sábado, 4 de fevereiro de 2017

Morte, dor e trapaça.


Nonato MenezesDignidade é um valor humano inestimável. É o único que é capaz de se impor às circunstâncias, inclusive diante da morte.

Ser digno é ser capaz de lidar consigo mesmo e com o outro no sentido ontológico. É o indivíduo que diante de si é capaz de perceber o outro naquilo que é natural, sagrado e eterno.

Quem não consegue ser digno nesta perspectiva é porque vive na e da frugalidade. O frugal se limita ao efêmero, ao circunstancial, seja diante de si ou perante o outro. O frugal pode ter outro valor Moral, jamais tem como demonstrar dignidade.

 Mas ser digno é, também, ser Ético. E ser Ético é, acima de tudo, ser bom. Bom com o outro ou bom para o outro. A lealdade, por exemplo, é uma manifestação Ética.

Tenho observado as manifestações de “pesar” diante do assassinato de Dona Marisa. Manifestações de pessoas desleais e covardes com ela e família, indiretamente, e diretamente com o marido em quase todos os momentos, quando o poder esteve em jogo.

 Pessoas sórdidas, traiçoeiras que no cotidiano são capazes até de matar, para depois se mostrarem pesarosas diante dos que sofrem com a dor da perda?

 É certo que ninguém é forte diante da morte, mas é indigno o algoz se mostrar sentido diante de sua vítima.


A morte é para todos e da perda ninguém escapa, mas prestar condolências a que sofre com a perda de quem você ajudou a destruir é repulsivo. 

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