segunda-feira, 17 de setembro de 2018

GENERAIS INTIMIDAM OS ELEITORES E CHANTAGEIAM A DEMOCRACIA

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Mário Magalhães
https://theintercept.com/
AS MENOS DE 44 horas transcorridas entre as imagens de Jair Bolsonaro esfaqueado num calçadão e, na UTI hospitalar, encenando atirar com arma de fogo contam um drama e uma parábola. O drama é o torpe atentado contra o capitão de Artilharia, que cinco dias antes empunhara um tripé, fingira disparar e bravateara, para gozo da multidão que o ovacionava: “Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre!” A parábola é a do sapo e do escorpião.
A narrativa tem variações nos acabamentos, mas a alvenaria é a mesma. Um escorpião pede para atravessar um lago nas costas de um sapo. O sapo se recusa a dar corona por recear uma picada assassina. O escorpião alega não saber nadar; não envenenaria o anfíbio, porque afundaria junto com ele. O sapo coaxa: “Então, tá”. No meio da travessia, o escorpião o atraiçoa. Agonizando, o sapo pergunta sobre o motivo do gesto suicida. O escorpião esclarece, antes de se afogar: “Porque é da minha natureza”.

A Gente Somos Inútil, por Armando Coelho Neto


A Gente Somos Inútil*

por Armando Rodrigues Coelho Neto

O desastre social que o Brasil enfrenta já não pode mais ser omitido. Segundo publicação recente da Folha de São Paulo, entre 2014 e 2017, o número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza no Brasil cresceu 33%, o que significa 6,3 milhões de novos pobres no país. A cotação do dólar disparou para patamar superior a R$ 4,20, o que impacta, entre outros, os preços dos combustíveis (o litro do diesel já é vendido nas bombas a R$ 3,70, e o da gasolina a R$ 5,00). Há, segundo o IBGE, 13 milhões de desempregados. Falta trabalho, no todo ou em parte, para nada menos que um quarto (24,6%) dos brasileiros em idade de trabalhar. Congelou-se o investimento público por vinte anos, e cortam-se verbas da saúde, da educação, da assistência e dos programas sociais, que estão sendo descontinuados ou tornados inócuos.

Forças Armadas ensaiam bote final contra a democracia



Nunca fui de dar crédito a teorias conspiratórias com base em suposições, conjecturas e teses especulativas. Mas quando a realidade bate à porta é diferente. Nesses casos o melhor a fazer é se preparar para enfrentar a tormenta.

O sentimento nacionalista, que marcou sucessivas gerações das forças armadas brasileiras, foi banido da caserna. Lideradas por generais, almirantes e brigadeiros da ativa, e insuflados pelos radicais fascistas da reserva que gravitam em torno do Clube Militar, as tropas hoje se colocam na linha de frente dos defensores da rapinagem do patrimônio nacional.

domingo, 16 de setembro de 2018

Fremdschämen, a constrangedora ‘aula’ sobre nazismo dos brasileiros aos alemães

Fremdschämen, a constrangedora ‘aula’ sobre nazismo dos brasileiros aos alemães

São Paulo / Recife 
https://brasil.elpais.com/brasil/

O termo alemão para "vergonha alheia" resume o que foi a enxurrada de críticas de internautas brasileiros a um vídeo da Embaixada alemã afirmando que nazismo é de direita


Uma palavra sintetiza a aula sobre nazismo que um grupo de brasileiros tentou dar aos próprios alemães na Internet: fremdschämen (vergonha alheia). O que era para ser um vídeo sobre como se ensina a história do nazismo, publicado no Facebook pela Embaixada da Alemanha em Brasília e pelo Consulado Geral no Recife, se tornou um campo de guerra nas redes sociais.

De um lado, brasileiros que não acreditam no holocausto e garantem que o nazismo era uma ideologia de esquerda, contestavam a história divulgada pelo Governo alemão. Do outro, brasileiros envergonhados pediam desculpas pelos comentários exaltados. E no meio, a embaixada alemã tenta equilibrar os ânimos e corrigir os néscios: "O holocausto é um fato histórico, com provas e testemunhas que podem ser encontradas em muitos lugares da Europa", publicou em resposta a um internauta que afirmou que o "holofraude está com os dias contados".

Construção de uma cilada política e a forma como se pode superá-la



A retirada de Jair Bolsonaro da campanha presidencial, seja por uma recuperação prolongada dos ferimentos, seja eventualmente por morte, levou a uma situação potencialmente caótica no país. O general Mourão já se antecipou na intenção de assumir o lugar do líder da extrema-direita. Não há força política capaz de impedi-lo. Ele está plenamente investido das funções extremistas que Bolsonaro queria para si.

Ele pode ganhar ou pode perder. Nesse jogo não há empate. Vamos assumir hipótese mais branda de que ele perca. Perderá para quem? Descartemos Marina, Álvaro, o próprio Alkmin, que são inviáveis. Restará Ciro. Contudo, seria Ciro o líder de que o Brasil precisa no momento? Ciro terá vencido com o apoio do PT, ainda a força político-eleitoral mais relevante do país. Ele será capaz de costurar essa aliança? Ou o PT, como no passado, votará nulo.

OS FASCISTAS DO VÔLEI.

Marilena Chauí o Neoliberalismo e a Meritocracia


Testemunha-chave do caso do sítio de Atibaia diz que teve depoimento distorcido pela PF. Por Joaquim de Carvalho

     O sítio de Atibaia, em que as famílias de Jacó Bittar e Lula conviviam

Publicado por Joaquim de Carvalho

Um das evidências apontadas pelo Ministério Público Federal de que o sítio de Atibaia pertence a Lula é o depoimento de Celso Silva Vieira Prado à Polícia Federal em 4 de março de 2016, dia da condução coercitiva de Lula.

Celso, descrito como administrador das propriedades da família Bittar, teria dito que desconhecia o sítio e que não era frequentado por Jacó Bittar.

Segundo ele, localizado pelo DCM, as informações não são verdadeiras. Ele não é administrador dos “bens” nem disse que Jacó Bittar não frequentava a propriedade. Também negou que não soubesse da existência do sítio.