações? A professora Joan Roelofs dá algumas pistas


por Luiz Carlos Azenha

A resposta curta à pergunta do título, não atribuível à entrevistada, é: aos próprios bilionários.

Nos Estados Unidos, quem cria uma fundação pode deduzir do imposto de renda de 20 a 30% do valor que transferiu a ela, dependendo se for cash ou títulos.

Se você criar uma fundação e doar U$ 1 milhão a ela, pode deduzir ao menos U$ 200 mil do seu imposto a pagar.

Empresária celebra escravidão em aniversário “top” para a filha

Empresária celebra escravidão em aniversário “top” para a filha


Debutante se vestiu de sinhá e jovens negros foram fantasiados de escravos.
Cenas causaram revolta nas redes e OAB do Pará pedirá providências

Na mesma semana do assassinato da vereadora Marielle Franco, negra e militantes dos direitos humanos, uma empresária do Pará postou nas redes fotos do ensaio para a festa de aniversário da sua filha de 15 anos, com o tema “Imperial Garden”, que faziam referência à escravidão.

Nas fotos, a garota branca, vestida de sinhá, é servida por três atores negros, que estão caracterizados como escravos. Uma das atrizes aparece ajeitando o vestido da garota. Nas imagens, aparece escrito “15zola top” e “top”. O ensaio fotográfico foi produzido por uma empresa que organiza festas, a Cerimonial Lorena Machado.

sexta-feira, 16 de março de 2018

Os idos de março: A barbárie chega ao Rio

O retrocesso social, político, econômico e moral do governo Temer, com apoio da mídia, da maioria do Legislativo e até mesmo do Judiciário, abriu caminho para o retorno dos esquadrões da morte. O retrocesso desemboca na barbárie, como vimos agora, mais uma vez, com o assassinato da vereadora Marielle Franco

Por Liszt Vieira 


O historiador Boris Fausto, historicamente ligado ao PSDB de SP, disse certa vez que o impeachment da ex-presidente Dilma destapou a Caixa de Pandora.

O retrocesso social, político, econômico e moral do governo Temer, com apoio da mídia, da maioria do Legislativo e até mesmo do Judiciário, abriu caminho para o retorno dos esquadrões da morte. O retrocesso desemboca na barbárie, como vimos agora, mais uma vez, com o assassinato da vereadora Marielle Franco.

A Itália nas garras dos EUA/NATO

por Manlio Dinucci


Estão em curso, simultaneamente, durante a primeira metade de Março, dois grandes exercícios de guerra – um no Mediterrâneo em frente à costa da Sicília, o outro em Israel – ambos orientados e apoiados pelos comandos e pelas bases dos USA/NATO, em Itália. 

No Dynamic Manta 2018 – exercício de guerra submarina, apoiado pelas bases de Sigonella e Augusta e pelo porto de Catania – participam as Forças Navais dos Estados Unidos, Canadá, Itália, França, Bélgica, Alemanha, Grã-Bretanha, Espanha, Grécia e Turquia, com 5000 homens, navios de superfície, submarinos, aviões e helicópteros. O exercício é dirigido pelo Comando da NATO, de Lago Patria (JFC Nápoles), sob as ordens do Almirante dos EUA, James Foggo

Não estamos derrotados!

                      Manifestação no Rio, na noite desta quinta (15)

Protestos oceânicos contra execução de Marielle Franco e Anderson Gomes revelam: é possível frear a espiral conservadora; mas é urgente um programa comum. Veja nossa análise e uma seleção de textos relevantes

Por Antonio Martins

Mais uma vez, o cenário mudou. A emoção gerada pelo assassinato brutal de Marielle Franco e Anderson Gomes mobilizou centenas de milhares de pessoas, em todo o país. As ruas voltaram a se encher de uma multidão aguerrida, insistente, multicor, que há muito não por convocação partidária, mas por convicção de que ou agimos já, ou o país se tornará insuportável. E como as multidões foram inumeráveis, os hipócritas tiveram de ceder. Todo o noticiário dos jornais e das TVs, que há alguns dias enxergava a intervenção no Rio como caminho para o resgate do Rio, abriu espaço a uma mulher negra que denunciou desde o início a militarização das favelas. As tímidas ações de fachada, adotadas pelo ministro Raul Jungmann e pela procuradora geral Raquel Dodge tiveram repercussão pífia.

Na hora que isto aqui explodir, Ruanda vai ser pouco



POR EUGÊNIO ARAGÃO, ex-ministro da Justiça

“Terror? Niemals. Es ist Sozialhygiene. Wir nehmen diese Individuen aus dem Umlauf, wie ein Mediziner einen Bazillus aus dem Umlauf nimmt.”

[Trad. “Terror? Jamais! Isso é higiene social. Nos retiramos esses indivíduos de circulação, como um médico retira um bacilo de circulação.”] – Benito Mussolini, apud Joseph Goebbels, citado no artigo “Der Jude”, in Der Angriff, 21.1.1929.

Segunda feira estive no Rio de Janeiro para um debate sobre a intervenção militar. Entre os debatedores estava Buba, moradora de Acari e ativista comunitária. Seu relato sobre a situação dos moradores de favelas e da periferia me deixou sem palavras. Não tinha nada a dizer diante do descalabro do drama vivido por essa enorme maioria de brasileiras e brasileiros, espremidos entre as balas da polícia-bandida e do tráfico opressor.

Inédito: presidente do STF incorre no crime da prevaricação, por Luis Nassif


Se faltava um capítulo final para a desmoralização definitiva da Justiça, o duo Luís Roberto Barroso-Cármen Lúcia forneceu. Barroso com sua apoteose mental de se pretender acima do Executivo, do Legislativo e do voto popular e da própria Constituição; Cármen Lúcia pelo crime de prevaricação, um caso inédito, mesmo na conturbada história do Supremo.

Para entender os fundamentos do direito moderno.

Com a constituição dos Estados-nações, estes passaram a ter o monopólio da Justiça. É a única instituição que pode julgar, condenar ou absolver. Como contrapartida, os cidadãos passaram a ter o direito à tutela jurisdicional do Estado, isto é, o direito de terem suas demandas julgadas, como um dos direitos fundamentais.

Vereadora Marielle Franco assassinada no Rio de Janeiro

Sugestão: Natasha Pimentel

Marielle Franco, vereadora no Rio de Janeiro pelo PSOL, foi assassinada enquanto viajava de automóvel. A vereadora tinha denunciado poucos dias antes a violência policial no estado carioca. Apresentava-se como “mulher, negra, mãe e cria da favela da Maré”.

Marielle Franco foi a quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro nas eleições de 2016. Foto de Facebook Oficial.

Marielle Franco, vereadora do PSOL, foi assassinada na noite passada enquanto viajava de carro no centro da Região do Rio. Consigo viajavam Anderson Pedro Gomes, motorista do veículo, e uma assessora da vereadora. Anderson encontrava-se na linha dos disparos, também foi baleado e acabou por falecer.

Segundo as primeiras informações da polícia, os homicídas encontravam-se num carro ao lado do veículo da vereadora e dispararam pelo menos quatro tiros que a atingiram na cabeça, tendo depois fugido sem levar nada. Por este motivo, a principal linha de investigação é execução. Marielle estava a sair do evento “Jovens Negras Movendo as Estruturas", no qual tinha participado.