terça-feira, 20 de março de 2018

GESTÃO DO MEDO - Não se volte contra o oprimido, mas contra o opressor

por Raphael Silva Fagundes

As classes dominantes sempre criaram maneiras de fomentar o ódio entre as classes subalternas

Um grande problema interpretativo que se irrompe como um óbice ao progresso das forças produtivas é a ideologia dominante que dissemina a ideia de que o oposto do trabalhador é o preguiçoso, ou como é chamado ordinariamente, o “vagabundo”, ou até mesmo, o criminoso, sobretudo, o ladrão urbano.

Esse raciocínio ocorre porque o capitalismo esconde sua interpretação original sobre o que é trabalho. De acordo com o sociólogo francês Bernard Friot, o capitalismo “identifica a produção apenas com as atividades realizadas dentro de um enquadramento de subordinação a um empregador proprietário do instrumento de trabalho, em vista da valoração de um capital”.[1] Ou seja, o trabalho deve estar subordinado ao capital.

A dominância do financismo, por Paulo Kliass


do Portal Vermelho


Uma das maiores dificuldades para se transformar uma realidade portadora de injustiça e desigualdade é o seu processo de “naturalização” e sua aceitação de forma passiva por parte de setores expressivos da sociedade. Fenômeno semelhante tem ocorrido ao longo das últimas décadas com a tendência à financeirização em nossas terras.

por Paulo Kliass

É bem verdade que o movimento que assegura a consolidação da hegemonia dos interesses do setor financeiro no conjunto do sistema econômico não é exclusividade tupiniquim. A forma de organização do capitalismo contemporâneo globalizado apresenta essa característica por todos os continentes. As finanças dominam e impõem suas condições diante dos demais setores de atividade da economia e subjuga todas as classes sociais.

A evidência escandalosa do caso brasileiro, no entanto, é algo que chama atenção exatamente por não haver a menor preocupação em dourar a pílula ou minimizar o grau de espoliação praticada contra o conjunto dos demais atores e setores sociais. A dominância do financismo não se preocupa em pedir desculpas e nem busca argumentos mais palatáveis para justificar sua própria ação predadora. 

A Globo emparedou o STF



A Rede Globo emparedou o stf, que então abortou a reunião dos seus 11 juízes – ou "11 ilhas" – prevista para discutir no final da tarde de hoje, 20/3, a inconstitucionalidade da prisão sem condenação transitada em julgado.

A Globo empregou armamento peso-pesado para fazer a "suprema" corte recuar. No Jornal Nacional de ontem, 19/3, a emissora dedicou 5:41 minutos para trechos selecionados da entrevista da presidente do stf ao apresentador Heraldo Pereira.

"Se é de graça, você é o produto": saiba como Facebook lucra com dados de usuários

  Por RFI

Como Facebook gera seus lucros milionários, e como você participa disso? Reuters

Em plena polêmica que levou o fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, ao Parlamento britânico nesta terça-feira (20), para explicar as acusações de apropriação indevida de dados pessoais de seus usuários, entenda como a rede social mais famosa do mundo transforma suas informações em “ouro”.

A coleta de dados executada pelo Facebook pode ser considerada legalmente aceitável, se levarmos em conta que a rede social não vende os dados em si, mas o acesso aos usuários que disponibilizam estes dados, na maioria das vezes sem ter lido detalhadamente as condições de utilização. No entanto, uma comissão parlamentar britânica quer saber exatamente como as empresas adquirem e armazenam dados dos usuários do Facebook e, especialmente, se os dados foram obtidos sem o seu consentimento.

E a soberania do nosso País?, pergunta defesa de Lula a procurador que não explicou elo com EUA

  Cíntia Alves


Jornal GGN - A defesa do ex-presidente Lula escreveu, em manifestação ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que o procurador Maurício Gerum passou "ao largo de qualquer explicação" sobre o vídeo em que Kenneth Blanco, ex-vice-procurador geral adjunto do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), admite que houve cooperação informal com a Lava Jato e cita a condenação do petista como exemplo de sucesso na operação.

A manifestação é uma resposta a um parecer assinado por Gerum, no qual o procurador diz que o vídeo de Blanco não pode ser admitido como prova nova capaz de anular a sentença do triplex. Com base em dados oficiais sobre cooperação internacional, o procurador ainda negou influência dos Estados Unidos no processo contra Lula. 

Rede Globo, o povo não é bobo

Estratégias de manipulação, sobretudo em períodos eleitorais, permitem que a Globo cubra o assassinato de Marielle, sem nenhum aprofundamento sobre a pauta defendida pela vereadora. Suas palavras, sua luta, não merecem destaque?

Por Joaquim Ernesto Palhares 


Estamos e estaremos, durante muito tempo, sob impacto do assassinato de Marielle Franco, vereadora do PSOL, na última quarta-feira (14.03), no Rio de Janeiro. 

Mulher negra, moradora da Maré, socióloga, ativista dos movimentos feminista e negro, aos 38 anos, em plena ascensão política, Marielle tinha todas as qualidades para ser, em futuro próximo, excelente liderança nacional e de esquerda. 

O Brasil está assustado com o Brasil que emergiu do passado



O Brasil de hoje está assustado com o Brasil do passado, que emergiu do submundo dos crimes da elite econômica colonial e dos servidores dela, encrostados no aparelho do estado.

Para compreender o Brasil de hoje é preciso descer aos porões da história. Sem isso, não se entende a estupidez de quem obedeceu a ordem e apertou o gatilho no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes.

Procuradoria-Geral da República - Raquel Dogde, a protetora de Temer?


Seis meses à frente da PGR, procuradora ainda é um mistério, mas desperta a desconfiança de que alivia para Temer no inquérito dos portos

Ilustração: Daniele Doneda. Fotos Gil Ferreira/Ag. CNJ, reprodução DO QUADRO MONA LISA DE LEONARDO DA VINCI e Valter Campanato/ABr
     Alguém seria capaz de penetrar a expressão da senhora Dodge?

Fernando Segóvia, o delegado degolado do comando da Polícia Federal há menos de um mês, será adido policial na embaixada brasileira na Itália e só espera o aval daquele país para assumir. É uma recompensa de Michel Temer, que não se importou em passar por cima de normas diplomáticas e da PF. Merecido.

Em três meses no posto, Segóvia agiu feito advogado presidencial na investigação que atazana o mandatário devido a um decreto com mimos ao setor portuário. Em Brasília, há quem aposte ser difícil de Temer escapar de outra denúncia criminal. A aposta depende, porém, da caneta de outro personagem devedor do cargo ao peemedebista, a enigmática Raquel Dodge, única pessoa no País autorizada a acusar o presidente na Justiça. E aí começam as desconfianças. Uma história que também teria um prêmio no fim do arco-íris.