segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Moro, como juiz e como político, trata a verdade como algo maleável. Por Luís Felipe Miguel

       Publicado por Joaquim de Carvalho

Ele, com o nariz em fase de crescimento

PUBLICADO NO FACEBOOK DO AUTOR

No dia 31 de outubro, Mourão disse que o convite a Moro para o ministério não era novo: “Isso já faz tempo”.

Contrariou, assim, o discurso público do juiz, de que fora surpreendido com a proposta de recompensa feita por Bolsonaro, já eleito presidente.

Agora, sem jamais admitir que estava enganando o público ao falar da “surpresa”, Moro, aquele que na entrevista ao Fantástico afirmou “eu não minto”, se aferra à história de que foi “sondado” no dia 23 de outubro, faltando poucos dias para a votação do segundo turno.

Bolsonaro - um hater no Planalto


NÊGGO TOM
https://www.brasil247.com/

Dentre as diversas coisas - a maioria delas negativas - que me chamam a atenção no comportamento do presidente eleito, é o fato de que ele ainda não se deu conta de que ocupará o cargo de chefe maior do país. Ele continua se posicionando e se expressando, como um hater de internet. Um old leader saudosista de um retrocesso abominável, que deseja oprimir a todos que não queriam dançar a sua valsa.

A sua linguagem verbal e corporal, não condiz com a de um chefe de estado. A sua postura não é digna do cargo que ele irá ocupar. Observem o revanchismo com o qual ele lida com assuntos de pouquíssima relevância para os interesses do país. É uma rivalidade clubística, que transcende as arquibancadas e se manifesta, até mesmo, através de suas palavras mais amistosas.

Artigo de juiz português “acaba” com Sérgio Moro, leia a íntegra


Enviado por Webster Franklin
do Blog do Esmael

O juiz Sérgio Moro conseguiu se desqualificar mundialmente ao aceitar ser ministro de Jair Bolsonaro. Em artigo ao jornal Público, de Lisboa, o juiz Manuel Soares, presidente da Direcção da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, “acaba” com o magistrado da lava jato. “Quanto menos confusão houver entre política e justiça, melhor para a sistema político democrático e melhor para o cidadão”, ensina o lusitano.

Paul Krugman disseca o desastre Joaquim Levy, por Luis Nassif


Em sua coluna no The New York Times, o prêmio Nobel de Economia Paul Krugman mostra as razões do desastre econômico brasileiro, fixando-se na estratégia Joaquim Levy, no segundo governo Dilma Rousseff. Nenhuma novidade em relação ao que apontamos na época, mas, agora, partindo de um Prêmio Nobel.

O subtítulo do artigo é ´´Como uma economia em ascensão sofreu uma crise tão grave?´´

Ele não se debruça sobre as eleições. Diz apenas que está horrorizado como qualquer pessoa, com a escolha de alguém que parece ser um verdadeiro fascista.

domingo, 11 de novembro de 2018

Relincha Brasil, a república dos burros



Merece atenção uma mensagem publicada pelo juiz Rubens Casara em seu twitter: “O empobrecimento subjetivo, que também leva à regressão do Eu, faz com que o brasileiro busque identificação com políticos, artistas, pastores, padres, comediantes e outras figuras públicas a partir daquilo que os une: a ignorância. Perdeu-se a vergonha de ser ignorante ou burro.”

Casara acertou na mosca: a onda obscurantista que varre o país pode ser comparada a uma espécie de epidemia galopante de burrice. Até há pouco tempo, era comum numa roda de amigos ouvir expressões do tipo “sou apolítico” ou “nada entendo de política, por isso não vou opinar” ou ainda a frase-síntese da alienação: “política, religião e futebol não se discutem.”

Fascismo, teu novo nome é Consumismo


Como Pasolini enxergou, desde 1968, que a ameaça já não estava nos Estados totalitários — mas no homem-consumidor individualista, refratário ao coletivo, entregue à mercantilização. O que isso tem a ver com o Brasil de 2018

Por Fran Alavina

Mesmo após sua morte atroz, em novembro de 1975, Pasolini não deixou de incomodar. Uma de suas últimas polêmicas, expressa nos seus textos (Scritti Corsari e Letterre Luterane), bem como no seu último filme Salò, era a afirmação do nascimento de um novo tipo de fascismo. Desta nova forma de totalitarismo disfarçado, o pensador italiano estava bem certo. Exatamente por isso, ocupava uma posição de deslocamento entre os intelectuais de seu tempo. Os contemporâneos viam seu diagnóstico do presente como algo exagerado. Uma visão que, segundo eles, diria muito mais sobre a personalidade de Pasolini, do que sobre seu próprio tempo.

Neoliberalismo, distopias e Bolsonaro

          Créditos da foto: (Arte: Alex Andreev)

Por Leda Paulani, Outras Palavras
https://www.cartamaior.com.br/

Lógicas neoliberais. Despolitização e valores individualistas. Perseguição judicial e erros do PT. Combinados, estes ingredientes produziram a tempestade perfeita e o desastre


A eleição de Jair Bolsonaro para a presidência da república do Brasil deixa o mundo estarrecido. Seu estilo autoritário e agressivo, sua apologia à tortura, suas continuadas ofensas a determinados grupos ao longo de seus quase 30 anos de vida parlamentar (mulheres, negros, LGBTQs) e seu desprezo aos princípios democráticos são tão impressionantes que mesmo para um nome de destaque mundial da extrema-direita, como a francesa Marie Le Pen, ele causa repulsa: “suas declarações são inaceitáveis”, ela diz. Não por acaso, só Trump parece relevar tudo isso e louva, pelo Twitter, a conversa alvissareira que teve, em 30 de outubro, com o presidente eleito.

Volta a São Paulo, que merda, hein?, por Rui Daher

Rui Marin Daher
https://jornalggn.com.br/

Rodados 1.200 km em uma semana, o que sobraram? Percepções de um Brasil condenado à breve capitulação política, econômica, social e de soberania. O que isso significa para um país que chegou perto de ser a sexta economia mundial?
Apesar de todas as excelentes análises aqui postadas, umas pensando em como resistir e manter os trilhos do desenvolvimento com inclusão social, sinto decepcioná-los. Democracia plena voltará em tempo maior do que o período dos governos militares, pois eleita em votação popular, ainda economicamente menos desenvolvimentista e progressista.
Na época dos militares, pré-globalização, segundo Eric Hobsbawm (1917-2012), simplesmente nova forma de imperialismo, os governos atuais e futuros, com isso deveriam se preocupar, essência natural nas Forças Armadas.