O 14º Encontro Nacional do PT, neste final de semana, define
a estratégia para a mais difícil eleição enfrentada pelo campo progressista,
desde 2002, no Brasil.
por: Saul Leblon – Carta Maior
O 14º Encontro Nacional do PT, realizado em São Paulo, nesta
sexta e sábado (2 e 3 de Maio) define a
estratégia para a mais difícil eleição enfrentada pelo campo progressista,
desde 2002.
Duas agendas se confrontam nesse divisor da vida brasileira.
O conservadorismo cavalga a besta-fera de uma restauração do
arrocho neoliberal ainda mais virulenta que a precedente ao colapso de 2008.
A dimensão dos conflitos acirrados pela crise internacional
– marcada pela anemia da demanda e a canibalização decorrente da luta por mercados e mais-valia-- induz
o conservadorismo brasileiro a abraçar uma versão ainda mais radical do
seu projeto para o país.
Não importa o que diz a oratória dissimulada de seus
candidatos de sorriso fácil e olhos verdes: eles cavalgam uma lógica imiscível
com os avanços econômicos e sociais registrados desde 2002 --estes terão que ser eviscerados do
metabolismo do país para adequar a economia à taxa de exploração implícita na
voragem conservadora.
A continuidade do projeto progressista, no entanto, requer
igualmente uma inflexão estratégica de
densidade que não pode ser subestimada.
Ela só vingará com
uma reforma política que amplie os espaços democráticos –inclusive o da
mídia-- para a negociação de um novo
ciclo de crescimento, ancorado em delicada sintonia entre ganhos de
produtividade e justiça social.
Isso não se faz sem um enorme esforço de organização popular
e engajamento democrático.
Não é uma operação de natureza contábil.
Trata-se de deslocar
a correlação de forças para uma nova hegemonia capaz de definir o rosto de um Brasil onde palavras como
igualdade, cidadania e democracia participativa
não sejam mais um adorno retórico. Mas a argamassa de um poder de Estado
verdadeiramente pautado para servir a um governo do povo, pelo povo e para o
povo.
Leia, abaixo, dois textos que ancoram o debate dos 800 delegados presentes ao 14º Encontro
Nacional do PT, em São Paulo.
TÁTICA ELEITORAL E POLITICA DE ALIANÇAS
1. O objetivo central do PT em 2014 é dar continuidade ao
projeto nacional de desenvolvimento sustentável, iniciado pelo ex-presidente
Lula e continuado, com avanços, pela presidenta Dilma Rousseff. A ele se
subordinam a reeleição da presidenta Dilma, a disputa eleitoral nos Estados,
bem como a política de alianças aprovada no 5o. Congresso, no Diretório
Nacional e neste Encontro.
2. Por isso, o Encontro Nacional delibera que nossa
prioridade no pleito deste ano é a reeleição da companheira Dilma, a ser
conquistada com amplo apoio nos movimentos sociais, na juventude, junto às
mulheres, aos idosos, aos trabalhadores da cidade e do campo, aos intelectuais,
aos empresários comprometidos com o desenvolvimento nacional, aos partidos
políticos que dão sustentação política ao nosso governo.
3. É fundamental, também, reeleger nossos governos estaduais
e garantir a sucessão dos atuais, ao mesmo tempo em que nos empenharemos para
ampliar nossas bancadas parlamentares e as de nossos aliados favoráveis à
reforma do sistema político-eleitoral.
4. Compete ao Diretório Nacional dirigir politicamente a
campanha eleitoral nacional e articular a ela as campanhas estaduais,
imprimindo ao conjunto as diretrizes do Programa de Governo aprovadas neste
Encontro, bem como a tática e alianças definidas no 5o. Congresso e no atual
Encontro. À Direção Nacional, através da CEN, cabe decidir, em última
instância, as questões das alianças necessárias à condução vitoriosa da
campanha nacional.
5. A disputa eleitoral de 2014 vem sendo marcada (e tenderá
a se agravar) por um pesado ataque ao nosso projeto, ao governo e ao PT da
parte dos conservadores, de setores da elite e da mídia monopolizada, que
funciona como verdadeiro partido de oposição. Nossos adversários representam um
projeto oposto ao nosso, muito embora um deles se esforce em transmutar-se em
uma suposta terceira via. Guardadas diferenças secundárias e temporais,
arregimentam os interesses privatistas, ideológicos, neo-passadistas ou
neovelhistas daqueles que pretendem impor um caminho diverso daquele
implementado pelos nossos dois governos.
6. Este embate, em que hoje aparecemos como favoritos nas
pesquisas, será dos mais duros desde a redemocratização do País – devido à
complexidade da conjuntura, ao perfil dos adversários aos reflexos da crise
mundial. Por isso mesmo, o enfrentamento exige uma tática política capaz de
promover um elevado grau de unidade interna e mobilização, associados à
formação e capacitação da militância, a fim de que o debate e a defesa do nosso
projeto possa ser feito nas ruas e para que sejamos capazes de superar os
padrões de despolitização e os ataques insidiosos que a oposição vem tentando
imprimir à sucessão presidencial.
7. A continuidade – e, sobretudo, o avanço – do nosso
projeto está vinculada à nossa capacidade de fortalecer um bloco de esquerda e
progressista, amparado nos movimento sociais, na intelectualidade e em todos os
setores comprometidos com o processo de transformações econômicas, políticas,
sociais e culturais implementadas pelos governos Lula e Dilma. Dependerá,
também, da capacidade de agregar forças políticas de centro e uma ampla frente
de partidos que apóiam ou venham a apoiar o governo da presidenta Dilma.
8. As manifestações de junho e o amplo processo de
discussões que o PT vem promovendo demonstram que há um sentimento de urgência
por mudanças mais profundas e rápidas. O fato é que, após mais de uma década de
melhorias socais relevantes, a população reivindica reformas, muitas das quais
contidas em nossas plataformas de luta, como é o caso exemplar da reforma
política.
9. Inegável que as condições de vida das pessoas melhoraram
sensivelmente na renda, no emprego, no acesso à educação e em diferentes
políticas públicas, mas essa melhora fica esmaecida pela mobilidade urbana cada
vez mais difícil, pela pouca eficiência dos sistemas de saúde e educação
públicas, pela violência, pela insegurança e pela percepção de corrupção no
mundo político e no judiciário.
10. Ao apoio à continuidade do nosso projeto pela maioria da
população soma-se um manifesto desejo de mudança. É continuidade com mudança ou
mudança com continuidade – com o PT, não sem o PT ou contra o PT. Dois pilares
sustentam o sentimento de mudança: a. Mudanças nas condições de vida, com um
salto de qualidade nos serviços públicos; b. Mudanças na organização e no
funcionamento das instituições políticas, de modo a restringir a influência do
poder econômico e a dar vez e voz à cidadania.
11. Daí reafirmarmos que não basta reeleger Dilma. É preciso
criar condições para fazer um segundo mandato com novas conquistas, novos
direitos, novos avanços e reformas estruturais, com prioridade para a reforma
política com participação popular, a democratização da mídia e a melhoria dos
serviços públicos.
12. Nessa linha, o primeiro desafio político da campanha é
articular a defesa das grandes conquistas obtidas pelo povo brasileiro durante
os governos Lula e Dilma com a proposta de um novo ciclo de desenvolvimento e
inclusão, que amplie e aprofunde os avanços anteriores. Não basta defender o
legado, por maior que ele seja. Também é necessário responder às novas demandas
da sociedade. Mas quem busca a reeleição não pode apenas apresentar novos
programas e falar sobre o futuro. Precisa, igualmente, mostrar o que já fez.
Assim, a campanha deverá apontar os desafios que pretendemos vencer no futuro
e, simultaneamente, resgatar a bem sucedida solução dos grandes problemas do
passado. No essencial, nosso discurso deve unir os dois momentos. Por exemplo:
“quem foi capaz de acabar com o desemprego e promoveu a inclusão social vai
melhorar a qualidade de vida”.
13. Na medida do possível, devemos buscar a construção de
palanques estaduais unitários, respeitando sempre as particularidades de cada
Estado. Onde isso se revelar politicamente inviável, devemos firmar acordos de
procedimento antes e durante a campanha, que possibilitem a existência de dois
ou mais palanques para a candidatura presidencial.
14. As eleições de 2014 são também um momento decisivo para
travar o debate de idéias e conquistar hegemonia em torno do nosso projeto de
sociedade. Nesse sentido, a proposta de um plebiscito para convocar uma
Constituinte Exclusiva pela Reforma Política, proposta pela presidenta Dilma ao
Congresso e encampada pelo PT, movimentos sociais, centrais sindicais, partidos
políticos, organizações da sociedade, deve envolver a participação da
militância e de nossas candidaturas. A luta pela reforma política deve estar no
centro de nossa tática eleitoral e dos programas de governo nacional e
estaduais.
15. Por fim, relembramos à militância a necessidade de
preservar o defender o PT. Como se sabe, os setores conservadores e o conjunto
da classe dominante encara o PT como um pesadelo, porque está destruindo o
sonho acalentado por eles durante séculos: o sonho de uma “democracia” sem
povo.
DIRETRIZES PARA O PROGRAMA DE GOVERNO-- MINUTA
As Diretrizes, a seguir apresentadas, não se confundem com o
Programa de Governo, em elaboração, que nossa candidata Dilma Rousseff
defenderá na próxima eleição presidencial. Serão aqui expostos,
preliminarmente, um conjunto de questões que, sem o detalhamento próprio de um
PG, apontam para objetivos gerais, capazes de mobilizar a maioria da sociedade
brasileira e de dar coesão às forças políticas que têm apoiado as mudanças
destes últimos 12 anos e que as conduzirão até 2018.
O QUE ESTÁ EM JOGO EM 2014
1. A Grande Transformação, em curso no Brasil desde 2003,
mudou de forma radical a cara do país. A profunda reforma econômica e social
realizada, nos marcos de uma vigorosa democracia, permitiu o ingresso de
dezenas de milhões de homens e mulheres na cena política nacional.
2. As políticas sociais adotadas pelos Governos Lula e Dilma
não foram “favores” concedidos aos setores mais postergados da sociedade, como
gostam de proclamar vozes das oposições. Tratou-se, antes de tudo, de uma
decisão política e do reconhecimento, por parte do Governo, de direitos que
vinham sendo, historicamente, subtraídos a dezenas de milhões de compatriotas.
3. Mas a sociedade brasileira não se acomodou com o
conquistado.
4. Ao contrário. A mudança das condições de vida de milhões
de homens e mulheres permitiu o ingresso na esfera pública de novos
contingentes sociais, conscientes do papel central que lhes cabe na
transformação do país.
5. Foi a passagem de uma cidadania, apenas formal, a uma
cidadania real que impulsionou as grandes mobilizações da sociedade brasileira
nos últimos tempos. As manifestações de 2013 e a vontade de mudança que as
pesquisas apontam nos dias de hoje são expressões da saudável metamorfose pela
qual o país vem passando.
a. Foram as conquistas alcançadas que inspiraram o desejo de
mais conquistas.
6. Foram as melhorias econômicas que impulsionaram
reivindicações por melhores serviços de saúde, educação de qualidade, condições
dignas de habitação e transporte nas cidades brasileiras e as de mais
segurança.
7. Foi o acesso à cidadania real que fortaleceu o desejo de
mais transparência e de mais democracia.
8. O virtual pleno-emprego logrado nos dias de hoje e o
aumento exponencial da renda de dezenas de milhões de brasileiros foram e são
fundamentais na busca da igualdade.
9. Mas a desigualdade apresenta também outras caras. E os
que a sofrem diretamente sabem reconhecê-las. A luta contra esse problema
central da sociedade brasileira, que é o da desigualdade, é assim um processo
mais amplo, complexo e de longa duração.
10. Importantes segmentos da sociedade veem suas
instituições ainda como muito distantes.
11. Consideram que a Justiça é lenta e classista.
12. Sentem-se cada vez menos representados pelos
Legislativos.
13. Manifestam sua impaciência em relação a Executivos, por
considera-los prisioneiros da burocracia e de entraves legais que dificultam
resolver, com mais rapidez, problemas que se arrastam há muitas décadas. Tendem
a atribuir à corrupção – persistente, mas fortemente combatida nos últimos anos
– a origem dos males que o país enfrenta.
14. Esse sentimento de urgência da sociedade tem de ser
ouvido e respeitado. Por essa razão a Presidenta Dilma reagiu, positiva e
rapidamente, às manifestações de 2013, reconhecendo sua legitimidade e propondo
os Cinco Pactos que buscaram responder a suas demandas. Isso representou uma
clara diferença em relação a governantes de outros países, que reagiram ao
clamor das ruas apenas com medidas repressivas.
15. O ataque desenfreado a políticos e instituições deixou
perplexa as oposições. Mesmo assim, elas tentam, sem sucesso,
instrumentalizá-lo contra o Governo. Devemos combater este aparente
apoliticismo, que mal esconde projetos que fracassaram no passado. Há 50 anos
do Golpe Militar fica claro que a sociedade brasileira repudia soluções de
força. Repudia, da mesma forma, a aventura neoconservadora dos anos 90.
16. Do que precisamos, hoje e sempre, é de mais política.
Mais confronto de ideias. Mais participação popular. Mais democracia.
17. Assistimos nos dias atuais aquela que talvez seja a
maior ofensiva contra o Governo democrático e popular nestes últimos 12 anos. A
explicação é fácil. Apesar dos ataques conduzidos por partidos, especuladores
e, sobretudo, por boa parte dos meios de comunicação, mantém-se claramente
dominante a opção da sociedade brasileira para reeleger Dilma Rousseff e, com
isso, levar adiante, por mais quatro anos, esta extraordinária transformação do
país.
18. É verdade que a sociedade quer mudanças, mas não é menos
verdade que ela confia que o PT e seus aliados têm as melhores condições para
leva-las adiante.
19. Essa confiança se apoia em fatos concretos.
20. O PIB cresceu (em US$) 4,4 vezes em 11 anos. No mesmo
período o comércio exterior quadriplicou. A inflação caiu de 12,5 no período
FHC para 5,9%, mantendo-se durante os Governos Lula e Dilma sempre dentro da
meta. A dívida líquida caiu de 60,4% do PIB para confortáveis 33,8%. A dívida
bruta sofreu igualmente redução. O Brasil acumulou 376 bilhões de US$ de
reservas cambiais, deixando a eterna condição de devedor para se transformar em
credor internacional. Por essas e outras razões o país está entre os três
maiores recipientes de investimento estrangeiro direto no mundo.
21. Grandes obras de infraestrutura – portos, aeroportos,
estradas, ferrovias e, sobretudo, em petróleo, gás e eletricidade – começam a
ser inauguradas e estarão concluídas nos próximos anos, saneando um dos graves
déficits de nossa economia e contribuindo para aumentar nossa competitividade
global. Basta lembrar que estamos construindo três hidroelétricas que se situam
entre as maiores do mundo.
22. Mas a transformação fundamental pela qual o país passou
está expressa nos êxitos obtidos na luta contra a pobreza e a miséria e nos
avanços na área educacional, reconhecidos internacionalmente. Em dez anos a
renda per capita cresceu 78%, em um clima de ampliação e fortalecimento da
democracia.
23. As oposições estão estagnadas, sem discurso consistente,
sem programa. Sua paralisia é decorrência do caráter regressivo e reacionário
das poucas propostas que têm apresentado. Não escondem a disposição de
abandonar as políticas de emprego e de renda dos Governos Lula e Dilma.
Reivindicam a “autonomia” do Banco Central (autonomia em relação a quem?). Seus
ataques a Petrobras ou a Eletrobrás evidenciam uma nostálgica fidelidade às
políticas privatistas que aplicaram no passado. Nas críticas à atual política
externa está embutida a disposição de abandonar a postura soberana que nos
trouxe respeito e prestígio em todo o mundo. Não hesitam em propor o fim do
MERCOSUL e uma diplomacia submissa às grandes potências. Não contentes,
anunciam “medidas amargas”, “impopulares”, caso venham a ser eleitos. “Amargas”
para quem?
24. Claro está que a sociedade brasileira quer mudar, mas
pensando no futuro e não em um passado que ela repudiou de forma reiterada e
contundente nas 3 últimas eleições presidenciais.
25. Na campanha eleitoral, o Partido dos Trabalhadores e
seus aliados terão de enfrentar dois desafios:
a. Em primeiro lugar, defender o extraordinário acervo de
realizações que marcaram os Governos Dilma e Lula.
26. Em segundo lugar, demonstrar que a Presidenta Dilma
Rousseff e as forças sociais e políticas que a apoiam são as que têm
credibilidade para dar mais impulso e velocidade às transformações até agora
realizadas e às que se colocarão no futuro.
27. Esta não é a ocasião para auto – complacência, para
esconder erros ou dificuldades. É um momento de afirmação de propostas capazes
de aprofundar a transformação em curso nos últimos anos.
28. Não é pouco o que está em jogo em 2014. Temos de estar à
altura deste desafio. Quando saíamos da longa noite da ditadura, soubemos dizer
“nunca mais”! Agora, após mais de uma década de grandes transformações em nosso
país, é hora de afirmarmos “nunca menos”!
REFORMA POLÍTICA E DEMOCRACIA
29. A Reforma Política é a mãe de todas as reformas. Sua
realização permitirá que a sociedade tome o destino do país em suas mãos,
corrigindo as profundas distorções que marcam nosso sistema representativo e o
funcionamento equilibrado dos poderes da República.
30. Por meio de uma Constituinte Exclusiva será possível
eliminar, ou reduzir ao máximo, o peso do poder econômico nas eleições e no
funcionamento das instituições republicanas. Só assim será possível combater
efetivamente a corrupção, ao lado dos órgãos que hoje já se encarregam dessa
tarefa, como o Ministério Público, o TCU, a Controladoria Geral da República e
a Polícia Federal.
31. A Reforma Política é essencial para organizar uma maior
participação da sociedade na formulação e controle das políticas públicas e com
isso dar mais substância à democracia política. Ela fortalecerá a dimensão
republicana e laica do Estado brasileiro.
32. A defesa dos Direitos Humanos – que vêm ganhando cada
vez mais peso no atual Governo – continuará a ter relevância nos próximos
quatro anos. O desenvolvimento e a conclusão dos trabalhos da Comissão da
Verdade permitirão que a sociedade brasileira possa confrontar-se com sua
História e impedir que sigam repetindo-se práticas como a tortura, os
assassinatos e “desaparecimentos”, a criminalização de movimentos sociais e a
discriminação de segmentos da sociedade, minoritários ou não. São os próprios
Direitos Humanos que estão em jogo.
33. A democratização da sociedade brasileira exige
finalmente que seja garantida, como até agora tem sido, a mais ampla e
irrestrita liberdade de expressão, o que passa pela regulação dos meios de
comunicação – impedindo práticas monopolistas – sem que isso implique em
qualquer forma de censura, limitação ou controle de conteúdos. O Marco Civil da
Internet, ao garantir respeito à privacidade, transparência e neutralidade da
rede, foi nossa resposta ao desafio de preservar a independência deste meio de
comunicação que vem ganhando cada vez mais relevância no país e no exterior.
Ele balizará o desenvolvimento de uma política de comunicação nos próximos anos
e expressará a postura soberana do Brasil no mundo de hoje.
COMBATE À POBREZA E À DESIGUALDADE - POR UM BRASIL DE
OPORTUNIDADES
34. A continuidade, ampliação e aprofundamento das políticas
de transferência de renda via Estado no Governo Dilma mostrou o acerto dessas
inciativas. Provocou a melhoria das condições de vida de milhões e, igualmente,
contribuiu para a constituição e o alargamento de um grande mercado de bens de
consumo de massas, essencial para a dinâmica econômica.
a. Essas iniciativas não estão esgotadas, como proclamam
alguns. Deverão ter continuidade. Elas exigem, no entanto e ainda mais,
mecanismos complementares e inovadores.
35. O Brasil continuará oferecendo oportunidades para seus
filhos. É justamente o que proporciona o Plano BRASIL SEM MISÉRIA, entre outras
iniciativas.
36. É também o que ocorre com a multiplicação de programas
educacionais, desde aqueles relacionados com a qualificação profissional, como
o PRONATEC (com mais de 6 milhões de jovens), a ampliação das creches, da rede
básica, do ensino em tempo integral, das vagas nas Universidades públicas, do
PROUNI e do FIES.
37. Os êxitos da política educacional, fortalecidos no Pacto
pela Educação, terão resultados mais efetivos nos próximos anos em função da
iniciativa governamental, aprovada pelo Congresso Nacional, de destinar 75% dos
royaltes do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré Sal para a educação.
Estaremos transformando petróleo em conhecimento. Esse será um importante
passaporte para um Brasil moderno e competitivo em seu sistema produtivo em um
futuro próximo. Junto a essa iniciativa, os 100 mil estudantes do Ciência sem
Fronteiras estarão contribuindo para efetiva construção de uma sociedade do
conhecimento.
38. Esse exame das políticas educacionais mostra que o
combate à desigualdade assume novas dimensões, além daquelas de caráter
estritamente sócio – econômico.
39. Apesar dos avanços recentes, milhões de brasileiros
ainda enfrentam problemas “da porta de casa para fora”, como foi chamada esta
nova etapa do processo de construção de uma sociedade mais coesa e solidária.
40. Para dar conta deste justo reclamo, o Governo brasileiro
promoveu um Pacto pela Saúde. Garantiu 25% dos royaltes do Pré Sal para o
setor. No imediato, terão continuidade iniciativas como o exitoso Programa MAIS
MÉDICOS, a construção de novas UPAS, a disseminação das Farmácias Populares e o
SAMU. Tudo isso fortalecerá o SUS e seus mecanismos gestão.
41. A melhoria das condições de habitação, que tem no Minha
Casa Minha Vida (1.6 milhão de casas entregues e 1.7 milhão de moradias
contratadas) seu carro-chefe, terá seguimento nos próximos anos e vem sendo
complementada pelas transformações no transporte público das grandes cidades,
materializadas no Pacto pela Mobilidade Urbana, proposto no ano passado e cujos
primeiros efeitos já se fazem sentir.
42. O prosseguimento da reforma agrária deve continuar
combinando a criação de novos assentamentos com o fortalecimento de programas
de apoio técnico e creditício à agricultura familiar, permitindo a consolidação
de um campesinato próspero e produtivo.
NÃO À DISCRIMINAÇÃO E À VIOLÊNCIA
43. Durante muito tempo afirmou-se que a violência nos
centros urbanos e no campo era centralmente expressão da miséria e da pobreza.
Hoje vê-se que ela é um fenômeno mais complexo, resultado de muitos fatores.
44. As polícias, que em função da estrutura federativa do
país são essencialmente de responsabilidade estadual, ainda estão fortemente
marcadas pelo autoritarismo do período ditatorial. Os muitos casos de
despreparo profissional, o corporativismo e a impunidade, explicam a persistência
da tortura e de outros mecanismos truculentos. Um sistema penitenciário
medieval e uma Justiça lenta e muitas vezes classista agravam o problema. Os
avanços logrados não escondem que a criminalidade resiste e se multiplica
diante daquele conjunto de fatores.
45. O Governo Federal, que tem feito sua parte dentro deste
quadro complexo, aumentará suas iniciativas. Aprofundando sua colaboração com
os Estados da União para enfrentar bolsões mais organizados da criminalidade.
No combate ao crime organizado, especialmente ao narcotráfico, a PF aumentará a
vigilância das fronteiras e seu trabalho de inteligência em todo o país.
a. Mas a violência retrata também a persistência da
desigualdade. Não somente da desigualdade de renda, mas daquela que afeta as
condições de vida de distintos e expressivos segmentos da sociedade brasileira.
46. O crime proliferou onde o Estado esteve ausente: nas
regiões onde não havia habitação digna, saneamento, educação de qualidade,
saúde, ou onde faltaram equipamentos de cultura e de lazer. As experiências
exitosas do Governo Federal junto a Governos estaduais ao associar a segurança
– inclusive com a presença de contingentes federais – a iniciativas sociais
profundas, que alteram positivamente as condições de vida das populações, irão
multiplicar-se.
47. O combate aos efeitos do narcotráfico, sobretudo no que
se refere às drogas pesadas, como o crack, passa também pela construção, já em
curso, de uma vasta rede de atenção aos usuários de drogas, particularmente aos
jovens.
48. A presença de uma mulher na Presidência da República
teve um efeito simbólico positivo e concreto no aumento de sua representação no
Ministério e na direção de empresas públicas, assim como na melhoria da
condição feminina no Brasil.
49. A persistência de sua discriminação na política, no
mundo do trabalho (inclusive sob o aspecto salarial) ou a violência contra as
mulheres, sobretudo doméstica, está ancorada em profundos preconceitos que
ainda subsistem em partes da sociedade. Somente uma ação continuada, apoiada
fortemente por iniciativas do poder público, poderá ir corrigindo esta brutal
iniquidade que ainda subsiste no país.
50. O fim da discriminação às mulheres não é um problema
“setorial” a ser resolvido, mas uma questão fundamental para a construção da
democracia no país.
51. A desigualdade se expressou historicamente no Brasil de
forma marcante na persistente discriminação dos negros, fenômeno
particularmente grave em se tratando de uma sociedade que se autodeclara
majoritariamente como afrodescendente.
52. A luta contra essas formas de discriminação – ecos de
uma sociedade que conviveu com a escravidão até fins do século XIX – tem de
dar-se no plano das ideias, mas também no plano das iniciativas concretas.
53. Daí a importância das ações afirmativas lançadas por
nossos Governos que, combinadas com políticas sociais, alteraram em muito a
condição dos negros no Brasil. Essas ações começam a expandir oportunidades,
como se pode ver da ampliação considerável de matrículas para negros nas
universidades federais. Hoje, 49% dos alunos do PROUNI são negros, da mesma
forma que 47% dos beneficiários do FIES e de 65% dos alunos do PRONATEC, ou de
60% dos Micro Empreendedores Individuais (MEI).
54. Esse importante movimento de mobilidade social foi
fortalecido também pelos efeitos das políticas sociais sobre o conjunto da
população, sobretudo no Bolsa Família e no Brasil sem Miséria.
55. Uma vez mais é relevante destacar que todo esse
movimento não foi resultado de “favores” governamentais, mas consequência da
mobilização de movimentos sociais e da sensibilidade que Estado e sociedade
tiveram para com esta problemática.
56. O Estatuto da Igualdade Racial, da mesma forma que a
constituição do Sistema Nacional da Igualdade Racial e a titulação de
Quilombolas constituíram-se em importantes passos para eliminar esta mancha que
ainda subsiste em nossa sociedade – o racismo.
a. Ele ainda está presente na existência de desigualdades
raciais no mundo do trabalho ou no exercício da violência pelos aparatos
repressivos do Estado contra os negros, a despeito das muitas iniciativas
governamentais para freia-las.
57. O Brasil, por meio de ações afirmativas e de outras
iniciativas que envolvem o conjunto do Governo, tem buscado apoiar, e
continuará fazendo, às populações indígenas.
58. A violência em nosso país se manifesta, igualmente, nos
elevados índices de vítimas de acidentes de trabalho e de trânsito. Essa
sangria da sociedade brasileira tem sido objeto específico de políticas
públicas não podendo ficar submersas em estatísticas cada vez mais cruéis.
CRESCIMENTO & AUMENTO DA PRODUTIVIDADE
59. A continuidade e sustentabilidade, no segundo mandato de
Dilma Rousseff, da GRANDE TRANSFORMAÇÃO iniciada em 2003, com Lula, terá como
meta o crescimento mais acelerado da economia brasileira nos próximos anos.
Essa expansão está intimamente ligada, entre outros fatores, ao aumento da
produtividade, especialmente no setor industrial, que poderá ser favorecido
pelo início do novo ciclo de expansão global.
60. A ampliação e qualificação do mercado interno e a
expansão das exportações põem no centro da política econômica a questão da
produtividade. Seu incremento não se dará, como querem (e anunciam) os
conservadores, pela redução dos salários, em especial do Salário Mínimo; pelo
aumento do desemprego, que faça pressão sobre a renda dos trabalhadores; ou por
uma “reforma trabalhista” que atente contra direitos laborais e produza a
precarização do emprego.
61. O incremento da produtividade passa:
62. Pela inovação resultante da aplicação da ciência e da
tecnologia aos processos de trabalho. O Governo tem feito sua parte e deverá
aumentar seu empenho nessa direção. Mas cabe também à iniciativa privada,
sobretudo àqueles setores beneficiados por isenções fiscais e creditícias do
Estado, contribuir para esse processo de mudanças dos paradigmas de produção e adensamento
das cadeias produtivas de grande escala e fortes efeitos de transbordamentos
tecnológicos;
63. Pela capacitação da força de trabalho por meio do
aprimoramento que vem sendo feito no sistema educacional brasileiro. Têm papel
importante, neste particular, os programas específicos na área do ensino
técnico profissionalizante do PRONATEC, Escolas Técnicas federais, estaduais e
Sistema S, ampliação das carreiras de engenharia e de ensino superior técnico.
É fundamental a mobilização dos estados e municípios nessa direção para atender
à valorização salarial e de capacitação dos professores do ensino básico e a
ampliação da infraestrutura educacional. Essa mobilização garantirá a
necessária regionalização da qualificação profissional e universalização da
qualidade do ensino básico público, semelhante ao ocorrido com a
universalização da cobertura;
64. Pelo aprofundamento do modelo de retroalimentação
consumo-investimento-produtividade baseado no processo redistributivo de renda,
que garante simultaneamente inclusão social e ampliação de escala e do mercado
doméstico;
65. Pela inovação dos processos de gestão dos
empreendimentos públicos e privados;
66. Pela consolidação do vasto processo de reconstrução da
infraestrutura energética e logística;
67. Pela extensão e fortalecimento das tecnologias de
informação (TI) e a generalização da banda larga na Internet;
68. Por uma consistente redução da burocracia, que entrava a
atividade produtiva e o comércio.
69. Por novas medidas de política econômica nas áreas
monetária, cambial e fiscal que desonerem – com claras contrapartidas em
matéria de produtividade e emprego – a atividade empresarial;
70. Por uma política de comércio exterior que priorize
processos equilibrados de integração produtiva regional, a proteção legal de
nosso mercado e do sistema produtivo e estimule a abertura de novas fronteiras
comerciais globais.
71. Todas essas medidas serão implementadas com a
preservação do equilíbrio macroeconômico, combinadas, ao mesmo tempo, com a
adoção de políticas monetária, cambial e tributária capazes de priorizar a
atividade produtiva, nos marcos do Pacto pela Estabilidade Fiscal e de controle
da inflação, enunciado em 2013.
72. O fortalecimento de uma política industrial, em sintonia
com o que vem sendo feito nas maiores cadeias produtivas do país –
automobilística, petroleira, complexo da saúde, por exemplo, – recolocará a
indústria nacional em condições de competitividade. Ao mesmo tempo, a criação
de cadeias integradas de valor com países vizinhos, garantirá importantes
condições de competitividade, como tem ocorrido na Ásia, por exemplo.
73. Da mesma forma, o apoio técnico, creditício e fiscal à
micro, pequena e média empresa, ao lado de medidas de desburocratização, que
vem sendo implementadas, deverá ganhar maior impulso nos próximos quatro anos.
Devemos continuar estimulando o empreendedorismo dos brasileiros.
INFRAESTRUTURA PARA O BRASIL CRESCER MAIS
74. Um país de dimensões continentais, como o Brasil, tem de
garantir sua integração, a redução de suas desigualdades regionais e sua
competitividade, por meio da construção de uma importante infraestrutura
energética e logística.
75. A construção de novas hidroelétricas, os grandes
investimentos da Petrobras e a extensão das linhas de transmissão têm garantido
– e seguirão garantindo – ao setor produtivo e aos consumidores em geral o fornecimento
de energia requerido.
76. Concessões no setor de transportes têm consequências
positivas na construção ou reforma de rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e
aeroportos, pensadas em função das especificidades regionais.
77. O Estado – como agente indutor do desenvolvimento – tem
estabelecido, e estabelecerá no futuro, parcerias que permitam sanar os graves
déficits que comprometem há décadas a competitividade da economia brasileira.
Essa atribuição do Estado pode ser constatada na realização de 82% das metas
previstas pelo PAC 2, o que colocou a necessidade de lançar em breve o PAC 3,
que irá balizar a continuidade destes objetivos estratégicos fundamentais para
o país.
78. Distinto do passado, onde os processos de privatização
alienavam o patrimônio do Brasil, duramente amealhado, apenas para “fazer
caixa”, as concessões atuais em alguns domínios da infraestrutura têm prazos,
estabelecem condições rígidas de funcionamento e asseguram a primazia do
interesse nacional.
SUSTENTABILIDADE
79. A construção de um modelo de desenvolvimento que
contemple os aspectos econômicos, sociais e ambientais tem sido a marca do
Governo Dilma. Nossa ação até agora e no futuro será determinada pelo tripé
crescimento, erradicação da pobreza e preservação do meio ambiente.
80. Esse compromisso é válido não só para o Brasil, como foi
a mensagem que levamos a RIO 20 e que obteve consenso global.
81. São exemplos internos, que dão suporte a nossas posições
internacionais, nosso empenho contra o desmatamento, o incremento de nossa
matriz energética renovável, nossas práticas e políticas sustentáveis na
agricultura e na indústria.
82. Não existe contradição entre crescer, incluir, proteger
e conservar.
SOBERANIA, INTEGRAÇÃO & SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL
83. O novo lugar que o Brasil passou a ocupar no mundo
deveu-se essencialmente às transformações econômicas e sociais que Governo e
povo foram capazes de realizar na última década. Essas transformações –
sobretudo pelo fato de terem ocorrido em um ambiente de plena vigência da
democracia – foram essenciais para que a política externa de Lula e Dilma
reatassem laços com a melhor tradição de diplomacia brasileira como, por
exemplo, a da Política Externa Independente.
84. No cerne desta nova orientação estão a afirmação da
soberania e do interesse nacionais, o respeito à autodeterminação dos povos e
dos direitos humanos, a luta pela paz e pelo desarmamento, a defesa do
multilateralismo e de um mundo multipolar, o combate por uma ordem econômica,
social e política global justa e equilibrada.
85. Para alcançar esses objetivos, defendemos no passado, e
continuaremos a defender no futuro, uma política de integração sul-americana
nos âmbitos econômico e comercial, na sua infraestrutura, no plano da defesa e
em todas as esferas que permitam uma coesão da região – respeitadas as
diferenças político-ideológicas de cada um de seus Governos. As duas maiores
expressões desse propósito integracionista são o MERCOSUL e a UNASUL.
86. Por suas riquezas naturais e potencial energético, pela
dimensão e diversidade de seu território, pelo tamanho de sua população e
mercado, por ser zona de paz e de democracia, América do Sul, assim como a
América Latina e o Caribe são espaços fundamentais de nossa política externa.
Essa disposição ficou evidenciada em nossa iniciativa de criar, junto com
outros países, a CELAC. O Brasil quer continuar associando seu futuro ao da
região, promovendo, em especial, uma integração de cadeias produtivas que, junto
à integração logística e energética, transforme todo o continente em um
importante ator global.
87. Nossa política de aproximação com o SUL – África, Países
Árabes, mas também China e Índia – não se fez em oposição às tradicionais
relações que mantemos com os países desenvolvidos: Estados Unidos, União
Europeia e Japão, sobretudo.
88. Nos foros globais – nas Nações Unidas, no G20, mas
também na OMC, Banco Mundial, FMI ou FAO – temos defendido a democratização das
relações econômicas e políticas internacionais, capaz de afastar de nosso
horizonte situações de crise que podem engendrar conflitos regionais ou de
maior monta. Para lograr esses objetivos é fundamental nossa presença no BRICS.
89. Nossas relações econômicas e comerciais, longe de
estarem marcadas por preconceitos ideológicos, respondem essencialmente aos
interesses nacional e regional.
90. Um princípio essencial de nossa política externa deve
ser o da solidariedade com todos aqueles povos e Governos que, nos cinco
continentes, lutam por princípios de convivência internacional semelhantes aos
nossos.
CREDIBILIDADE E COMPROMISSO
91. Em meio a mais grave crise econômica e social que se
abateu sobre a humanidade desde 1929, temos sido, nos últimos anos, um dos
raros países do mundo em que o nível de vida da população não recuou ou entrou
em colapso. Muito mais do que isso, aqui ocorreu uma importante melhoria
social, com significativos avanços democráticos, impulsionados por uma
sociedade dinâmica, crítica e mobilizada.
92. Apesar das dificuldades externas e dos obstáculos de
toda a ordem que enfrenta a democracia brasileira, não deixamos em um só
momento de lutar em favor de todos os brasileiros. De alguns em especial: dos
mais pobres, de nossos jovens, de nossas mulheres, de nossos negros e índios,
de nossos idosos, das pessoas com deficiência, enfim, de todos aqueles que, em
um passado ainda recente, foram esquecidos pelos governantes.
93. Vivemos hoje um novo desafio histórico.
94. Para enfrentá-lo não haverá soluções mágicas, menos
ainda “homens providenciais”.
95. São necessários conhecimento dos reais problemas da
sociedade brasileira e determinação para enfrenta-los.
96. Um conhecimento que vem da reflexão acadêmica, das
práticas governamentais, mas, sobretudo, do contato cotidiano com o povo
brasileiro, que é o principal artífice da grande mudança em curso no país.
97. Uma determinação que possuem aqueles que fizeram da
política um compromisso – não um meio de vida – reatando com as grandes
tradições que marcaram o progressismo no Brasil.
98. É com essas credenciais que Dilma Rousseff, os partidos
e forças sociais que a apoiam, darão continuidade, a partir de 2015, à Grande
Transformação iniciada na última década.
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