sábado, 3 de maio de 2014

A DEPENDER DO PSDB, SERÍAMOS COMPANHEIROS DO MÉXICO NA TRAGÉDIA

Boi, porco e frango sobem 25% em um ano e o consumo cai 20%. E não é na Venezuela


“Para alimentar sua população, e afastar o risco de uma crise de abastecimento, governo mexicano pede que Brasil e Argentina forneçam, em caráter de emergência, 300.000 toneladas de frango.”

Empresa menos rentável da América Latina no ano passado, segundo o site especializado Latinvex, a PEMEX teve, em 2013, o maior prejuízo de sua história, da ordem de mais de 12 bilhões de dólares – e ele já passa de U$ 2.5 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Enquanto isso, com todos os seus problemas, a Petrobrás - eleita no mesmo ranking a empresa mais rentável do continente latino-americano em 2013- lucrou, no mesmo período, mais de U$ 10 bilhões.

O conteúdo local dos produtos mandados para o exterior, pelos cinco principais setores exportadores mexicanos, segundo a revista local Paradigma, não chega a 60%, contra 90% no Brasil e na China.

Segundo a OCDE, quatro em cada 10 mexicanos não recebem um salário que dê para comprar uma cesta básica.

Mauro Santayana
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FOME E NEOLIBERALISMO NO MÉXICO

«O México já depende do exterior para alimentar o seu povo e há milhões de desempregados”, disse Max Correa, líder da Central Camponesa Cardenista.

«Apesar dos seus quase dois milhões de quilômetros quadrados de território, o país importa quase a metade dos cereais que consome, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Agrícolas, Florestais e Pecuárias. A fome começa a ser uma realidade em algumas regiões rurais baseadas na agricultura de subsistência.”

“Devemos dar um basta ao neoliberalismo do PAN e do PRI dos últimos 30 anos”, corroborou o sindicalista Max Correa.”


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Igor Natusch

Navegar pelas águas do neoliberalismo levou o México a uma crise social e institucional, precarizando a vida da população e abrindo espaço para o crime organizado. O diagnóstico é de Gabriel Mendoza Pichardo, professor da Universidad Nacional Autónoma do México (UNAM). Em palestra na Federação de Economia e Estatística do RS (FEE) nesta quarta-feira (5), o professor discutiu as consequências de quase 30 anos de neoliberalismo no país, além de analisar as perspectivas de uma eventual manutenção do modelo.

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