quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

De Sobral para o Brasil: O motim dos militares e o país em risco

Desde a época do arcabuz até a era do fuzil, uma coisa é certa: quem tem um dos dois nunca pede voto nesse país, sempre levam o jogo na mão grande

Bolsonaro em evento com militares (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Por Cleber Lourenço
https://revistaforum.com.br/

É sempre a mesma receita desde 1889, um misto de totalitarismo positivista com rebeldia tomam os quartéis. Se juntarmos todos os golpes, passando pela deposição da família imperial até 64, já foram mais de 100 anos sob o controle da caserna desde a primeira república até os tempos atuais.

Ou seja, temos uma classe militar sempre ávida por segurar o fuzil com a caneta e que na menor fissura institucional não pensa duas vezes em esgarçar a constituição vigente, não sem antes incendiar o país se prestando ao papel de agitadores.

A Bahia e o direitismo como doença adulta do colaboracionismo de centro-esquerda

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Governador da Bahia, Rui Costa (Foto: Fernando Vivas/GOVBA)

A historiadora Patrícia Valim escreve sobre os impasses que marcam o PT baiano: “Se Lênin estivesse vivo e morando em Salvador hoje (..) teria escrito outro livro, ‘Direitismo: a doença adulta do colaboracionismo de centro-esquerda’, pra designar o desvio ideológico à direita que tanto tem fortalecido o bolsonarismo”

Por Patrícia Valim, do Brasil 247

O presidente Jair Messias Bolsonaro foi duramente criticado no editorial desta quarta (19) da Folha de S. Paulo em razão de seus ataques misóginos e abusos de poder contra uma jornalista do mesmo jornal. Nas minhas redes sociais, vários colegas concordaram com os termos da crítica do editorial, mas lembraram do colaboracionismo do jornal na eleição do bolsonarismo, da adesão em bloco do jornal às políticas neoliberais de desmonte do Estado do pauloguedismo e do silêncio quando a ex-presidenta Dilma Rousseff foi vaiada e xingada em um estádio durante a abertura da Copa, transmitida para boa parte do mundo.

Associação de empresários acusa Guedes de facilitar regras para empresas estrangeiras e prejudicar as nacionais

Segundo Luis Fernando Santos Reis, da AEERJ, a nova normativa do Ministério da Economia fará com que as empresas estrangeiras superem as brasileiras nas licitações do governo.

Paulo Guedes (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Por Redação
https://revistaforum.com.br/

As mudanças nas regras de licitação impulsionadas por Paulo Guedes vem causando irritação em muitos empresários brasileiros, que acusam o governo de querer aumentar a participação das empresas estrangeiras, e prejudicar as brasileiras.

A principal queixa diz respeito à Instrução Normativa nº 10/2020, do Ministério da Economia, que entrará em vigor a partir de maio. Embora o governo afirme que a norma visa incentivar a concorrência, alguns setores empresariais reclamam que ela privilegia as empresas internacionais.

Cid Gomes errou? E daí? Por Mario Marona

          Publicado por Davi Nogueira
          https://www.diariodocentrodomundo.com.br/
        Publicado no Facebook do autor
Cid Gomes é baleado no peito por policial

POR MARIO MARONA

Reproduzo aqui, porque gostaria que lessem, um comentário editado que fiz em outro post:

Este argumento de que o Cid errou e de que os disparos contra ele foram reação natural a uma agressão que ele cometeu começa a fazer lembrar daquele outro argumento que diz que a moça estuprada estava usando minissaia, tinha bebido e se insinuava sexualmente. É alegação de estuprador.

Às portas da ditadura

O poder militar no governo Bolsonaro. (Foto: Fernando Frazão/Agencia Brasil)

Por José Dirceu
(artigo publicado no site A Terra é Redonda)

A militarização do governo Bolsonaro com as últimas indicações para a Casa Civil e a Secretaria de Assuntos Estratégicos tem raízes em nossa história recente e no passado.

O general Braga Netto era chefe do Estado-Maior do Exército, o mesmo que no julgamento do habeas corpus de Lula publicou uma foto da reunião de emergência convocada pelo comandante do Exército Eduardo Villas Bôas para, numa aberta e flagrante violação da Constituição, ordenar – isso mesmo – ao STF que não ousasse conceder Habeas Corpus a Lula. Villas Bôas fez a mesma ameaça via Twitter, o que teria levado à sua prisão imediata em qualquer democracia.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Lições da Segunda Declaração de Havana

Foto: Wikimedia

Ramona Wadi
https://www.strategic-culture.org/

A hostilidade dos EUA contra Cuba e a América Latina levou o presidente cubano Miguel Diaz Canel a refletir publicamente e chamar a atenção para a Segunda Declaração de Havana (1962), na qual o líder revolucionário cubano Fidel Castro alertou sobre o perigo perpétuo do imperialismo americano.

Em 4 de fevereiro de 1962, na Plaza de la Revolucion, Fidel proclamou o documento em resposta à decisão da Organização dos Estados Americanos, influenciada pelos EUA, de expulsar Cuba de suas fileiras. A resposta cubana foi uma promessa de resistência contra a interferência dos EUA em seu país - uma postura que Diaz Canel descreveu recentemente como "resistência, luta e emancipação".

Moro e milicianos: unidos para um projeto

             GUSTAVO FREIRE BARBOSA
             https://www.cartacapital.com.br/
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

o mito de que Moro seria a reserva moral do governo Bolsonaro já caiu por terra há bastante tempo

Rosângela Moro, esposa do ex-juiz Sergio Moro, disse ao Estadão que enxerga no seu marido e em Bolsonaro uma coisa só, considerando que “o ministro é da equipe do presidente Jair Bolsonaro, dá total apoio para o presidente, inclusive no futuro aí, na reeleição”.

A essa altura do campeonato, o mito de que Moro seria a reserva moral do governo Bolsonaro já caiu por terra há bastante tempo. Embora ainda exista quem se fie no ex-juiz como álibi para continuar dando suporte ao bolsonarismo, o próprio já não faz mais questão de esconder que não passa de uma versão de Bolsonaro que escova os dentes.

Processo contra Lula é a prova da estupidez de Moro

         POR FERNANDO BRITO
         http://www.tijolaco.net/

Lula depôs hoje em um inquérito manado abrir por Sérgio Moro, alegadamente com base na Lei de Segurança Nacional.

Ele quer enquadrar o ex-presidente no artigo 26 da lei (caluniar ou difamar o Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação).