segunda-feira, 16 de julho de 2018

O que estamos esperando?

João Paulo: "Como alertou Drummond, 'chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo em que a vida é uma ordem'".  - Créditos: Rovena Rosa/Agência Brasil

João Paulo: "Como alertou Drummond, 'chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo em que a vida é uma ordem'". / Rovena Rosa/Agência Brasil

João Paulo Cunha


Um senso de realidade que aceita o menos pior para impedir o pior possível
A escalada regressiva no Brasil está desafiando o senso de realidade. As sucessivas perdas econômicas, sociais e de direitos vão se acumulando como um monturo, deixando explícito o cenário de ditadura que nos espreita da esquina. Não se pode dizer que não está havendo reação popular, ela existe, mas enquadrada num modelo que não dá conta da potência do adversário, que merece a exata designação de inimigo.

Jornalista que revelou plano terrorista de Bolsonaro no Rio disse que ele a ameaçou de morte. Por Kiko Nogueira

Publicado por Kiko Nogueira

O croqui do plano de Bolsonaro na matéria da Veja

A greve dos caminhoneiros não foi e não será o único movimento de desestabilização de um governo que envolve Jair Bolsonaro.

Em 1987, uma reportagem da Veja revelou que ele elaborou um plano terrorista para explodir bombas em quartéis e outros locais estratégicos no Rio de Janeiro.

Bolsonaro e outro militar, Fábio Passos, queria pressionar o comando.

O príncipe e o plebeu


Um amealhou fortuna e poder sem correr riscos, o outro, culpado ser favorito da próxima eleição, está preso sem crime

        Ricardo Stuckert/PR
        Um somente tem motivos para se rir de tudo e todos

"Há dois conjuntos distintos de princípios. Os princípios do poder e do privilégio de um lado, os princípios da verdade e da justiça do outro. Buscar verdade e justiça implica diminuição do poder e do privilégio, buscar poder e privilégio sempre se dará às expensas da verdade e da justiça", Chris Hedges – Jornalista estadunidense que se apresenta como cristão anarquista. 

Às vésperas da eleição de 1994, entrevistei Fernando Henrique Cardoso. O propósito era ir às bancas logo após o pleito, o que de fato se deu. Foi a terceira capa de CartaCapitalmensal.

Haroldo Lima: A política de preços da Petrobras não reflete os interesses do Brasil


POR NOCAUTE

Em maio o IBGE registrou uma queda de 10,9% no PIB brasileiro, que já estava mal. Explicou que a causa dessa derrocada foi a “greve dos caminhoneiros”. Mas os problemas que a provocaram não foram enfrentados, mas contornados com medidas paliativas. Nas redes sociais já se fala no recrudescimento do movimento.
Entre 6 e 9 de julho, o Haiti viveu problema semelhante: os preços dos combustíveis subiram mais de 50%, inclusive o do querosene, que ilumina as casas mais pobres de lá. Uma greve parou tudo, houve muita violência e mortes. Os aumentos foram decididos pelo FMI.

A corrupção e os privilégios mantêm Lula preso

Stuckert


Dilma Rousseff foi derrubada por um esquema corrupto entranhado nas profundezas mais tenebrosas da história do Brasil, que se constituiu na descoberta e na colonização e que se prolonga até os nossos dias. O Brasil foi colonizado por criminosos, governado por corruptos, por promotores de extermínio de índios, por estupradores, por escravocratas, por espoliadores que nunca tiveram misericórdia nem piedade pelo sofrimento alheio e dos escravos e trabalhadores espezinhados que construam as suas riquezas. Esta bestialidade desumanizada foi constituindo a mentalidade de uma elite perversa, sanguinária e predatória. Mesmo que a elite se renovasse e trocasse de setores, a mentalidade pervertida continuou e mesma. Os principais postos do Estado sempre foram ocupados, ao longo dos tempos, por gente portadora de mentalidade assassina, predatória, corrupta.

Xadrez do golpe na era da hipocrisia – 2, por Luis Nassif


Luis Nassif
https://jornalggn.com.br/
No artigo anterior – “Xadrez do golpe na era da hipocrisia” – descrevemos as quatro etapas dos golpes políticos:
  1. A fase da preparação.
  2. A catarse.
  3. A institucionalização do golpe.
  4. A era da hipocrisia, quando se abandonam de vez os pruridos e as encenações de legalidade.

Peça 1 – o direito penal do inimigo

Os episódios da última semana significaram a entrada no quarto período, o equivalente ao AI-5 do golpe militar, o momento em que o pacto do golpe se mostra eleitoralmente inviável pela ausência de um nome competitivo para as eleições presidenciais, e radicaliza-se o direito penal do inimigo. E tudo dominado por uma cegueira ampla, de quem não percebe as hordas bárbaras se aproximando celeremente da cidadela.
O sinal mais agudo foi a denúncia da Procuradora Geral da República (PGR) Raquel Dodge pedindo a aposentadoria compulsória do desembargador Rogério Favretto - que ousou um HC em favor de Lula, depois da juíza de execução não responder a um pedido da defesa. Foi uma atitude mais significativa do que as posições previsíveis de Laurita Vaz, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), defendendo a insubordinação de Sérgio Moro contra o HC de Favretto.

Fim da história é isso: nossas crianças limpam cocô em prisão nos EUA


PAULO MOREIRA LEITE
Apareceu uma novidade ainda mais deprimente em torno das crianças que permanecem aprisionadas em centros de detenção nos Estados Unidos, longe de seus pais - que tentavam entrar clandestinamente no país.

Além da prisão ser um escândalo absoluto, equivalente a um sequestro, pois ninguém pode ser preso sem culpa formada, o caso atinge milhares de meninos e meninas, menores de idade, que sequer podem ser acusados de cometer qualquer tipo de delito. Graças a uma reportagem do New York Times, sabemos agora que estão submetidos a um regime de crueldade ainda maior.

Juliana Cardoso detona os planos privados de saúde que devem R$ 2 bi ao SUS: “São Robin Hood às avessas”


SUS tem quase R$ 2 bilhões a receber das operadoras de planos de saúde


Quase R$ 2 bilhões devidos ao Sistema Único de Saúde (SUS) não foram repassados pelas operadoras de planos de saúde ou estão contingenciados devido a ações judiciais impetradas pelas empresas. O valor se refere a atendimentos prestados a beneficiários de saúde suplementar por unidades públicas de saúde.

A cobrança é prevista pela Lei 9.656 de 1998, que define que as operadoras devem ressarcir a União sempre que um de seus beneficiários usar o SUS para um serviço que esteja previsto no contrato do plano de saúde.