por Raphael Silva Fagundes
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Imagem por Paul K
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As classes dominantes sempre criaram maneiras de fomentar o ódio entre as classes subalternas
Um grande problema interpretativo que se irrompe como um óbice ao progresso das forças produtivas é a ideologia dominante que dissemina a ideia de que o oposto do trabalhador é o preguiçoso, ou como é chamado ordinariamente, o “vagabundo”, ou até mesmo, o criminoso, sobretudo, o ladrão urbano.
Esse raciocínio ocorre porque o capitalismo esconde sua interpretação original sobre o que é trabalho. De acordo com o sociólogo francês Bernard Friot, o capitalismo “identifica a produção apenas com as atividades realizadas dentro de um enquadramento de subordinação a um empregador proprietário do instrumento de trabalho, em vista da valoração de um capital”.[1] Ou seja, o trabalho deve estar subordinado ao capital.